Descubra como a energia solar em expansão em Mato Grosso transforma cidades, gera empregos e garante economia para famílias e empresas.
O Brasil vem passando por uma transformação significativa em seu setor energético, além disso, marcada pela busca por fontes limpas, renováveis e descentralizadas.
Entre essas fontes, a energia solar se destaca como um vetor estratégico para o crescimento sustentável. Contribuindo para a redução de custos, geração de empregos e autonomia energética das famílias e empresas.
Nesse sentido, o Mato Grosso se consolida como um dos protagonistas da energia solar em expansão. Alcançando a marca de 2,7 gigawatts (GW) de potência instalada em geração própria.
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Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado conta com mais de 201 mil conexões fotovoltaicas em telhados e pequenos terrenos. Distribuídas por 141 cidades, ou seja, 100% dos municípios da região.
Por conseguinte, esse avanço reflete não apenas a disponibilidade de radiação solar abundante. Mas também a crescente consciência de consumidores, empresas e autoridades sobre os benefícios da geração distribuída de energia.
Atualmente, mais de 255 mil consumidores em Mato Grosso já reduzem a conta de luz, ganham maior autonomia e desfrutam de confiabilidade elétrica. Fatores essenciais para a vida moderna e o desenvolvimento econômico local.
Além do impacto direto na economia doméstica, a energia solar em expansão influencia a infraestrutura local.
Municípios têm investido em capacitação de técnicos e instaladores, fortalecendo o setor de serviços e promovendo a formação de profissionais especializados.
Consequentemente, esse movimento cria um ciclo virtuoso, em que o aumento da oferta de mão de obra qualificada contribui para a expansão de novos projetos e consolida o setor como um pilar econômico sustentável.
História e evolução da energia solar em Mato Grosso
Historicamente, a trajetória da energia solar no Mato Grosso e no Brasil começou de forma tímida, mas consistente.
Desde 2012, a modalidade de geração própria solar atraiu investimentos de R$ 11,8 bilhões. Gerou mais de 82 mil empregos diretos e indiretos e contribuiu com mais de R$ 3,6 bilhões à arrecadação pública.
Além disso, esse crescimento acompanha a evolução global da energia solar, marcada por avanços tecnológicos que reduziram custos de instalação e manutenção.
Isso tornou os sistemas fotovoltaicos cada vez mais acessíveis a diferentes perfis de consumidores.
O desenvolvimento da energia solar também se relaciona com políticas públicas nacionais, como o incentivo à sustentabilidade e o compromisso com metas ambientais.
O Brasil, signatário de acordos internacionais sobre mudanças climáticas, tem buscado diversificar sua matriz energética.
Portanto, Mato Grosso demonstra como regiões com forte radiação solar podem liderar esse processo.
A expansão da energia solar oferece um caminho prático para reduzir a dependência de fontes fósseis e aumentar a resiliência energética do país.
A expansão da energia solar não se limita apenas ao aspecto econômico.
Trata-se de uma alternativa limpa, capaz de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e de fortalecer a transição energética em direção a um modelo sustentável.
Um estudo recente da consultoria Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, apontou que a geração distribuída de energia solar pode proporcionar uma economia líquida de mais de R$ 84,9 bilhões para os brasileiros até 2031.
Assim, esses benefícios atingem tanto os consumidores que possuem sistemas instalados quanto aqueles que ainda não geram sua própria energia, evidenciando o efeito positivo da democratização do acesso à energia solar.
Regulamentação e desafios no setor elétrico
O crescimento acelerado da energia solar em expansão em Mato Grosso também depende do marco regulatório brasileiro.
A Lei nº 14.300/2022, que organiza a geração distribuída de energia renovável, trouxe segurança jurídica e incentivos claros para consumidores residenciais, comerciais e industriais adotarem sistemas fotovoltaicos.
No entanto, medidas provisórias recentes, como as MPs n° 1300/2025 e 1304/2025, geram debates sobre o futuro da regulação.
A ABSOLAR defende que alterações nesses dispositivos, se não bem estruturadas, podem gerar insegurança jurídica, especialmente na definição de tarifas aplicáveis aos consumidores que geram sua própria energia.
O debate sobre tarifas binômias, que incluem cobranças fixas impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), evidencia a importância de políticas públicas claras e estáveis.
Para especialistas e representantes da ABSOLAR, a imposição de tarifas arbitrárias poderia comprometer o retorno de investimentos feitos por consumidores que adotam a energia solar, dificultando o avanço da energia solar em expansão no país.
Por isso, parlamentares e autoridades precisam participar ativamente do processo de regulamentação, garantindo que o setor continue a se desenvolver de maneira sustentável e previsível.
Além disso, a experiência internacional mostra que países que garantem previsibilidade regulatória tendem a atrair mais investimentos e consolidar um mercado competitivo de geração distribuída.
Consequentemente, Mato Grosso, ao fortalecer seu ambiente regulatório e incentivar a geração própria de energia solar, cria condições favoráveis para a inovação tecnológica, o surgimento de startups e o fortalecimento da indústria local de equipamentos fotovoltaicos.
Crescimento social e impacto na população
Além de questões regulatórias, o crescimento da energia solar no Mato Grosso também se apoia na percepção social.
Pesquisas indicam que nove em cada dez brasileiros desejam gerar a própria energia limpa e renovável.
Dessa forma, essa tendência revela uma mudança cultural importante, em que consumidores assumem maior protagonismo em suas escolhas energéticas, valorizando tanto a economia financeira quanto a responsabilidade ambiental.
Em Mato Grosso, a expansão da energia solar representa não apenas uma oportunidade econômica, mas também um avanço na qualidade de vida das pessoas e na competitividade do setor produtivo.
O impacto da energia solar vai além das residências.
Setores produtivos, como a indústria e o agronegócio, também aproveitam a geração distribuída para reduzir custos operacionais e aumentar a previsibilidade na gestão de recursos.
A implementação de sistemas solares em pequenas e médias empresas demonstra resultados expressivos, incentivando novas iniciativas e fortalecendo a cadeia de fornecimento de tecnologia fotovoltaica no estado.
Além disso, o engajamento comunitário se intensifica com projetos de geração solar em escolas, hospitais e espaços públicos, estimulando a educação ambiental, despertando interesse em tecnologia limpa e promovendo a cultura da sustentabilidade.
Protagonismo e perspectivas futuras
A trajetória da energia solar em Mato Grosso reflete uma história de inovação, investimento e conscientização ambiental.
O estado se posiciona como exemplo de como políticas públicas, marcos regulatórios claros e interesse social podem impulsionar o crescimento sustentável.
O protagonismo local na energia solar em expansão evidencia a capacidade do Brasil de integrar tecnologia, economia e sustentabilidade, criando um modelo que outras regiões do país e países com características semelhantes podem replicar.
Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, ressalta que a democratização da geração própria solar fortalece a sustentabilidade, atrai investimentos, gera empregos verdes e eleva a competitividade.
O desenvolvimento contínuo de projetos solares permite que famílias e empresas controlem melhor seus gastos com energia, portanto, contribuindo para um futuro mais seguro, econômico e ambientalmente equilibrado.
Assim, o avanço da energia solar em expansão em Mato Grosso representa muito mais do que números e estatísticas.
Ele simboliza uma transformação cultural, econômica e tecnológica, consolidando a geração distribuída como um pilar da matriz energética brasileira.
Com políticas consistentes, incentivos econômicos e engajamento da população, a energia solar em expansão tem potencial para seguir crescendo, fortalecendo o país na transição energética global e garantindo benefícios duradouros para toda a sociedade.