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Energia nuclear no Brasil: desafios e perspectivas

Escrito por Corporativo
Publicado em 23/11/2023 às 18:21
decisão para energia nuclear
Foto: Diego Rodrigues

Obstáculos para a expansão da energia nuclear

Especialistas reunidos no XIV Seminário Internacional de Energia Nuclear, realizado na Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro, abordaram os principais desafios para a expansão da energia nuclear no Brasil. A conclusão é clara: para que a energia nuclear “decole” no país, é essencial um planejamento de longo prazo e decisões políticas assertivas. O encontro, iniciado em 21 de novembro, debateu como tornar os empreendimentos nucleares mais rápidos e econômicos.

A necessidade de planejamento e decisão política

Luis Fernando Prioli, diretor-presidente da ENBPar, destacou a importância de um planejamento que transcenda governos e se estabeleça como política de Estado. Eduardo Grivot de Grand Court, presidente da Eletronuclear, enfatizou as repercussões negativas das interrupções nas obras das usinas nucleares, apontando para o aumento desnecessário dos custos e potenciais riscos de escassez energética no futuro. Ambos concordam que a energia nuclear é crucial para atingir metas de redução de emissões de carbono, sendo mais vantajosa em comparação com outras fontes mais caras.

Custos e prazos de construção: um desafio global

John Forman, diretor da J. Forman Consultoria e moderador do painel “Custos e prazos de construção”, ressaltou que os atrasos e interrupções são um problema global, levando ao aumento dos custos e tarifas. Gustavo Cerqueira, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apontou que o atraso nas obras não é uma peculiaridade brasileira, com prazos de construção variando de oito a mais de 40 anos. Ele também listou benefícios adicionais da energia nuclear, incluindo a produção de conhecimento, domínio tecnológico, redução de carbono e impactos socioeconômicos positivos.

Comunicação e aceitação pública dos SMRs

Paulo Senra, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL/UFRJ), abordou os desafios em segurança, gestão de resíduos e aceitação pública dos Small Modular Reactors (SMRs). Ele enfatizou a necessidade de melhorar a comunicação com o público para superar o desconhecimento sobre a energia nuclear, citando o exemplo de uma influencer que enfrentou críticas por defender a energia nuclear.

Conclusão: caminho para o crescimento nuclear

O Seminário Internacional de Energia Nuclear prossegue em sua programação, discutindo e formulando estratégias para superar os desafios e impulsionar a indústria nuclear no Brasil. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas em www.sienbrasil.com.br. A energia nuclear, com os ajustes certos em planejamento, decisão política e comunicação, pode desempenhar um papel significativo no futuro energético do Brasil.

Fonte: Nelza Oliveira – Primeira Linha Comunicações.

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