Novos estudos indicam que reatores nucleares modulares pequenos podem ser chave para alcançar metas de emissão zero.
Uma pesquisa recente do Financial Times aponta para uma tendência crescente no setor de energia nuclear: os Reatores Nucleares Modulares Pequenos (SMRs). Esses reatores, menores em escala, estão despertando o interesse de governos ao redor do mundo, especialmente aqueles que buscam aumentar a produção de energia atômica para atingir suas metas de emissão zero.
Reatores Nucleares Modulares Pequenos
Os defensores dos SMRs argumentam que eles são mais seguros, econômicos, rápidos e fáceis de construir do que as grandes usinas nucleares tradicionais. Fabricados em ambientes controlados de fábrica, os designs padronizados desses reatores prometem ser mais baratos para produzir em massa, facilitando a obtenção de peças de reposição ou expansões.
Um dos grandes atrativos dos SMRs é a possibilidade de serem transportados e instalados em locais remotos, onde indústrias intensivas em energia e de difícil descarbonização, como mineração ou plantas de dessalinização, estão localizadas. Seus designs compactos eliminam a necessidade de grandes fontes de água para resfriamento, ao contrário das grandes usinas nucleares, como aponta o artigo da Igui Ecologia.
- China investe US$ 1,5 bilhão em fusão nuclear e lança desafio direto ao poder tecnológico dos EUA, preparando-se para transformar o setor energético e dominar o futuro!
- Energia nuclear pode ser a solução para o consumo crescente dos data centers com IA: Google e Microsoft na corrida
- AMEAÇADOR: Coreia do Sul afirma que a Coreia do Norte está desenvolvendo um submarino movido a energia nuclear
- Usina nuclear reativada para a Microsoft: energia suficiente para abastecer uma cidade inteira de 1 milhão de habitantes no Brasil
Reatores móveis de pequena escala já são utilizados há décadas para alimentar embarcações militares
No entanto, apenas recentemente empresas como Rolls-Royce, Westinghouse e GE Hitachi começaram a desenvolver projetos de SMRs para geração de eletricidade comercial em terra. Até o momento, nenhum SMR comercial baseado em terra está conectado à rede elétrica, embora um SMR flutuante russo já forneça eletricidade e calor a uma região remota do Ártico.
Um dos principais desafios para a adoção mais ampla dos SMRs é o custo. A energia nuclear, por quilowatt-hora, é considerada a mais cara, superando até mesmo a solar, eólica e, em alguns casos, o carvão. Preocupações com a segurança e o descarte de resíduos nucleares continuam sendo questões críticas.
No entanto, para as empresas de SMR e os investidores que as apoiam, a demanda global por energia livre de emissões pode significar que soluções eficientes e menores estão no horizonte. Os SMRs podem não ser a solução definitiva, mas representam um passo promissor na busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
A pesquisa do Financial Times destaca um momento crucial na história da energia nuclear. Com o mundo clamando por soluções de energia limpa e sustentável, os Reatores Nucleares Modulares Pequenos podem ser uma peça-chave para alcançar um futuro de emissão zero. Embora ainda enfrentem desafios significativos, especialmente em termos de custo e segurança, os SMRs representam uma inovação promissora no campo da energia nuclear.