Descubra como a energia limpa fica mais acessível e beneficia milhões de brasileiros sem investimento em equipamentos próprios.
Nos últimos anos, o Brasil tem registrado avanços significativos na área de energia renovável; consequentemente, a energia limpa fica mais acessível para milhões de brasileiros.
De fato, a geração distribuída tem desempenhado um papel central, pois permite que residências, empresas e instituições acessem fontes de energia sustentável sem precisar investir pesadamente em equipamentos próprios.
Além disso, esse modelo reduz os custos da conta de luz e, portanto, democratiza o uso de fontes renováveis, promovendo inclusão energética e sustentabilidade ambiental.
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Historicamente, a matriz energética brasileira sempre priorizou hidrelétricas; entretanto, desde meados do século XX, o país investiu na construção de grandes barragens, aproveitando a abundância de rios e quedas d’água.
Dessa forma, o modelo garantiu décadas de fornecimento confiável e relativamente barato de eletricidade. Mas, ao mesmo tempo, trouxe desafios, como o impacto ambiental das grandes obras e a vulnerabilidade a períodos de seca.
Por esse motivo, tornou-se evidente a necessidade de diversificar as fontes de energia, incorporando soluções menos dependentes do clima e mais compatíveis com metas globais de sustentabilidade.
Além disso, o aumento do consumo energético, impulsionado pelo crescimento populacional e pelo desenvolvimento industrial, mostrou que o modelo centralizado enfrentaria limitações em longo prazo.
Portanto, as regiões mais afastadas, especialmente no Norte e Nordeste, enfrentavam dificuldades de acesso a eletricidade confiável.
Nesse contexto, as soluções de geração distribuída surgiram como alternativa tecnológica e ferramenta de inclusão social.
Revolução tecnológica e regulação da geração distribuída
No século XXI, ocorreu uma verdadeira revolução tecnológica e regulatória no setor elétrico.
Assim, a partir de 2012, com a aprovação da primeira legislação sobre geração distribuída, o Brasil começou a experimentar formas alternativas de produção de energia.
De fato, o conceito de geração distribuída permite que a produção ocorra próxima ao ponto de consumo, reduzindo perdas na transmissão e aumentando a eficiência do sistema elétrico.
Mais recentemente, a Lei nº 14.300/2022 consolidou e regulamentou esse modelo, incluindo normas claras sobre compensação de créditos e a figura do cooperado.
Assim, a energia limpa fica mais acessível e segura juridicamente para todos os consumidores.
Entre os modelos mais inovadores de geração distribuída, destaca-se a cooperação coletiva.
Consequentemente, pessoas e empresas podem se unir para compartilhar a produção de energia de usinas já conectadas à rede elétrica.
Além disso, cada participante recebe créditos proporcionais à sua cota, que deduz diretamente da fatura mensal.
Dessa forma, não é necessário investir em painéis solares, turbinas ou sistemas de biogás individuais.
Por isso, essa abordagem tem sido decisiva para quebrar barreiras que limitavam o acesso a energia renovável, como o custo inicial elevado e a falta de espaço físico em residências ou pequenas empresas.
Ademais, o impacto social desse modelo também é relevante.
Ao permitir que mais brasileiros tenham acesso a energia renovável, as cooperativas promovem inclusão energética e reduzem desigualdades no acesso a serviços essenciais.
Além disso, a geração compartilhada fortalece a economia local, já que muitas cooperativas e empresas contratam mão de obra regional para operar e manter as usinas.
Consequentemente, esse movimento cria empregos, incentiva a inovação e promove a conscientização sobre o uso responsável de recursos naturais.
Benefícios ambientais e econômicos da geração compartilhada
Em termos ambientais, o aumento do acesso à energia renovável é igualmente relevante.
Embora o Brasil gere cerca de 93% da eletricidade a partir de fontes limpas em 2023, a dependência de hidrelétricas ainda preocupa.
Assim, em períodos de estiagem, o acionamento de termelétricas aumenta os custos e a emissão de poluentes.
Portanto, a diversificação com fontes como solar fotovoltaica, biogás, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas garante que a energia limpa fique mais acessível, ao mesmo tempo em que fortalece a estabilidade do sistema elétrico e reduz a pegada ambiental.
Além disso, empresas especializadas desempenham papel crucial nesse processo.
Elas atuam como gestoras de cooperativas e garantem que os créditos de energia cheguem corretamente aos consumidores.
Por exemplo, a Nex Energy administra usinas em diferentes regiões do país e permite que residências e empresas em baixa tensão acessem energia limpa sem investir em equipamentos próprios.
Dessa forma, essas empresas funcionam como intermediárias confiáveis, oferecendo segurança jurídica e técnica, além de facilitar a expansão do acesso à energia renovável em escala nacional.
Outro ponto relevante é o efeito econômico da geração distribuída.
Para consumidores residenciais e comerciais, reduzir a conta de luz protege contra flutuações tarifárias e mudanças nas bandeiras tarifárias.
Isso é especialmente importante em um país como o Brasil, onde variações climáticas e crises hídricas impactam diretamente o custo da eletricidade.
Assim, a energia limpa fica mais acessível não apenas financeiramente, mas também em termos de previsibilidade e segurança de fornecimento.
Além disso, o modelo fortalece a economia circular.
Ao priorizar fontes renováveis e locais, as cooperativas diminuem a dependência de combustíveis fósseis importados.
Elas também incentivam o reaproveitamento de resíduos orgânicos e promovem práticas de eficiência energética.
Portanto, esse efeito combinado conecta sustentabilidade à prosperidade econômica.
Crescimento global e perspectivas futuras
O crescimento desse modelo também reflete tendências globais.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mundo adicionou cerca de 507 gigawatts de capacidade renovável à matriz elétrica em 2023, estabelecendo um novo recorde global.
Por isso, esses números reforçam a importância de políticas públicas, incentivos regulatórios e inovação tecnológica para tornar a energia renovável acessível e confiável.
Nesse sentido, o Brasil, com seu histórico de liderança em produção de energia limpa, tem condições de se tornar um exemplo global de democratização do acesso à eletricidade sustentável.
Além disso, a tendência de expansão da geração compartilhada está alinhada aos objetivos das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
Micro e pequenas empresas que adotam esse modelo reduzem custos e fortalecem sua reputação sustentável no mercado.
Elas também atraem clientes e investidores preocupados com responsabilidade socioambiental.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) projeta que a geração compartilhada continuará crescendo.
Especialmente em sistemas de até 5 megawatts, como os operados por cooperativas, o modelo ampliará ainda mais o alcance de energia limpa acessível no país.
No contexto histórico, a democratização da energia renovável representa um avanço significativo.
De um sistema centralizado e dependente de grandes hidrelétricas, o Brasil avança para um modelo diversificado e inclusivo, no qual cidadãos e empresas de diferentes regiões participam ativamente da transição energética.
Dessa forma, esse movimento fortalece a segurança energética do país e contribui para metas globais de redução de emissões e desenvolvimento sustentável.