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Energia eólica e solar já representam quase 1/4 da geração elétrica

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 28/08/2025 às 08:00
Vista aérea de parque eólico e solar integrado em área rural, com turbinas eólicas e painéis solares.
Imagem aérea mostrando turbinas eólicas e um grande campo de painéis solares, evidenciando a integração de diferentes fontes de energia renovável.
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Descubra como energia eólica e solar já representam quase 1/4 da eletricidade no Brasil, mostrando o avanço das fontes renováveis no país.

O Brasil vem consolidando, ao longo das últimas décadas, um papel de destaque na geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Portanto, entre essas fontes, a energia eólica e solar se mostra cada vez mais relevante, representando um avanço significativo na matriz energética do país.

Além disso, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, essas duas fontes responderam por 23,7% da geração elétrica total em 2024, quase um quarto da eletricidade produzida no país.

Esse resultado reforça a posição do Brasil como referência mundial em energia limpa e sustentável.

Historicamente, o país sempre contou com uma matriz energética fortemente baseada em fontes renováveis.

Assim, a energia hidráulica dominou durante décadas, aproveitando os rios extensos e a topografia favorável para construir grandes hidrelétricas.

No entanto, a dependência quase exclusiva da água trouxe desafios, como períodos de seca que afetaram a produção de eletricidade.

Por isso, o país começou a diversificar suas fontes, investindo em alternativas como a energia eólica, proveniente do vento, e a energia solar, obtida a partir da luz do sol.

Dessa forma, essa diversificação tornou-se essencial para garantir segurança energética, estimular o desenvolvimento regional e reduzir impactos ambientais.

Expansão da energia eólica

A energia eólica começou a ganhar força no início dos anos 2000, com os primeiros projetos em regiões com ventos constantes, como o Nordeste.

Dessa maneira, esses projetos aproveitaram a capacidade natural do país, explorando áreas costeiras e regiões semiáridas que apresentam ventos fortes e regulares.

Com o tempo, os parques eólicos se espalharam por diversos estados, impulsionados por políticas públicas, leilões de energia e incentivos à produção de energia limpa.

Além disso, em 2024, a geração eólica avançou 12,4%, mostrando a maturidade e o crescimento contínuo desse setor.

Portanto, o sucesso da energia eólica demonstra como o país consegue combinar recursos naturais abundantes com planejamento estratégico e inovação tecnológica.

Além do Nordeste, outras regiões começaram a investir em parques eólicos, mostrando que o potencial brasileiro ainda está longe de ser totalmente explorado.

Com efeito, novos projetos no Sudeste e Sul ampliam a capacidade instalada e reforçam a importância do vento como fonte renovável consistente, especialmente em períodos de estiagem.

Avanço da energia solar

A energia solar apresenta um crescimento ainda mais acelerado.

Inicialmente, poucos acreditavam na viabilidade econômica dessa fonte; no entanto, o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes, a redução do custo dos painéis fotovoltaicos e políticas de incentivo tornaram a energia solar acessível e competitiva.

Entre 2023 e 2024, a geração solar cresceu impressionantes 39,6%, consolidando seu papel na matriz elétrica brasileira.

Além disso, a energia solar se adapta tanto a grandes usinas quanto à autoprodução, com painéis instalados em residências, comércios e indústrias.

Dessa forma, esse crescimento reflete a tendência global de adoção de soluções energéticas limpas e distribuídas.

Ademais, a energia solar promove inclusão energética em áreas remotas, permitindo que comunidades isoladas acessem eletricidade de forma sustentável.

Ao mesmo tempo, o setor solar incentiva a pesquisa e desenvolvimento em tecnologias fotovoltaicas, armazenamento de energia e eficiência.

Isso gera empregos especializados e fortalece a economia tecnológica do país.

Impactos na matriz energética e economia

O crescimento da energia eólica e solar influencia fortemente a matriz energética e a economia do país.

Além disso, ao reduzir a dependência de fontes fósseis e a emissão de gases de efeito estufa, essas fontes descentralizam a geração de energia, permitindo que regiões antes isoladas recebam eletricidade de forma confiável.

Além disso, essa descentralização favorece o desenvolvimento regional, gerando empregos e estimulando investimentos em infraestrutura.

Portanto, o Balanço Energético Nacional 2025 mostra que o aumento da participação das fontes eólica e solar, junto com o crescimento do gás natural (+23,9%), reduziu levemente a participação da hidrelétrica, que caiu 1% em relação ao ano anterior.

No total, a oferta interna de energia elétrica chegou a 762,9 TWh, um aumento de 5,5% em relação a 2023.

Consequentemente, esses números indicam que o Brasil mantém sua tradição de matriz renovável, ao mesmo tempo em que consegue diversificá-la de forma eficiente e sustentável.

Além disso, esse equilíbrio entre diferentes fontes de energia garante fornecimento contínuo e confiável para a população e a indústria.

Comparação internacional e liderança em renováveis

O papel das energias renováveis no Brasil se destaca quando comparado à média mundial e à média dos países da OCDE.

De fato, em 2024, as fontes renováveis responderam por 88,2% da geração elétrica, muito acima da média global.

Desde 2004, o Brasil mantém mais de 70% de sua geração elétrica a partir de fontes renováveis, consolidando sua imagem internacional como país comprometido com sustentabilidade e inovação no setor energético.

Além disso, o crescimento da energia eólica e solar gera impactos positivos na economia.

Ademais, a expansão desses setores exige investimentos em tecnologia, construção e manutenção de parques eólicos e solares, criando milhares de empregos.

Ao mesmo tempo, a redução da dependência de combustíveis fósseis mantém os preços da energia mais estáveis.

Isso torna o setor elétrico resiliente a crises externas, como flutuações no preço do petróleo ou eventos geopolíticos.

Portanto, a liderança brasileira em renováveis também exerce efeito diplomático e ambiental.

Dessa forma, o país se torna exemplo de políticas de energia limpa, cooperação internacional e cumprimento de metas climáticas globais.

Tecnologia e integração à rede elétrica

Outro ponto importante é integrar as energias renováveis à rede elétrica.

Isso porque a natureza intermitente do vento e do sol exige sistemas inteligentes de armazenamento e distribuição de energia.

Dessa forma, o país estimula o desenvolvimento de tecnologias como baterias de grande capacidade, redes inteligentes (smart grids) e soluções de eficiência energética.

Isso fortalece toda a infraestrutura energética do país.

Portanto, o Brasil se encontra em um momento crucial de transição energética.

A combinação de energia eólica, solar e hidrelétrica, junto com o aumento da participação do gás natural, demonstra que é possível construir uma matriz elétrica equilibrada, sustentável e confiável.

Assim, essa trajetória reforça a posição do país como líder em geração de eletricidade limpa e inspira outros países a investirem em soluções renováveis.

Além disso, investimentos em armazenamento de energia e conectividade de redes permitem aproveitar melhor o potencial de cada região e reduzir perdas.

Isso torna a matriz mais eficiente e moderna.

Energia limpa como estratégia de longo prazo

A história do setor elétrico brasileiro mostra que investimentos em energia eólica e solar não representam apenas uma tendência passageira.

De fato, políticas públicas consistentes, incentivos à inovação tecnológica e conscientização da sociedade sobre a importância da sustentabilidade garantem que essas fontes se consolidem.

Com a continuidade desse caminho, o Brasil ampliará ainda mais a participação da energia limpa.

Isso fortalece sua economia, protege o meio ambiente e garante energia para as próximas gerações.

Em resumo, os números mais recentes confirmam que energia eólica e solar representam quase um quarto da geração elétrica no Brasil, marcando um avanço histórico na diversificação e modernização da matriz energética nacional.

Assim, o crescimento contínuo dessas fontes mostra que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental.

Dessa maneira, o país se transforma em referência global em energia limpa e renovável.

Com planejamento estratégico e investimentos contínuos, o Brasil poderá atingir novas metas de geração sustentável, garantindo segurança energética e sustentabilidade para décadas futuras.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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