Após o INSS exigir biometria para liberar crédito, empréstimos consignados para aposentados caíram de R$ 8,5 bi para R$ 3,9 bi por mês.
O volume de empréstimos consignados concedidos a aposentados e pensionistas caiu drasticamente desde que o INSS passou a exigir biometria para liberar o crédito.
A medida, implementada em maio deste ano, tem o objetivo de conter fraudes e proteger beneficiários que vinham relatando cobranças indevidas e empréstimos não reconhecidos.
De acordo com dados do Banco Central, o valor médio mensal de novos contratos despencou de R$ 8,5 bilhões para R$ 3,9 bilhões.
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A queda ocorreu após o endurecimento das regras, que agora exigem validação biométrica diretamente pelo aplicativo Meu INSS.
Biometria e bloqueio de bancos marcam nova fase do crédito
O empréstimo consignado é um tipo de crédito em que as parcelas são descontadas automaticamente da aposentadoria ou pensão.
Por oferecer baixo risco de inadimplência, costuma ter juros mais baixos. No entanto, o aumento das fraudes — com contratos feitos sem autorização — levou o INSS a intervir.
Entre as medidas adotadas, o órgão bloqueou temporariamente novas contratações e suspendeu 15 instituições financeiras envolvidas em reclamações recorrentes.
As principais denúncias envolviam empréstimos não autorizados, dificuldade de cancelamento e excesso de ligações para aposentados.
Ação veio após alerta da Controladoria-Geral da União
Uma auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) realizada no início de 2024 já havia apontado falhas na supervisão do crédito consignado e recomendou maior controle.
Mesmo assim, o reforço nas medidas só veio meses depois, quando o INSS passou a receber um volume crescente de queixas sobre descontos indevidos e associações suspeitas vinculadas aos benefícios previdenciários.
Com o sistema de biometria facial agora obrigatório, o INSS espera reduzir o risco de fraudes e garantir que apenas o titular do benefício possa autorizar novas operações de crédito.
41% dos beneficiários têm empréstimo consignado ativo
Atualmente, o Brasil possui 41 milhões de beneficiários do INSS, dos quais cerca de 17 milhões mantêm contratos de empréstimo consignado, o que representa 41,4% do total.
Para o presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, o momento é de revisão e aperfeiçoamento da política de crédito.
“O consignado precisa de uma revisão para trazer mais segurança nesta contratação. É um crédito seguro, porque tem o desconto em folha e o cadastro do beneficiário, mas precisamos garantir que é realmente o titular quem está contratando”, explicou Waller.
Ele adiantou que o INSS estuda a implementação de uma dupla verificação na solicitação do crédito, utilizando senhas Gov.br nível ouro ou prata, além da biometria.
“Estamos pensando em ajustes na instrução normativa e nos sistemas, para permitir outras formas de bloqueio e garantir a autenticidade da contratação”, completou o presidente.
Novas confirmações diretas com o aposentado
Outra proposta em estudo é que o desconto no benefício previdenciário só seja feito após o titular confirmar a contratação junto ao INSS. A medida evitaria que terceiros realizem empréstimos sem o consentimento do aposentado.
“Não cabe ao INSS decidir se ele quer o contrato, mas precisamos ter certeza de que aquela manifestação de vontade é verdadeira”, reforçou Waller.
Especialista alerta para atenção ao custo total da dívida
Apesar das novas regras aumentarem a segurança, especialistas alertam que o empréstimo consignado ainda requer cautela.
O planejador financeiro Leonardo Gomes recomenda que os aposentados analisem cuidadosamente o impacto do crédito no orçamento familiar.
“Na hora de analisar a proposta final, é muito importante olhar o custo efetivo total — que inclui juros, taxas e encargos. Assim, o consumidor sabe exatamente quanto vai pagar e se a dívida cabe no orçamento”, disse o especialista.
Segundo ele, o crédito consignado pode ser vantajoso por suas taxas reduzidas, mas a facilidade de aprovação exige responsabilidade para não comprometer a renda mensal.
Futuro do consignado: segurança digital e educação financeira
As novas medidas do INSS marcam um avanço no combate às fraudes e fortalecem a segurança digital no sistema previdenciário.
Ao mesmo tempo, especialistas reforçam que é essencial investir em educação financeira para que aposentados entendam o funcionamento do crédito e evitem o endividamento.
Portanto, a combinação entre tecnologia, verificação biométrica e transparência tende a transformar o mercado de crédito consignado, tornando-o mais confiável e sustentável para milhões de brasileiros.



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