Empresas internacionais intensificam investimentos em terras raras no Brasil, atraídas pelo potencial mineral inexplorado e pela busca global de alternativas ao domínio chinês. Novos projetos avançam com apoio público, ampliando o protagonismo brasileiro no setor estratégico de minerais críticos.
Empresas estrangeiras estão em uma verdadeira corrida para explorar as terras raras no Brasil, incentivadas pela crescente demanda global por esses minerais essenciais e pela urgência de diversificação de fornecedores fora da China.
O país detém cerca de 23% das reservas mundiais, atrás apenas dos chineses, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O governo brasileiro planeja divulgar na quinta-feira (12) uma lista de projetos estratégicos de mineração aptos a receber apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
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Essa seleção poderá movimentar quase R$ 5 bilhões, com foco em propostas voltadas à exploração e refino de elementos de terras raras.
Demanda global pressiona por fontes fora da China
Com a China controlando cerca de 90% da capacidade mundial de processamento desses minerais, países como Estados Unidos, Alemanha, França, Coreia do Sul e Japão buscam fornecedores mais confiáveis por motivos de segurança nacional.
Esse cenário tem ampliado o interesse em projetos brasileiros, principalmente pela similaridade geológica com os depósitos chineses.
“O mundo percebeu que não pode depender de um só país”, afirmou Jose Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES.
Entre os projetos mais promissores estão os da Aclara Resources, da australiana Viridis Mining and Minerals e da Meteoric Resources.
Todas têm operações em estágio inicial no país e buscam transformar o Brasil em um polo sustentável de produção.
Projetos avançam com apoio internacional e refino local
A Aclara Resources já iniciou a instalação de uma planta-piloto em Goiás, voltada para extração de terras raras pesadas como térbio, disprósio e neodímio.
Com investimento estimado em R$ 2,8 bilhões, a empresa pretende abastecer uma futura planta de ímãs permanentes na Carolina do Sul (EUA), contribuindo com setores estratégicos como energia eólica e mobilidade elétrica.
A Viridis, por sua vez, atua em Poços de Caldas (MG) e está em negociação com bancos estatais e agências de desenvolvimento de diversos países.
Seu objetivo é diversificar financiadores e instalar uma unidade de refino seletivo, ainda rara fora do território chinês.
Já a Meteoric Resources aposta na competitividade de seus custos operacionais, considerados próximos aos praticados na China, mas com técnicas ambientalmente mais sustentáveis.
Cadeia produtiva ainda depende de refinamento e estruturação
Atualmente, a única produtora de terras raras no Brasil em operação é o Grupo Serra Verde, também sediado em Goiás.
A empresa possui investidores norte-americanos e mantém contratos de venda com compradores chineses.
No entanto, o grupo está em negociações com países ocidentais para alterar esse perfil de dependência.
Especialistas alertam que, embora o Brasil tenha vantagem geológica, o grande desafio ainda está na estruturação da cadeia produtiva das terras raras no Brasil, especialmente no refino e na criação de um mercado transparente de precificação fora da China.
A consultoria Wood Mackenzie estima que os preços atuais estão defasados para sustentar uma produção ocidental.
Para viabilizar esses projetos, os valores deveriam ao menos dobrar, além de contar com incentivos governamentais que mitiguem os riscos elevados para investidores.
Sustentabilidade é diferencial competitivo dos novos projetos
A nova onda de exploração busca se diferenciar do modelo chinês por meio de práticas ambientalmente corretas.
O uso de reaterros no lugar de barragens, tratamento de resíduos e planos de reabilitação de áreas degradadas fazem parte do modelo proposto pelas mineradoras.
“Estamos fazendo tudo com responsabilidade ambiental.
O Brasil é uma cópia geológica da China, mas queremos ser referência em mineração verde”, disse Ramón Barúa, CEO da Aclara, em entrevista à imprensa internacional.
Apoio público pode acelerar independência mineral brasileira
Além dos financiamentos diretos, o BNDES estuda a mobilização de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e possíveis parcerias com instituições como a Agência de Cooperação Internacional do Japão, desde que os projetos incluam etapas de refino no Brasil.
A intenção é criar valor agregado interno e consolidar o país como um fornecedor confiável no cenário global.
O avanço dos elementos de terras raras no Brasil representa não apenas uma oportunidade econômica bilionária, mas também um reposicionamento estratégico na geopolítica internacional dos minerais críticos.
A combinação entre potencial geológico, governança e sustentabilidade poderá ser o diferencial para romper a hegemonia chinesa.
Você acredita que o Brasil conseguirá montar uma cadeia completa e sustentável para as terras raras, ganhando relevância no cenário geopolítico e tecnológico global?
Vai movimentar cinco bilhões que serão torrados em viagens, hospefagem e turismo internacional. Saude, educação, saneamento e segurança não importam. Estão dando de mão beijada nossas riquezas.
Jamais, o Brasil será competente o suficiente, por um motivo muito simples: não tem tecnologia de beneficiamento, por outro motivo mais simples: as pessoas escolhem suas profissões ou cursos pela exclusão das ciências exatas. Se tem matemática: “Deus me livre, tô fora” Este é o discurso mais “inteligente” dos bazucas. Nem vou falar que os investimentos pífios do Br em ciências, hein? É uma piada, todos sabem disso.
Veja que todas as mineradoras são estrangeiras e pior o dinheiro é do BNDES. Kkkkkk durma com esta poluição mental!
A empresa brasileira de geologia Fenrir Minerals do Brasil, promete colocar o Brasil frente a china. O foco da empresa está no semiárido, isso, no nordeste do Brasil. Estudos Geológicos não tão recentes,feito pela empresa, apontam um enorme depósito com teores médios de 14.6%. O que se comprovado os teores, colocaria o Brasil estrategicamente em primeiríssimo lugar no fornecimento de óxidos de terras raras leves e pesados