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Empresas de exploração e produção do setor de óleo e gás estimam perda de até US$ 1 trilhão em suas receitas neste ano de 2020

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 30/04/2020 às 16:11
óleo e gás, petróleo
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Além da grave crise instaurada na saúde pública mundial, a Covid-19 instaurou também uma enorme crise econômica no setor de óleo e gás. Um novo estudo aponta que com a queda nas demandas por derivados no mercado internacional, as receitas das empresas de exploração e produção (E&P) do setor de óleo e gás, tenham uma redução de aproximadamente US$ 1 trilhão em 2020.

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A análise foi realizada pela empresa de consultoria norueguesa Rystad Energy. A queda estimada é de 40% nas receitas em relação ao ano passado, já que em 2019 as companhias de E&P somaram US$ 2,47 trilhões e para este ano a previsão é que atinjam apenas US$ 1,47 trilhão. A empresa de consultoria antes da pandemia da Covid-19 havia feito um estudo em que previa um cenário em que as companhias de E&P tivessem uma receita de US$ 2,35 trilhões em 2020.

A estimativa para 2021 não é diferente, onde as receitas que antes estavam previstas para atingir em torno de US$ 2,52 trilhões, também sofreram uma grande redução, chegando a US$ 1,79 trilhão. A analista upstream da Rystad Energy, Olga Savenkova ainda afirma: “Essa queda não só prejudica a solidez das empresas e reduz o dinheiro disponível para investimentos e dividendos, mas também reduz significativamente a receita tributária do governo. Será um desafio para os Estados dependentes do petróleo, como a Rússia e muitos países do Oriente Médio, sustentarem seus orçamentos”.

A consultoria da Rystad também fez uma nova análise para os gastos de upstream em 2020. A expectativa é que os investimentos nesta área sejam reduzidos para um total de US$ 410 bilhões neste ano, contra US$ 530 bilhões que foram investidos em 2019.

Por fim, a Rystad conclui: “Vemos um crescente sentimento de descarbonização por parte dos players de E&P e bancos de investimento, com os principais players buscando atingir a neutralidade do carbono. Como resultado, o atual baixo apetite por novas sanções a projetos pode significar que o ‘pico do petróleo’ chegará mais cedo do que pensávamos apenas alguns meses atrás”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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