A multinacional Qantas afirmou, durante esta quarta-feira, 22 de junho, que confirmou uma parceria com a Airbus para investir mais de US$ 250 milhões para financiar a criação de motores de aviões que façam o uso de hidrogênio verde para o transporte de passageiros. Ou seja, o setor está cada vez mais perto de testar inovações tecnológicas sustentáveis para os combustíveis. Os motores serão modificados para funcionarem com o uso de hidrogênio, sendo estimado que a primeira apresentação das pesquisas seja realizada em 2023. Contudo, é importante salientar que, por ser um projeto em fase de testes, pode demorar para que a população tenha acesso a mais informações.
A parceria foi assinada durante o final de semana quando Qantas Group aceitou fazer parte de um contrato histórico, que preverá o fornecimento de materiais e suporte para a gigante de avião, Airbus, desenvolver novos combustíveis a base de hidrogênio verde. Serão pioneiros no setor.
A Australian Sustainable Aviation Fuel Partnership deverá contar com participação das empresas na Austrália, onde o estudo está sendo realizado, investindo milhões para acelerar o desenvolvimento de aviação sustentável. O CEO do Grupo Qantas, Alan Joyce , em parceria com o CEO da Airbus, Guillaume Faury, assinaram o contrato que previa o começo de uma parceria intensiva entre as suas instituições. O acordo foi firmado durante o evento da Assembleia Geral Anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (AGM).
“Devido à falta de uma indústria local de SAF em escala comercial, a Austrália está exportando milhões de toneladas de matéria-prima todos os anos, como canola e sebo animal para serem transformados em SAF em outros países”, disse a Qantas em seu comunicado. A empresa afirmou que prometeu usar ao menos 10% de seu retorno financeiro para investir no desenvolvimento de combustível renovável até o ano de 2030, e isso diminuirá seus custos com exportações para produção de diesel sustentável que, a seu ver, é um investimento caro a longo prazo.
- Mitsubishi Triton 2025 chega para virar o jogo e deixar Fiat Titano e Nissan Frontier para trás no mercado brasileiro!
- Com investimento superior a R$ 20 BILHÕES, nova fábrica de celulose no Brasil irá gerar 10 mil empregos durante obra e terá uma produção astronômica de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano!
- Com investimento COLOSSAL de R$ 9,5 BILHÕES, Stellantis adquire 20% da Leapmotor e agora pode produzir, vender e exportar os carros elétricos para a Europa e EUA!
- Volkswagen Taos 2025 chegou para roubar a cena: design elétrico, tecnologia incrível e a missão de desbancar Compass e Tiggo 7 no Brasil
Quais são os combustíveis utilizados na aviação e como o hidrogênio verde pode mudar o contexto do nosso meio ambiente?
Os biocombustíveis são utilizados com frequência na aviação. No entanto, o atual projeto exige que haja alteração mais expressiva sobre o motor do avião, que não funciona à base de H2. O que acontece é que o hidrogênio, que pode ser uma forma promissora de diminuir os cursos e aumentar a eficiência das máquinas, não tem eficácia de funcionamento nos motores comuns. Ou seja, seria necessário alterar como eles interagem e reagem entre si para ter resultados, exigindo estudos e diversos investimentos. O dinheiro que era necessário para começar o desenvolvimento, era o que estava faltando.
O diesel renovável também é um elemento utilizado com frequência na indústria de aviação. Ele é produzido através do óleo de cozinha e outras categorias de graxas que fazem com que tenha característica semelhante ao material refinado do petróleo. Assim sendo, também poderia ser utilizado nos motores sem haver alguma alteração sequer. Ademais, a importação de matéria-prima para a sua produção está saindo mais cara que o esperado.
O Qatar afirmou que deseja utilizar, neste novo desenvolvimento, apenas matérias que poderão ser encontradas localmente, para favorecer a indústria australiana. De acordo com às duas instituições, é estimado que o primeiro avião, que tenha o uso apenas de hidrogênio verde, chegue ao mercado até o final do ano de 2023. Entretanto, é importante salientar que, por se tratar de uma tecnologia completamente nova, deverão passar por uma expressiva fase de testes antes que comece a funcionar na prática.