Com a compra, a empresa Itaúsa passará a deter 10,33% das ações da CCR
As empresas Itaúsa e Votorantim SA comunicaram, na última terça-feira (dia 5), que foi firmado um acordo entre elas e a Andrade Gutierrez para a compra da parcela detida pela Andrade na operadora de infraestrutura CCR, por um valor de R$ 4,1 bilhões.
Em março, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, já havia antecipado o interesse das duas empresas em adquirir parte das ações da CCR, mediante a compra da fatia pertencente à Andrade Gutierrez. Assim, no final daquele mesmo mês, a oferta das empresas foi formalizada, a um preço por ação de R$ 13,75, o que representa um prêmio de 5% em relação ao valor das ações da CCR naquele período.
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Nesta terça-feira, por outro lado, as ações da CCR encerraram a R$ 12,04.
A compra envolve 300.149.836 ações da operadora, das quais a Itaúsa ficará com a maior parte, equivalente a 208.669.918 ações. Nesse sentido, o investimento da holding, que, agora, começa a atuar também em concessões de mobilidade, será de R$ 2,9 bilhões, e ela passará a deter 10,33% do capital da CCR.
A participação da Andrade Gutierrez, por sua vez, era de 14,86%.
De acordo com informações enviadas pela Itaúsa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seu investimento será financiado parte com recursos próprios e parte com capital de terceiros. Além disso, a empresa não prevê impactos significativos da transação no resultado deste ano.
Caso a compra seja concluída, a Itaúsa terá o direito de indicar ao conselho de administração da CCR, bem como aos comitês de assessoramento da empresa, a mesma quantia de conselheiros que os outros signatários do acordo de acionistas 1.
Conforme declarou, em nota, o diretor-presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, o investimento possui características fundamentais da estratégia de alocação eficiente de capital da companhia, que leva em conta as empresas líderes em seus setores de atuação, a relação risco/retorno atrativa, o potencial de crescimento e o impacto positivo para a sociedade.
Setubal afirmou, ainda, que a compra reafirma a confiança da empresa no futuro do Brasil, além de reforçar o seu compromisso com a criação de valor de longo prazo para os acionistas e a sociedade.
Segundo carta enviada pela Andrade Gutierrez à CCR, a conclusão da compra está sujeita ao cumprimento de certas condições prévias, a exemplo do não-exercício do direito de preferência de determinados acionistas, e também à aprovação por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Sobre a Itaúsa
A Itaúsa é uma holding brasileira de investimentos de capital aberto, fundada em 1966. A empresa possui cerca de 900 mil acionistas pessoas físicas, o que corresponde a uma das maiores bases acionárias da bolsa de valores brasileira.
Além disso, a Itaúsa investe em empresas relevantes da economia, que têm destaque em seus setores, como o Itaú Unibanco, Alpargatas, Duratex, Copagaz e NTS. O seu propósito declarado é a criação sustentável de valor para os acionistas e para toda a sociedade.
Sobre a CCR
O Grupo CCR é uma empresa nacional de concessão de infraestrutura, transportes e serviços. Ademais, é uma das companhias líderes na administração de rodovias no Brasil, totalizando 3.955 km administrados, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
A rodovia Presidente Dutra, por exemplo, responsável por ligar São Paulo ao Rio de Janeiro e considerada uma das joias da coroa da malha rodoviária brasileira, é uma das concessões da CCR.