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Sistema francês Doublifix elimina estruturas metálicas, acelera a instalação de isolamento interno, reduz custos e garante desempenho térmico e ambiental certificado.
O ano de 2024 marcou uma virada no setor da construção civil. A necessidade de erguer edificações com menor impacto ambiental e custos controlados pressionou empresas a buscar novas soluções. Eficiência energética e descarbonização deixaram de ser metas opcionais para se tornarem exigências obrigatórias.
Entre os maiores desafios do setor estava o isolamento interno de paredes, geralmente complexo, caro e demorado quando feito com métodos tradicionais. Foi nesse contexto que surgiu o Doublifix, um sistema da empresa francesa HIRSCH Isolation, pensado para atender exatamente a essas demandas.
O diferencial imediato do Doublifix é claro: ele elimina a necessidade de estruturas metálicas, adesivos ou ferramentas especiais. O sistema se mostra compatível com placas de gesso padrão, certificado de acordo com normas rigorosas e com foco direto em reduzir tempo, custos e impacto ambiental.
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Como funciona o sistema que promete revolucionar o isolamento interno
O coração do Doublifix é um fixador inteligente. Trata-se de um conjunto de pinos, conectores e parafusos capazes de unir diretamente o isolamento de poliestireno expandido (EPS) à parede, e depois, a placa de gesso ao conector.
Essa solução simples, mas eficiente, retira da equação o uso de perfis metálicos ou colas. A instalação fica mais rápida, mais limpa e sem esperas desnecessárias. O processo reduz não apenas o tempo de execução, mas também o desperdício e o peso dos materiais transportados.
Cada kit cobre 22 m² de superfície, adaptando-se a espessuras de isolamento entre 100 e 160 mm. O sistema foi desenvolvido em colaboração com a Fischer, referência global em soluções de fixação, e está protegido por patente de inovação.
A leveza do material facilita o trabalho dos instaladores, diminui riscos de acidentes e torna a obra menos pesada no transporte e na logística.
Eficiência energética e respeito ao planeta
Os painéis compatíveis com o Doublifix são produzidos pela própria HIRSCH Isolation. Eles contam com certificação ACERMI de desempenho térmico e podem ser encontrados nas versões branca ou grafite, esta última com maior capacidade isolante.
Na prática, alcançam até 5,30 m² K/W de resistência térmica em apenas 160 mm de espessura, alinhando-se às exigências da norma francesa RE2020 e de diretrizes europeias.
O EPS, além de reciclável, não emite compostos orgânicos voláteis (classificação A+), não sofre deformações ao longo do tempo e é fácil de cortar e manusear. A instalação dispensa equipamentos de proteção especiais, reforçando a simplicidade e a segurança da solução.
Outro ponto importante: como o sistema é desmontável, o isolamento pode ser retirado e reciclado no fim de sua vida útil. Essa característica o insere diretamente em uma abordagem de economia circular.
Compatibilidade com padrões já consolidados
Um dos maiores atrativos do Doublifix é a versatilidade. Ele pode ser usado com placas de gesso convencionais de 12,5 mm, padrão ou hidrófugas, desde que sigam a norma NF EN 520. Isso elimina a dependência de componentes exclusivos do fabricante, um ponto raro em soluções inovadoras.
O acabamento também recebeu atenção. Perfis em L, fabricados em aço galvanizado, garantem um resultado limpo e alinhado, dentro das normas DTU 25.41.
Desempenho técnico atestado
A solução foi submetida a diversos testes técnicos. Os resultados confirmam seu desempenho térmico, acústico e de segurança.
Em termos de isolamento acústico, o sistema adiciona até +12 dB em paredes de tijolo e +8 dB em concreto, segundo ensaios realizados pelo CSTB.
O comportamento em situações de incêndio também foi validado, com resistência de 15 minutos como proteção contra fogo.
Do ponto de vista ambiental, a redução no uso de aço, peças e emissões reforça sua vocação sustentável. Uma FDES está em processo de validação para comprovar oficialmente esse impacto reduzido.
Além disso, o Doublifix recebeu a certificação CSTB ATEx (nº 3408_V1), o que valida sua aplicação em residências, escritórios e instalações privadas.
Um sistema adaptável para diferentes ambientes
A aplicabilidade do Doublifix é ampla. Ele se adapta a paredes de concreto, alvenaria e blocos de cofragem.
Em locais úmidos, como banheiros e cozinhas, pode ser combinado com painéis hidrófugos do tipo H1, seguindo as recomendações técnicas da norma CSTB 3567_V2.
Seu caráter removível facilita a recuperação de materiais ao fim da vida útil da obra, minimizando a geração de resíduos.
Testado em campo com resultados práticos
Durante os testes práticos, empresas como a Eoz Construction destacaram a rapidez e a simplicidade do processo. A ausência de estrutura metálica aumenta o espaço disponível para instalações elétricas e de comunicação, reduzindo conflitos entre diferentes equipes da obra.
Um exemplo concreto veio de uma residência em Gignat, construída com blocos de poliestireno. O uso do Doublifix integrou-se ao projeto e melhorou a eficiência energética sem elevar o custo final.
O potencial para a construção sustentável
O Doublifix se apresenta não apenas como uma solução técnica, mas como um instrumento de transformação do setor.
Seu baixo impacto ambiental, a possibilidade de desmontagem e reciclagem e a facilidade de integração em diferentes projetos apontam para uma alternativa realista em larga escala.
A eliminação de estruturas metálicas e a redução de materiais auxiliares contribuem para cortar a pegada de carbono do início ao fim da obra. O fato de ser compatível com materiais padrão ainda fortalece o uso de recursos locais, reduzindo transporte e estimulando a economia circular.
Entre as propostas de aplicação, destacam-se a inclusão do Doublifix em programas de renovação energética subsidiados, seu uso em edifícios públicos como escolas, a promoção em áreas rurais e o incentivo a treinamentos rápidos para instaladores.
Em um setor que busca urgentemente soluções mais rápidas, limpas e acessíveis, o Doublifix mostra que é possível construir melhor sem aumentar custos. Ele combina inovação técnica com responsabilidade ambiental e propõe uma nova forma de construir: mais simples, mais eficiente e mais conectada aos desafios atuais.
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