1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Empresa diz que criou reator capaz de transformar mercúrio em ouro e promete toneladas por ano
Tempo de leitura 2 min de leitura Comentários 0 comentários

Empresa diz que criou reator capaz de transformar mercúrio em ouro e promete toneladas por ano

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 11/09/2025 às 14:09
Empresa afirma que reator de fusão tokamak pode transformar mercúrio em ouro, prometendo cinco toneladas anuais e energia limpa ilimitada.
Empresa afirma que reator de fusão tokamak pode transformar mercúrio em ouro, prometendo cinco toneladas anuais e energia limpa ilimitada.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Durante séculos, alquimistas sonharam em transformar metais comuns em ouro, mas sempre fracassaram. Agora, uma empresa afirma ter conseguido realizar esse feito dentro de um reator de fusão tokamak.

O antigo sonho dos alquimistas pode estar perto de se realizar. A empresa Marathon Fusion afirma que seu reator de fusão tokamak pode transformar mercúrio em ouro como subproduto da geração de energia.

Desde os gregos, alquimistas buscavam a Pedra Filosofal. Ela permitiria transformar metais comuns, como chumbo e cobre, em ouro puro.

Essas práticas uniam química rudimentar e crenças esotéricas, misturando ciência e espiritualidade. Para muitos, era uma rota para a iluminação, mas também um caminho rápido para enriquecer.

No entanto, o máximo que conseguiram foi arrancar dinheiro de patrocinadores iludidos. Nenhum ouro real saiu de seus laboratórios improvisados.

A virada no século XX

Com o avanço da ciência, os físicos descobriram a transmutação de elementos usando o átomo. Mas os custos eram altos e os resultados, minúsculos.

O processo era tão caro que não compensava. A ideia acabou esquecida como curiosidade científica, sem aplicação prática.

Agora, a Marathon Fusion afirma ter mudado esse cenário. E a promessa é ousada.

Segundo a empresa, seu reator tokamak pode gerar energia limpa e produzir cinco toneladas de ouro a partir de mercúrio para cada gigawatt de eletricidade gerada.

Como o processo funcionaria

A base do método vem de técnicas para criar trítio em reatores. Isso ocorre quando o vaso do reator recebe um revestimento de lítio.

O lítio absorve nêutrons, se divide e forma partículas alfa e átomos de trítio. A Marathon propõe usar mercúrio-198 no lugar do lítio.

Quando um nêutron atinge o mercúrio-198, ele vira mercúrio-197 instável. Esse isótopo então sofre decaimento e se transforma em ouro-197.

Se for usada uma liga de lítio e mercúrio, ainda é possível produzir trítio junto com o ouro. A empresa diz que isso aumentaria a eficiência do processo.

Extraindo o ouro formado

Um artigo de pré-impressão da empresa detalha o plano. O material sugere o uso de mercúrio enriquecido com 90% do isótopo desejado para obter melhores resultados.

Depois da exposição ao reator, o amálgama formado passaria por tratamento químico. Esse processo separaria o ouro do mercúrio restante.

Como o ouro é um elemento nobre e quase inerte, a separação seria simples. Não exigiria técnicas complexas, segundo os cientistas da Marathon.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x