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Empresa de petróleo e gás retoma exploração de área no Brasil com 200 MILHÕES e 500 vagas de empregos após 20 anos! Estudos da Petrobras e de universidades mostram que área pode ser fértil para explorações bem sucedidas

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/10/2024 às 04:00
Eneva investe R$ 200 milhões na exploração de gás e captura de carbono na Bacia do Paraná. Expectativa é iniciar perfuração em 2027.
Eneva investe R$ 200 milhões na exploração de gás e captura de carbono na Bacia do Paraná. Expectativa é iniciar perfuração em 2027.

Eneva está retomando a exploração de gás natural na Bacia do Paraná com investimento de R$ 200 milhões. O projeto inclui armazenamento de carbono, e visa apoiar usinas de etanol na redução de emissões. A empresa já está gerando empregos e espera começar perfurações em 2027.

A Eneva, uma das principais empresas brasileiras no setor de energia, está prestes a sacudir o mercado com um investimento de R$ 200 milhões para retomar a exploração de gás natural e iniciar um projeto de captura de carbono na Bacia do Paraná.

A região, situada entre Mato Grosso do Sul e Goiás, não via atividades exploratórias há mais de 20 anos, mas estudos promissores indicam que pode haver recursos valiosos por lá.

No entanto, o que a Eneva procura vai além do gás natural. Será que o futuro da energia limpa no Brasil está na profundidade das rochas salinas?

A companhia começou, no último mês, a realizar levantamentos sísmicos para mapear o subsolo e avaliar o potencial da área.

Com uma previsão de aproximadamente um ano e meio para finalizar essa etapa, a Eneva já mira 2027 como o ano para iniciar a perfuração de poços exploratórios.

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Conforme revelou Frederico Miranda, diretor de Exploração e Tecnologias de Baixo Carbono da Eneva, o objetivo inicial é encontrar gás natural.

Porém, o projeto inclui também uma abordagem inovadora: o armazenamento de dióxido de carbono (CO₂), alinhando a busca por energia com esforços de descarbonização.

Explorando a bacia do Paraná: por que agora?

O investimento da Eneva em gás natural na Bacia do Paraná retoma o interesse pela área, que ficou esquecida por décadas.

Quando a empresa arrematou quatro blocos exploratórios em 2021, durante o segundo ciclo de oferta da ANP, ela já visualizava o potencial da bacia para essa finalidade.

Mas foi ao avançar em estudos que a Eneva se deparou com outra possibilidade: o uso dos chamados “reservatórios salinos” para armazenamento de CO₂.

Segundo Miranda, essas estruturas geológicas profundas podem ser ideais para conter dióxido de carbono, contribuindo para a mitigação dos impactos ambientais.

Potencial de descarbonização e parceria com usinas de etanol

A Eneva já iniciou conversas com usinas de etanol interessadas em reduzir sua pegada de carbono.

Nesses processos, o dióxido de carbono gerado pode ser armazenado nos reservatórios salinos, uma solução prática para empresas que buscam melhorar suas Notas de Eficiência Energético-Ambiental.

Além disso, a proximidade das usinas com os blocos exploratórios reduz significativamente os custos de transporte do CO₂, fazendo do projeto uma proposta atraente tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental.

Miranda ressaltou que, embora a companhia também opere usinas termelétricas, a captação de CO₂ em plantas de etanol é mais eficiente.

“Uma usina de etanol gera exaustão com 95% a 98% de CO₂ puro, enquanto em termelétricas essa porcentagem é de apenas 4%,” explicou.

Essa diferença faz das usinas de etanol parceiros ideais para o projeto de captura de carbono, reduzindo custos operacionais e maximizando os benefícios ambientais.

Retorno financeiro e desafios para o futuro

Apesar do entusiasmo, Miranda pondera que a exploração voltada apenas para o armazenamento de CO₂ pode não ser financeiramente viável.

Ele acredita que a associação com a exploração de gás natural agrega valor e justifica o investimento.

No entanto, o projeto ainda depende de fatores externos, como a criação de um mercado regulado de carbono no Brasil.

A proposta de lei “Combustível do Futuro”, que visa regulamentar o mercado de carbono e fomentar o uso de tecnologias de captura e armazenamento, aguarda aprovação presidencial.

Além de benefícios ambientais, o projeto já impacta economicamente a região da Bacia do Paraná, com a geração de cerca de 500 empregos diretos nas operações sísmicas e muitos outros indiretos em setores de apoio como hotelaria e alimentação.

A Eneva acredita que a entrada em operação dos poços poderá criar novas oportunidades de trabalho e crescimento econômico para a população local.

A retomada da exploração na Bacia do Paraná mostra que o Brasil tem potencial para se tornar um pioneiro na integração de exploração de gás e captura de carbono.

No entanto, ainda restam perguntas importantes: como o mercado regulado de carbono afetará projetos como esse? E o Brasil está realmente preparado para liderar o movimento global de descarbonização?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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