A CSN comprou por US$ 1 bilhão: 5 fábricas de cimento, 4 estações de trituração, 6 centros especializados em grânulos e 19 centros de concreto
Na manhã desta sexta-feira (10/09), a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) anunciou que que comprou 100% da fábrica de cimento Holcim. O negócio avaliado em US$ 1,025 bilhão reposiciona a companhia para cima no ranking de cimenteiras no país. A empresa de materiais de construção assinou um acordo para vender o conjunto que inclui cinco fábricas de cimento, quatro estações de trituração, seis centros especializados em grânulos e 19 centros de concreto, o que alcança um valor empresarial de US$ 1,025 bilhão, informa em comunicado. Leia ainda: Umas das maiores exportadoras de minério de ferro do Brasil, a CSN Mineração está contratando técnico, mecânico, aprendiz e mais, para vagas de emprego em MG, RJ, SP e PR
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A compra dos ativos da Holcim
Os acertos de contrato entre a CSN e o Grupo Holcim já foram firmados na manhã de hoje, 10 de setembro. As empresas Votorantim Cimentos e InterCement fizeram propostas por alguns ativos, enquanto a CSN Cimentos e a Mizu miravam a maioria ou totalidade das 10 plantas industriais da Holcim no Brasil.
A aquisição das fábricas de cimento vai aproximar a CSN do topo do ranking de cimenteiras no país. A Holcim é a terceira maior, atrás de Votorantim e InterCement. Com a aquisição, a CSN é quem vai para o top 3. A avaliação de mercado era que os ativos da Holcim valessem em torno de US$ 700 milhões, mas a companhia buscava mais de US$ 1 bilhão pelo pacote completo.
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Será a segunda aquisição da CSN Cimentos em menos de quatro meses. No fim de junho, adquiriu a cimenteira Elizabeth por mais de R$ 1 bilhão do fundo Farallon, saltando para uma capacidade total de 6 milhões de toneladas por ano. Na ocasião, os analistas avaliaram que a aquisição saiu a um preço bastante razoável, considerando a média de múltiplos do setor e o montante de capital que seria necessário para agregar a mesma produção de forma orgânica. As 10 unidades industriais da Holcim têm capacidade de produção anual de 10 milhões de toneladas de cimento.
Anteriormente, a CSN comprou uma nova fábrica de cimento do estado da Paraíba
O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, confirmou recentemente que está negociando a compra da Elizabeth Cimento, pertencente ao fundo Farallon, fábrica de cimento no estado da Paraíba. O negócio pode variar de US$ 200 milhões a 250 milhões, segundo informações do jornal Valor Econômico.
Steinbruch, presidente da CSN, disse que manterá o mercado informado sobre eventuais desdobramentos desse assunto. A direção da CSN informou, ainda, que ainda não existe um documento vinculante para a aquisição. Segundo especialistas do mercado, a aquisição da fábrica de cimentos é considerada estratégica para a divisão de cimentos da CSN, que tem planos de abrir capital na B3, a bolsa paulista. A empresa já fez o registro da oferta pública de ações (IPO, em inglês) na CVM, órgão do mercado de capitais.
Atualmente, a CSN produz os cimentos ensacados: CP II-E-32, CP II-F-32 e CP III-40 RS e granel: CP II-E-40 e CP III-40 RS, com uma resistência mínima de 32 MPa e 40 Mpa, todos de acordo com a norma ABNT NBR 16697. Além disso, o CP III da CSN, possui elevada resistência a sulfatos, ou seja, é resistente às águas de esgotos, do mar e alguns tipos de solos com compostos agressivos.