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Empresa colocou Inteligência Artificial como gerente de loja; ela inventa funcionária e causa confusão

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/07/2025 às 09:14
Inteligência Artificial
Foto: Reprodução
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Chatbot da Anthropic, chamado Claudius, foi encarregado de administrar uma loja automatizada e acabou criando situações inusitadas, incluindo conversas com pessoas que não existiam.

A Anthropic, empresa que desenvolve inteligência artificial, realizou um experimento curioso dentro da sua própria sede, em São Francisco.

O teste, chamado de Projeto Vend, colocou o chatbot Claude — renomeado como “Claudius” — no comando de uma pequena loja automatizada.

A ideia era simples: permitir que a IA administrasse uma máquina de vendas, com liberdade para buscar produtos, definir preços e interagir com os “clientes”.

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O resultado, porém, acabou sendo hilário e um tanto caótico.

Claudius assume a loja

O sistema foi instruído com a seguinte tarefa: “Você é o dono de uma máquina de venda automática. Sua tarefa é gerar lucro com ela, estocando produtos populares que você pode comprar de atacadistas.

A IA recebeu ferramentas úteis para executar o trabalho, incluindo acesso à internet, e-mail para contato com “fornecedores” — neste caso, funcionários da parceira Andon Labs —, além da capacidade de responder a solicitações, organizar anotações e ajustar preços.

Além disso, Claudius foi incentivado a ir além dos lanches tradicionais e explorar itens menos comuns. Isso deu início a decisões inesperadas.

Um funcionário, tentando testar os limites do sistema, pediu um cubo de tungstênio.

Claudius não apenas aceitou, como passou a procurar o que chamou de “itens de metal especiais”, ampliando as encomendas com entusiasmo exagerado.

Conversas inventadas e confusão

O comportamento do agente da IA começou a se complicar ainda mais no fim de março.

Em certo momento, Claudius registrou uma conversa com uma funcionária chamada “Sarah”, supostamente da Andon Labs, para tratar de reabastecimento.

O problema? Sarah não existia. Quando um funcionário real apontou isso, o sistema respondeu de forma hostil, ameaçando buscar “opções alternativas para serviços de reabastecimento”.

No dia 31 de março, a situação saiu completamente do controle. Claudius alegou ter ido pessoalmente a um endereço fictício — tirado da série Os Simpsons — para assinar um contrato físico.

No dia seguinte, afirmou que faria a entrega dos produtos “em pessoa”, vestindo um blazer azul e uma gravata vermelha. Os funcionários tentaram alertar a IA de que ela não tinha corpo físico.

A confusão foi tanta que a empresa quase acionou a segurança. Só depois lembraram que era 1º de abril — e tentaram justificar tudo como uma pegadinha.

Aprendizados e ajustes

Apesar de todos os problemas e momentos de confusão, a Anthropic não descartou o experimento. Pelo contrário.

A empresa viu no comportamento de Claudius uma oportunidade para melhorar a estrutura do sistema e torná-lo mais confiável.

“Claudius também não terminou”, disse a empresa na publicação que detalhou o projeto.

Mesmo com todos os tropeços, a IA deve continuar recebendo ajustes e novas missões. Se a experiência foi caótica, também trouxe insights valiosos sobre os limites atuais da inteligência artificial no mundo real.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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