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Empresa Chinesa (SpaceSail) quer vir ao Brasil para ameaçar Starlink de Elon Musk, que promete conectar todas as partes do Brasil com sua super internet

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 29/12/2024 às 23:55
Atualizado em 30/12/2024 às 01:05
O governo Lula busca concorrentes para a Starlink na China, enquanto a tensão com Elon Musk cresce. O futuro da internet via satélite está mudando.
O governo Lula busca concorrentes para a Starlink na China, enquanto a tensão com Elon Musk cresce. O futuro da internet via satélite está mudando.

Em um movimento que promete revolucionar o mercado de internet via satélite no Brasil, uma nova concorrente internacional se prepara para desafiar a hegemonia da Starlink, empresa de Elon Musk.

Trata-se da SpaceSail, uma companhia chinesa que planeja operar no país a partir de 2026, em parceria com a estatal brasileira Telebras.

Com planos ambiciosos e tecnologia de ponta, a SpaceSail almeja transformar a conectividade em áreas remotas e competir diretamente com a Starlink, que domina o segmento atualmente.

O que é a SpaceSail?

A SpaceSail é uma constelação de satélites de órbita baixa desenvolvida pela Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST), em parceria com a Academia Chinesa de Ciências.

Desde o anúncio oficial do projeto em 2023, a empresa já lançou 54 satélites e planeja expandir essa constelação para 648 até o final de 2025. A meta mais ousada, no entanto, é alcançar 15 mil satélites em operação até 2030.

Os satélites de órbita baixa, como os da SpaceSail, operam entre 500 e 1.500 km de altitude, o que reduz significativamente a latência em comparação com satélites geoestacionários que orbitam a 35 mil km da Terra.

Essa proximidade permite conexões mais rápidas e estáveis, mas exige uma constelação muito mais densa para garantir cobertura contínua.

Embora os detalhes específicos da tecnologia empregada pela SpaceSail não sejam amplamente divulgados, espera-se que ela ofereça uma alternativa competitiva frente à Starlink.

Acordo com a Telebras e expansão no Brasil

De acordo com o acordo firmado entre a SpaceSail e a Telebras, a empresa chinesa utilizará infraestrutura local e buscará sinergias com o governo brasileiro para expandir a cobertura de internet via satélite no país.

Essa parceria foi anunciada em novembro de 2024, durante a visita oficial do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil.

A ocasião marcou a assinatura de diversos acordos bilaterais, incluindo projetos relacionados a telecomunicações e tecnologia espacial.

Conforme declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, há um interesse estratégico em utilizar a Base Espacial de Alcântara, no Maranhão, como ponto de lançamento para futuros satélites da SpaceSail.

Essa medida não apenas fortaleceria a presença da empresa no mercado brasileiro, mas também contribuiria para a consolidação do Brasil como um player relevante no setor aeroespacial.

Atualmente, a Starlink oferece serviços no Brasil com mensalidades a partir de R$ 184 e kits de instalação que variam entre R$ 1.000 e R$ 2.400.

Embora seja uma solução atrativa para áreas rurais e remotas, os preços ainda são considerados elevados quando comparados a serviços de fibra óptica disponíveis em regiões urbanas.

A entrada da SpaceSail no mercado brasileiro promete aquecer a concorrência, o que pode beneficiar os consumidores com preços mais acessíveis e melhorias nos serviços.

A diversificação de fornecedores também tem o potencial de incentivar inovações tecnológicas, além de ampliar o acesso à internet em áreas carentes de infraestrutura tradicional.

Apesar disso, a SpaceSail enfrentará desafios significativos. Entre os principais estão as barreiras regulatórias, a necessidade de construir infraestrutura de suporte local e a tarefa de conquistar a confiança dos consumidores.

A Starlink, por sua vez, já possui uma base de clientes consolidada no Brasil e pode reagir estrategicamente à nova concorrência, ajustando preços ou ampliando sua cobertura.

Impactos sociais e econômicos

A chegada de uma nova fornecedora de internet via satélite no Brasil é especialmente relevante para regiões remotas, onde a conectividade é limitada ou inexistente.

De acordo com o Censo de 2022, cerca de 20% da população brasileira ainda não tem acesso à internet, sendo a maioria residente em áreas rurais ou comunidades isoladas.

Nesse contexto, a SpaceSail pode desempenhar um papel crucial ao oferecer uma alternativa viável para preencher essa lacuna digital.

Além de melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros, a expansão da conectividade tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico em regiões periféricas, promovendo inclusão digital, educação a distância, telemedicina e comércio eletrônico.

Por outro lado, a entrada de mais players no mercado também pode gerar impactos econômicos positivos ao criar empregos diretos e indiretos, seja na instalação de equipamentos, no suporte técnico ou na operação de satélites.

Além disso, parcerias com empresas locais e com o governo brasileiro podem fortalecer a indústria nacional de telecomunicações e tecnologia espacial.

Considerações finais

A entrada da SpaceSail no mercado brasileiro representa um marco significativo para o setor de telecomunicações no país.

Ao desafiar a hegemonia da Starlink, a empresa chinesa traz a promessa de maior concorrência, melhores serviços e preços mais acessíveis para os consumidores.

Contudo, será essencial acompanhar como a SpaceSail lidará com os desafios locais e como a Starlink reagirá a essa nova competição.

Independentemente das dificuldades, a chegada de mais uma fornecedora de internet via satélite é uma boa notícia para o Brasil, especialmente para as regiões mais isoladas, que poderão finalmente ter acesso a uma internet de qualidade.

Isso reforça a importância de iniciativas que promovam a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável em todo o território nacional.

Para mais informações sobre o mercado de internet via satélite no Brasil, fique atento às atualizações nos próximos meses, quando novos detalhes sobre a operação da SpaceSail devem ser divulgados.

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Édson
Édson
30/12/2024 05:56

Cadê a proteção de mercado interno que o governo tanto fala pra justificar a arrecadação, fazem isso com as blusinhas importadas mas e os provedores daqui ? Estão minimizando a atuação deles ? O imposto que provadores pagam de monte é só isso que interessa ? Cadê a proteção interna de mercado no caso de nossos provedores aqui no Brasil da corrupção e arrecadação?

Andre
Andre
30/12/2024 07:36

Vão trazer os escravos também?

Júlio Garcia
Júlio Garcia
30/12/2024 08:08

Quero entender como serão os benefícios que os provedores regionais terão que ao longo destes anos nada foi oferecido além de impostos e impostos, tarifas absurdas por utilização de postes é muito mais, será que as medidas darão as mesmas ou haverá 1 peso e 2 medidas .
Lembrando que os pequenos provadores são os responsáveis pela expansão de fibra no país inteiro a maioria foi com seu próprio recurso e sempre investindo pra levar um serviço de excelência ao consumidor final, no momento de desfrutar o que plantou ao longo dos anos já querem jogar veneno na lavoura! Me ajuda aí!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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