1. Início
  2. / Construção
  3. / Empresa catarinense instala o primeiro equipamento de medição de dados atmosféricos com tecnologia 100% brasileira na Antártica
Localização SC Tempo de leitura 3 min de leitura

Empresa catarinense instala o primeiro equipamento de medição de dados atmosféricos com tecnologia 100% brasileira na Antártica

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/08/2022 às 13:39
Empresa catarinense Dualbase instala o primeiro equipamento de medição de dados atmosféricos com tecnologia 100% brasileira na Antártica
Foto: ABRHidro

A Dualbase, empresa fundada em Santa Catarina, instalou o primeiro equipamento de medição de dados atmosféricos na Antártica com tecnologia totalmente brasileira.

A empresa de Santa Catarina, Dualbase, instalou o primeiro equipamento de medição de dados atmosféricos com tecnologia totalmente brasileira. A oportunidade chegou para a empresa em 2019, entretanto os pesquisadores do Núcleo de Pesquisa Terrantar da universidade Federal Viçosa (UFV), estudam o solo da Antártica há quase duas décadas.

Informação da medição de dados atmosféricos são transmitidos via satélite

O Terrantar compõe o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, que reúne pesquisadores brasileiros que realizam estudos no Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Em grande parte das vezes, as pesquisas são realizadas na região da Estação Antártica Comandante Ferraz, uma base do Brasil situada na Ilha do Rei George.

Os pesquisadores do Terrantar contam aproximadamente 40 pontos com sensores na região. Antes da instalação da tecnologia com transmissão via satélite, os dados da Dualbase eram coletados por ano, quando ocorriam as viagens ao continente.

A Dualbase aproveitou a chance para levar para a Antártica um equipamento de dados atmosféricos próprio, uma estação meteorológica que mede a temperatura, a radiação solar, umidade relativa do ar e a pressão atmosférica. Os dados da Antártica são transferidos via satélite e via rede celular 3G disponível no local. Estes são abertos e podem ser acessados por meio da internet.

Equipamento de medição de dados atmosféricos podem funcionar a -40 e -70 graus

Tudo isso é feito de forma automática, sem ser preciso a necessidade de um profissional ir até os pontos de coleta. No entanto, uma equipe permanece de prontidão para realizar a manutenção preventiva, calibrá-los e limpar os equipamentos, e também para corrigir quando há falhas. Os empresários se orgulham muito do trabalho.

Segundo o Presidente da Dualbase, Felipe Jahn, CEO, foi um desafio interessante. Poucas empresas possuem a possibilidade de colocar equipamentos num lugar tão extremo De acordo com Jahn, o equipamento de medição de dados atmosféricos foi desenvolvido para funcionar de menos 40 a 70 graus.

Entretanto, isso foi testado apenas em laboratório e a Dualbase nunca teve a chance de colocar seu produto em uma condição real e em tanto tempo. A equipe possui um sentimento de orgulho. É a primeira estação totalmente produzida por brasileiros a funcionar na Antártica.

Conheça a Dualbase

A Dualbase é uma empresa inovadora e desde sua fundação em 2009, sempre busca desenvolver e aprimorar seus produtos, serviços e relações com o objetivo de obter o máximo de desempenho e o máximo de qualidade.

Seus clientes percebem isso em cada sensor ou PCD produzido. Em 2010 a Dual base recebeu o fomento do programa PRIME e em 2014 foi contemplada pelo programa TECNOVA, ambos promovidos pela FINEP e organizados pela FAPESC. Desde 2011 é a única empresa da América Latina associada ao SDI-12 Support Group e em 2018 associamos ao HMEI, sendo também a única empresa da América latina.

Dados que mostram seu pioneirismo e sua visão que mira longe do horizonte. Sua estrutura ocupa uma área de 2 mil m² e o prédio central com 750 m² abriga o parque fabril, área administrativa e área de pesquisa e desenvolvimento.

A Dualbase se situa em Palhoça (SC), ficando a 15 km da capital catarinense. A empresa está à margem da BR-101 e a 25 km do Aeroporto Internacional de Florianópolis, uma posição estratégica não só em termos de logística, mas também por a região ser conhecida como o vale do silício brasileiro.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos