A Solfácil amplia o acesso à energia solar ao captar R$ 450 milhões via CRI, viabilizando projetos de geração distribuída e acelerando a transição energética no Brasil com investimento sustentável e escalável
A Solfácil, fintech especializada em financiamento de energia solar, revelou uma nova captação de R$ 450 milhões por meio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), segundo uma matéria do site MegaWhat publicada nesta terça-feira (21).
O objetivo é claro: financiar 25 mil projetos de geração distribuída em todo o território nacional, com potência média de 7,7 kW por instalação. Essa iniciativa representa um avanço significativo na democratização do acesso à energia limpa e na consolidação da transição energética brasileira.
Detalhes da operação financeira da Solfácil com CRI
A emissão foi coordenada por três grandes instituições financeiras: Itaú BBA, XP Investimentos e Bradesco, com estruturação da gestora Kanastra. Esta é a quarta captação da Solfácil via CRI, sendo dividida em duas liquidações — a primeira em 30 de setembro e a segunda prevista para 15 de novembro.
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A taxa de retorno ao investidor foi pré-fixada em 14,22% ao ano, evidenciando o interesse do mercado por ativos ligados à sustentabilidade. Guillaume Tiret, CFO e cofundador da Solfácil, afirmou que a nova captação evidencia a confiança do mercado no modelo de negócios da empresa e contribui para ampliar significativamente o acesso à energia solar no Brasil.
Expansão dos projetos de geração distribuída de energia solar
Com os recursos obtidos, a empresa pretende financiar 25 mil projetos de geração distribuída, ampliando sua atuação em residências, comércios e pequenas indústrias. A geração distribuída permite que consumidores produzam sua própria energia elétrica, geralmente por meio de painéis solares, reduzindo custos e contribuindo para a sustentabilidade.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil já ultrapassou 2 milhões de unidades consumidoras com geração distribuída, e a expectativa é que esse número cresça exponencialmente nos próximos anos.
A iniciativa da Solfácil contribui diretamente para esse avanço. A geração distribuída é uma das principais ferramentas para descentralizar o sistema elétrico e empoderar o consumidor.
Energia solar como motor da transição energética
A energia solar é hoje uma das principais fontes renováveis em expansão no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o país já conta com mais de 37 GW de capacidade instalada, sendo cerca de 24 GW provenientes da geração distribuída.
Investimentos como o da Solfácil são essenciais para acelerar a transição energética, reduzindo a dependência de fontes fósseis e promovendo uma matriz elétrica mais limpa e resiliente. Além disso, a energia solar gera empregos, movimenta a economia local e contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Histórico de captações da Solfácil com foco em energia solar
A Solfácil já captou cerca de R$ 2,5 bilhões via CRI desde 2024, consolidando-se como uma das principais plataformas de financiamento de energia solar no país. Em julho de 2025, a empresa havia levantado R$ 750 milhões, também destinados à geração distribuída.
O crescimento da demanda por esse tipo de financiamento levou à realização desta nova rodada, não prevista inicialmente. Segundo Tiret, a procura por papéis da Solfácil superou as expectativas, o que motivou a emissão adicional. A empresa se destaca por unir tecnologia, crédito e impacto ambiental positivo.
Além dos benefícios ambientais, os projetos financiados pela Solfácil têm impacto direto na economia. Estima-se que a iniciativa pode representar até 50 mil novos postos de trabalho com a execução dos 25 mil projetos previstos.
A redução na conta de luz também é um fator relevante. Famílias e empresas que adotam a geração distribuída podem economizar até 95% na fatura mensal, liberando recursos para outras áreas e aumentando o poder de consumo. A energia solar é uma solução econômica, ambiental e socialmente estratégica.
Desafios regulatórios e perspectivas para a transição energética
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios regulatórios e logísticos. A revisão do marco legal da geração distribuída, prevista para 2026, pode impactar a atratividade dos investimentos.
No entanto, a tendência global de descarbonização e o apoio crescente do mercado financeiro indicam um cenário promissor para a energia solar no Brasil.
A Solfácil, com sua expertise e capacidade de captação, está bem posicionada para liderar esse movimento. A empresa projeta um crescimento de até 50% na receita anual com a nova rodada de investimentos.
Solfácil e o papel estratégico na transformação energética brasileira
A captação de R$ 450 milhões em CRI pela Solfácil representa mais do que uma operação financeira. É um passo decisivo rumo a um Brasil mais sustentável, com acesso ampliado à energia solar e fortalecimento da transição energética.
Com 25 mil novos projetos de geração distribuída, a empresa reafirma seu compromisso com a inovação, o meio ambiente e o desenvolvimento social. A iniciativa reforça a importância de unir tecnologia, financiamento e propósito para transformar o setor elétrico nacional.
A Solfácil não apenas viabiliza o acesso à energia limpa, como também contribui para a construção de um futuro mais justo, eficiente e conectado com os desafios climáticos globais.