Camfridge desenvolve sistema de refrigeração magnética mais eficiente, sem uso de compressores nem gases poluentes, pronto para produção em escala comercial.
Uma empresa britânica chamada Camfridge está apostando em uma tecnologia que pode mudar o setor de refrigeração.
Em vez de compressores e gases nocivos ao meio ambiente, a proposta é usar campos magnéticos para resfriar.
A ideia já está pronta para ser aplicada em larga escala e pode ser um marco importante na luta contra as emissões de carbono.
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Tecnologia limpa e sem gases nocivos
Fundada em 2005, a Camfridge é uma das pioneiras na área da refrigeração magnética. Sua tecnologia elimina o uso de compressores e gases poluentes.
Em vez disso, utiliza refrigerantes sólidos com GWP zero — ou seja, a substância tem Potencial de Aquecimento Global igual a zero (do inglês: Global Warming Potential = 0).
A empresa também evita o uso de gadolínio, material caro e difícil de escalar.
A proposta da Camfridge é mais eficiente, compacta e econômica em termos de energia.
Por isso, pode ser usada em diferentes setores, desde eletrodomésticos até processos industriais.
A manutenção é simples e a integração ao que já existe é fácil, sem grandes mudanças no design dos equipamentos.
Uma solução pronta para crescer
Depois de anos de pesquisa, a Camfridge conseguiu desenvolver uma solução viável, que já pode ser levada à produção em massa.
O foco da empresa agora é colaborar com fabricantes para inserir essa tecnologia em produtos do dia a dia, como refrigeradores de bebidas, por exemplo.
Essa nova forma de refrigeração pode substituir os sistemas atuais sem precisar redesenhar tudo do zero.
Ao contrário de outras empresas do passado que falharam ao usar materiais caros e inviáveis, a Camfridge adotou um caminho mais realista.
Ela desenvolveu patentes que permitem usar ligas de ferro baratas e eficientes.
Isso torna o processo mais sustentável e fácil de produzir em larga escala.
Vantagens ambientais e econômicas
Os sistemas foram pensados para serem recicláveis, o que se alinha com os princípios da economia circular.
Do ponto de vista econômico, a nova tecnologia consome menos energia e exige menos manutenção.
Não há risco de vazamentos nem a necessidade de técnicos especializados.
À medida que a produção aumenta, os custos devem cair ainda mais.
Aplicações diversas e economia de energia
A tecnologia da Camfridge funciona em temperaturas que vão de -50 °C a +50 °C. Isso permite seu uso em várias áreas:
- Geladeiras domésticas.
- Equipamentos comerciais no varejo.
- Processos industriais.
- Bombas de calor geotérmicas.
O sistema é especialmente eficiente em ambientes onde a temperatura se mantém estável. Nessas condições, o consumo de energia é menor, e o retorno do investimento pode ocorrer em menos de três anos.
Obstáculos e mudança de percepção
Apesar dos avanços, a refrigeração magnética ainda enfrenta certo ceticismo.
Isso se deve a projetos anteriores que não deram certo, especialmente aqueles que usavam materiais caros ou difíceis de aplicar em grande escala.
A Camfridge buscou uma abordagem diferente. Em vez de vender promessas exageradas, investiu em soluções reais e práticas.
Trabalhou junto com fabricantes e focou em adaptar a tecnologia ao que já existe, evitando gastos extras.
Inovação e patentes exclusivas
A empresa britânica possui três patentes internacionais que são fundamentais para o funcionamento do sistema.
Essas patentes permitem o uso de ligas magnetocalóricas baratas e eficientes, além de viabilizarem a miniaturização do sistema.
A Camfridge conseguiu construir um sistema magnético que tem o mesmo tamanho de uma unidade convencional, algo que ainda não havia sido feito com sucesso por outras empresas.
Esse avanço permite que o sistema seja integrado de forma direta aos eletrodomésticos e maquinários atuais, sem a necessidade de mudanças na linha de produção.
Isso facilita a adoção da tecnologia por fabricantes e acelera sua entrada no mercado.
Escalonamento e produção em massa
A Camfridge agora está focada em aumentar sua produção e tornar seus sistemas viáveis comercialmente.
O objetivo é produzir em massa, com custos acessíveis e sem depender de materiais caros ou processos industriais complicados, como revestimentos especiais.
Outro ponto estratégico está na busca por novos materiais magnéticos que não dependam de cadeias de fornecimento da China.
Isso dá mais segurança e estabilidade à empresa, especialmente em um cenário global cada vez mais sensível a questões geopolíticas e logísticas.
A refrigeração é responsável por uma fatia importante das emissões de dióxido de carbono no mundo.
Segundo a Agência Internacional de Energia, é necessário reduzir 250 gigatoneladas de CO₂ nesse setor até 2050, para que as metas climáticas sejam cumpridas.
A tecnologia da Camfridge pode ser uma aliada importante nesse desafio.
Em 2010 tinha um amigo que usa uma geladeira no interior sem motor só com gás e gelava uma maravilha
Com o aquecimento global seria ótimo não só para geladeira mais ar condicionado também
Tudo que é pra melhorar, seja bem vindo.