Veículo suborbital Mk-II Aurora, da Dawn Aerospace, será vendido a clientes e promete acesso frequente ao espaço a partir de pistas comuns
A empresa neozelandesa Dawn Aerospace anunciou em 22 de maio que o Mk-II Aurora, avião espacial remotamente pilotado, já está disponível para compra. As primeiras unidades devem ser entregues em 2027.
De acordo com a Dawn, esta é a primeira vez que um veículo capaz de alcançar o espaço – ultrapassando a linha de Kármán, situada a 100 km de altitude – é oferecido diretamente a clientes. A proposta é permitir que operadores tenham acesso autônomo a altitudes elevadas e ao espaço.
O Aurora deve se tornar a aeronave mais rápida e com maior alcance altitudinal a decolar de uma pista convencional.
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Ele une o desempenho da propulsão por foguete à simplicidade operacional da aviação tradicional. Isso pode tornar possível realizar voos frequentes a custos mais baixos, com decolagens e pousos em pistas comuns.
Segundo a empresa, a venda direta do Aurora inaugura um novo modelo comercial, comparável ao das companhias aéreas, em que os operadores podem adquirir a aeronave e oferecer serviços de forma independente do fabricante.
Projetado para operações frequentes, o avião suborbital decola e pousa na horizontal, com reabastecimento rápido e capacidade de realizar diversos voos por dia.
Assim, operadores locais poderiam atingir altitudes elevadas e acessar o espaço sob demanda, sem depender de grandes centros aeroespaciais.
“Pela primeira vez, os clientes têm a oportunidade de possuir uma aeronave capaz de alcançar o limite do espaço”, declarou Stefan Powell, CEO da Dawn Aerospace.
“O Aurora é uma plataforma transformadora para governos, espaçoportos e operadores desenvolverem programas espaciais. Faz mais de um século que começaram os voos comerciais – agora é hora de lançar a primeira linha espacial.”
A empresa destacou também o potencial do Aurora em áreas estratégicas. Entre elas, Ciências da Vida, com estudos de biologia celular e medicina regenerativa em microgravidade; Tecnologia de Semicondutores, com testes de materiais em condições espaciais extremas; e Aplicações de Defesa, para validar comunicações e sensores em grandes altitudes.
Um marco importante foi alcançado em novembro de 2024, no 57º voo da aeronave. Na ocasião, o piloto remoto brasileiro Iagho Amaral conduziu o Aurora a velocidades supersônicas de Mach 1.12, alcançando 25,1 km de altitude.
O feito quebrou um recorde de subida rápida acima de 20 km que durava quase 50 anos, antes pertencente ao F-15 Streak Eagle modificado.
Com informações de Info Money.