Cocamar iniciou um projeto bilionário em Maringá, com capacidade para processar até 7,5 mil toneladas diárias de soja. A nova planta trará inovação tecnológica, eficiência ambiental e impacto econômico significativo, consolidando o agronegócio paranaense no mercado global.
No interior do Paraná, um investimento bilionário promete mudar os rumos da agricultura nacional.
Com uma obra que combina tecnologia de ponta e visão sustentável, uma das maiores esmagadoras de soja do Brasil está prestes a sair do papel.
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão para construir, em Maringá (PR), uma das maiores fábricas de esmagamento de soja do país.
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Conforme divulgado, a planta começará com capacidade de processar 5 mil toneladas diárias de soja, podendo alcançar 7,5 mil toneladas em uma fase futura.
A conclusão da obra está prevista para 2027, e o projeto inclui inovações tecnológicas que prometem colocar o Brasil na vanguarda do setor agroindustrial.
O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, destacou a relevância da iniciativa, afirmando que o investimento trará impacto direto para a economia local e regional.
“Transformar a soja local em produtos de alto valor agregado fortalece exportações, aumenta o faturamento e eleva a arrecadação tributária, o que beneficia áreas essenciais como saúde e educação”, comentou.
Expansão, sustentabilidade e inovação
Além de ampliar a capacidade de esmagamento, a nova planta permitirá que a refinaria de óleo da cooperativa salte de 200 mil para 350 mil toneladas anuais.
A empresa também planeja expandir a produção de biodiesel no futuro, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.
Outro ponto de destaque é o impacto ambiental reduzido da nova unidade.
Segundo a Cocamar, a fábrica utilizará sistemas avançados de automação e eficiência energética, incluindo tecnologias que economizarão cerca de 230 milhões de litros de água por ano e 125 mil toneladas anuais de vapor.
Adicionalmente, haverá redução no consumo de solventes e biomassa, e a planta será projetada para não gerar efluentes.
Divanir Higino, presidente executivo da Cocamar, ressaltou que a nova planta será um marco para o setor.
“Esta fábrica incorpora o que há de mais moderno e tecnológico no setor. Está totalmente alinhada às melhores práticas ambientais, com menos impacto e mais eficiência”, afirmou.
Geração de empregos e impacto social
Durante a construção, estima-se a criação de mais de 1,5 mil vagas de trabalho, impulsionando a economia local e regional.
A obra contará com a participação de empresas da região, promovendo um círculo virtuoso de desenvolvimento.
Com quase 20 mil cooperados, a empresa tem forte representatividade entre pequenos agricultores, que representam 70% de seus membros.
A nova planta promete fortalecer a cadeia produtiva, agregando valor à produção desses agricultores e aumentando suas rendas.
Luiz Lourenço, presidente do Conselho de Administração da cooperativa, enfatizou que a expansão reforça a competitividade da empresa no setor de soja.
“Nosso objetivo é tornar a Cocamar mais competitiva dentro da cadeia da soja e beneficiar diretamente os nossos cooperados”, declarou.
Perspectivas futuras e desafios da Cocamar
Para a safra 2024/25, a Cocamar estima receber 2,75 milhões de toneladas de soja, com previsão de ultrapassar os 3 milhões de toneladas até 2027.
A meta é processar ao menos metade desse volume nas novas instalações, gerando produtos de maior valor agregado para o mercado interno e externo.
Apesar dos desafios climáticos enfrentados na safra 2023/24, a cooperativa manteve o compromisso com seus membros.
A recente distribuição de R$ 169,1 milhões em sobras reflete sua gestão eficiente e o apoio constante aos cooperados.
O projeto recebeu financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que reconheceu o caráter inovador da iniciativa.
“Este financiamento especial é um reconhecimento à relevância do nosso projeto para a indústria brasileira”, destacou Lourenço.
Um novo horizonte para a soja brasileira
A construção dessa esmagadora de soja marca um novo capítulo para a Cocamar e para o agronegócio nacional.
Com foco em inovação, sustentabilidade e competitividade, a obra coloca o Brasil ainda mais forte no mercado global de soja.
Será que essa revolução no setor pode consolidar o Paraná como referência mundial na produção de soja?