Presidente dos EUA impôs tarifa de 50% a produtos brasileiros, mas isentou o setor aeronáutico; ações da Embraer saltaram mais de 10%
As ações da Embraer (EMBR3) subiram mais de 10% nesta quarta-feira (30) após a divulgação oficial da lista de produtos isentos da nova tarifa de importação dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump determinou uma alíquota extra de 40% sobre exportações brasileiras, elevando o total para 50%. No entanto, peças de aviões e insumos ligados à aviação civil permaneceram com a tarifa anterior de 10%.
A decisão aliviou investidores e impulsionou os papéis da empresa na reta final do pregão. A Embraer depende fortemente do mercado americano: cerca de 45% dos jatos comerciais exportados e 70% dos executivos têm como destino os EUA. O temor era de que a fabricante fosse uma das mais afetadas pelo tarifaço.
Isenção preserva competitividade e anima o mercado
O anúncio da Casa Branca foi feito por meio de uma ordem executiva, com base na Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA). Embora a medida tenha ampliado a taxação sobre centenas de produtos brasileiros, 694 itens foram poupados, incluindo componentes estratégicos para o setor aéreo.
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Peças de reposição, turbinas, pneus, motores e outros artigos “civil aircraft only” seguem com tarifa de 10%, o que garante competitividade à Embraer em contratos internacionais. Analistas do BTG Pactual haviam alertado que a empresa poderia ser a mais prejudicada entre as exportadoras nacionais.
Governo brasileiro atuou para manter setor fora da taxação
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o governo brasileiro intensificou as articulações diplomáticas nas últimas 48 horas para retirar alimentos e aeronaves da lista final de produtos taxados. O esforço resultou em um recuo parcial da Casa Branca, que manteve condições anteriores para o setor aéreo.
Em nota oficial, a Embraer afirmou que está “ativamente engajada” nas negociações bilaterais e disse acreditar em um desfecho que restabeleça totalmente a isenção tarifária. A empresa não divulgou projeções financeiras, mas o impacto positivo no mercado foi imediato.
Exportações seguem com tarifa reduzida para itens críticos
A isenção concedida a insumos aeronáuticos também foi aplicada a outros produtos estratégicos, como polpa de laranja, castanhas-do-brasil, minério de ferro, gás natural, prata e ouro. No entanto, derivados de cobre e cabos elétricos entraram na nova alíquota de 50%, sob justificativa de segurança nacional.
As medidas fazem parte de uma ofensiva econômica de Trump para proteger setores considerados sensíveis nos EUA. A nova política tarifária entra em vigor no dia 1º de agosto e poderá ser revista a depender da evolução das relações diplomáticas.
Você acredita que a Embraer escapou por pouco? Acha que o setor aéreo deveria ser totalmente isento em acordos internacionais? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha o mercado e conhece o impacto real dessas decisões.