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Em uma movimentação surpreendente, a Marinha do Brasil anunciou planos de desmobilizar 70% de sua frota até 2028, visando uma profunda modernização diante da obsolescência e limitações orçamentárias

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 04/05/2024 às 15:02
Em uma movimentação surpreendente, a Marinha do Brasil anunciou planos de desmobilizar 70% de sua frota até 2028, visando uma profunda modernização diante da obsolescência e limitações orçamentárias
Foto: IA/Representação
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A Marinha do Brasil enfrenta um desafio crítico de modernização, com planos de desmobilizar 70% de sua frota até 2028 devido a restrições orçamentárias e envelhecimento de equipamentos, visando uma renovação com novas unidades mais modernas e eficientes para assegurar a defesa e capacidade operacional no futuro.

A Marinha do Brasil está enfrentando um dos maiores desafios de sua história recente. Com uma frota que tem envelhecido significativamente e enfrentado cortes drásticos de orçamento, o comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampai Olsen, revelou que a esquadra brasileira sofrerá uma redução substancial nos próximos anos. Este plano inclui a desativação de 70% dos navios até 2028, uma medida drástica que visa preparar a Marinha para as demandas futuras de defesa marítima.

O estado precário da frota é resultado de décadas de subinvestimento. Nos últimos 20 anos, metade dos meios navais foram desmobilizados, e a situação deve piorar: faltam recursos para munição e combustível, essenciais para a operacionalidade dos navios. Com apenas 57% do combustível mínimo necessário recebido em 2023 e um severo corte no orçamento de manutenção, muitos navios estão alcançando o fim de sua vida útil mais rápido do que o previsto.

Marinha do Brasil planeja aposentar 43 navios por razões de idade e condição técnica até 2028

https://www.youtube.com/watch?v=2c-GmycpBm8&ab_channel=WorldofWarshipsBrasil

A Marinha do Brasil planeja aposentar 43 navios por razões de idade e condição técnica até 2028. Essa redução inclui três fragatas, possivelmente incluindo a F49 Rademaker, uma veterana com mais de 45 anos de serviço e recentes históricos de incêndios. A classe Niterói, com algumas das unidades construídas nas décadas de 1970 e ainda em serviço, também verá reduções, substituídas pelas novas fragatas da classe Tamandaré, cuja entrega começará em 2025.

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S30 Tupi, o mais antigo da frota, será provavelmente o próximo a ser aposentado

No setor de submarinos, a situação é igualmente preocupante. O S30 Tupi, o mais antigo da frota, será provavelmente o próximo a ser aposentado, com os novos submarinos da classe Riachuelo já começando a entrar em serviço. Apesar dessas novas adições, elas serão insuficientes para preencher completamente o vácuo deixado pelos navios desativados.

Navios especializados em funções como hidrografia, patrulha e assistência hospitalar também estão na lista de cortes

Esta onda de desmobilizações não se limita apenas aos grandes combatentes. Navios especializados em funções como hidrografia, patrulha e assistência hospitalar também estão na lista de cortes, o que poderá afetar a capacidade da Marinha do Brasil de executar uma variedade de missões essenciais, desde a proteção ambiental até o socorro em desastres.

Apesar desse panorama desafiador, o Brasil continua comprometido com a modernização de sua força naval. A construção de novas embarcações, embora a um ritmo mais lento do que o necessário, e a eventual entrada de novas fragatas e submarinos destacam um esforço para manter a esquadra brasileira como uma das mais capazes da América Latina. Porém, para que isso seja sustentável, será necessário um investimento mais robusto e contínuo por parte do governo, assegurando que a Marinha não apenas sobreviva a esta fase de transição, mas também prospere.

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Rogério da Silva Soares
Rogério da Silva Soares
06/05/2024 19:32

Nosso país precisa de inovações energética inovações nos meios de baterias e motores meios de transporte com energia livre que funciona de diversas formas vários meios embutido coletar material do espaço reciclar era bom se tivesse uma instalação fora do planeta Terra onde fabricasse o que se extrair do espaço

Jairo Faria
Jairo Faria
06/05/2024 14:45

É necessário que um país com uma costa como o Brasil tenha uma marinha condizente com essa necessidade. Mas também é necessário que todos compram o seu papel. Cada cidadão , cada integrante dos três poderes cumpra com seu papel e forma digna e honrada se atendo só que reza nossa constituição. E aos cidadãos brasileiros cabe o mesmo papel , não se deixar levar por salvadores da pátria, isso não existe! O que vai levar nosso país só destino que todos nós brasileiros desejamos ….está lá na nossa bandeira, ordem, disciplina e esforço , trabalho em observância a nossa constituição! Justiça social e igualdade de oportunidade a todos, justiça para todos! Impunidade para ninguém!!

Alexandre Santos
Alexandre Santos
06/05/2024 14:30

Só uma última observação. Concentração de quartéis é uma ****. Hoje a localização está ajustada até pelo Google, em coordenadas. Do Atlântico um navio ou submarino acaba em poucos minutos com vários batalhões e regimentos (Deodoro). Uma sugestão : Transfiram estes quartéis enquanto ainda dá tempo. Fica essa política ultrapassada de ficar cultuando tijolo velho. Joga aquilo tudo no chão e façam um projeto futuro. Ali em Deodoro dá pra fazer muitas coisas. Quer ver tijolo velho vai no museu. Filma tudo em 5,6,7D…e vamos progredir.

Ricardo
Ricardo
Em resposta a  Alexandre Santos
06/05/2024 22:00

Pode Construir Hospitais, Escolas moradias, comércio Revitalizado, gerar Empregos e Renda….

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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