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Em parceria com o SENAI, Petrobras avança no projeto da boia Bravo para impulsionar a geração de energia eólica em alto mar no Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 25/10/2024 às 13:48
Em parceria com o SENAI, Petrobras avança no projeto da boia Bravo para impulsionar a geração de energia eólica em alto mar no Brasil
Petrobras e SENAI investem em energia renovável (Imagem: Reprodução)

O futuro da energia eólica offshore no Brasil acaba de ganhar uma nova injeção de ânimo: Petrobras e SENAI estão prestes a dar um novo passo com a icônica boia Bravo. Em uma iniciativa histórica de desenvolvimento tecnológico, a Petrobras anuncia o investimento de R$ 60 milhões para uma segunda fase do projeto Bravo, ampliando seu compromisso com a transição energética do país. Após o sucesso da primeira unidade da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore, que completou um ano de medições sem interrupções no litoral potiguar, a estatal lança mais cinco unidades para revolucionar a geração de energia eólica em alto mar.

O novo ciclo de investimentos visa expandir a coleta e monitoramento de dados climáticos e oceanográficos, essenciais para avaliar o potencial dos ventos marítimos brasileiros. Em colaboração com o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (Florianópolis) e o Instituto SENAI de Energias Renováveis (Rio Grande do Norte), a Petrobras segue na vanguarda de tecnologias nacionais voltadas para energias renováveis. A primeira das cinco novas boias Bravo começa a operar em dezembro, e as demais entrarão em ação até o final de 2025.

Petrobras investirá R$ 60 milhões em segunda fase da boia Bravo com apoio do SENAI

Para a Petrobras, esse é mais um marco na trajetória em direção à transição energética. Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, destaca que o projeto não só valida a tecnologia em mar aberto, mas também representa a maior campanha de mapeamento eólico offshore já realizada no Brasil. “Esse passo é crucial para avaliar a viabilidade técnica de futuras instalações de geração de energia eólica em alto mar no país”, pontua.

Fabrízio Pereira, diretor regional do SENAI de Santa Catarina, ressalta o papel do SENAI no desenvolvimento da tecnologia. “A boia Bravo é uma contribuição vital para a expansão da geração de energia eólica offshore, reforçando o potencial do Brasil tanto em energia hidrelétrica como em solar e agora em eólica no oceano”, afirma.

Bravo: um avanço nacional na energia eólica offshore

Em parceria com o SENAI, Petrobras avança no projeto da boia Bravo para impulsionar a geração de energia eólica em alto mar no Brasil

Desenvolvida no Brasil, pela Petrobras e SENAI, a Bravo é um modelo de Lidar flutuante (Light Detection and Ranging), com tecnologia inédita e integralmente nacional. Utilizando feixes de laser, a boia Bravo mede a velocidade e direção do vento e coleta dados meteorológicos e oceanográficos cruciais para a geração de energia eólica em alto mar. Com 7 toneladas e sistema de energia alimentado por painéis solares fotovoltaicos, a Bravo atende todas as exigências para mapear áreas de potencial energético no litoral brasileiro.

Em seu primeiro ano de operação na costa do Rio Grande do Norte, a boia Bravo captou dados climáticos em um ciclo completo, inclusive nos períodos de ventos mais intensos, representando um marco científico que consolida a geração de energia eólica offshore no Brasil. Antônio Medeiros, coordenador de P&D do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, enfatiza a importância desse projeto para a análise do ambiente marítimo brasileiro.

Petrobras e SENAI: aliança para o desenvolvimento tecnológico

O investimento da Petrobras na Bravo representa um avanço na estratégia de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da companhia. A primeira fase do projeto foi realizada com R$ 11,3 milhões, provenientes do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, regulado pela ANEEL. Nesta segunda fase, os investimentos vêm do fundo de PD&I da ANP, reforçando o compromisso da Petrobras em liderar a inovação na geração de energia eólica em alto mar.

Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, destaca o valor das parcerias nacionais para fortalecer a liderança da companhia na transição energética. “Através de alianças com o SENAI e outras instituições, impulsionamos o desenvolvimento de tecnologias para energias renováveis, especialmente em projetos de geração eólica offshore”, diz ela.

SENAI: rede de inovação e tecnologia para a indústria brasileira

Com uma rede de 28 institutos de inovação e mais de 60 institutos de tecnologia em várias regiões do país, o SENAI colabora intensivamente com a indústria brasileira para promover avanços em inovação e tecnologia. As unidades do SENAI em Santa Catarina se destacam nas áreas de Processamento a Laser, Sistemas de Manufatura e Energias Renováveis, e, através do apoio a projetos como o da boia Bravo, consolidam-se como atores essenciais na transição para uma matriz energética mais sustentável.

Essa colaboração entre Petrobras e SENAI não só impulsiona a geração de energia eólica em alto mar, mas também reafirma o papel estratégico da pesquisa e desenvolvimento na construção de um Brasil mais verde, inovador e energeticamente autossuficiente. Com o lançamento das novas boias Bravo, Petrobras e SENAI pavimentam um caminho promissor rumo a um futuro energético sustentável para o Brasil.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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