Ministro Wang Yi busca aliança com Reino Unido e União Europeia diante de pressões unilaterais de Washington
A China intensificou seus esforços diplomáticos em defesa do comércio livre nesta terça-feira (9), ao pedir que o Reino Unido e a União Europeia adotem uma postura conjunta contra o aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos. A movimentação ocorre em meio à ameaça de novas barreiras comerciais, especialmente no setor de veículos elétricos e tecnologia, de acordo com o site Info Money.
Diálogos com Londres e Viena reforçam apelo chinês
Em conversas telefônicas com autoridades europeias, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, destacou a necessidade de preservar o sistema multilateral de comércio.
Com o secretário britânico David Lammy, Wang afirmou que China e Reino Unido compartilham a responsabilidade de “resistir ao bullying unilateral desenfreado”.
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Em outro contato, com a ministra das Relações Exteriores da Áustria, Beate Meinl-Reisinger, Wang reiterou que a China espera fortalecer os laços com a União Europeia e manter as portas do comércio internacional abertas.
Reação ao avanço do protecionismo norte-americano
A nova ofensiva diplomática chinesa é uma resposta direta aos sinais de que os Estados Unidos devem ampliar tarifas sobre produtos chineses. A China busca evitar que parceiros comerciais adotem medidas semelhantes e tenta consolidar sua imagem como defensora da ordem econômica internacional.
Além dos contatos bilaterais, Wang Yi indicou que a China está disposta a ampliar o diálogo com a União Europeia, com o objetivo de reforçar a cooperação econômica e institucional entre as partes.
“A China está aberta a aprofundar os intercâmbios com a Europa e preservar, juntos, uma economia mundial aberta e resiliente”, afirmou o chanceler.
O que está em jogo para China, Europa e Reino Unido
A estratégia de Pequim busca:
- Manter os fluxos comerciais com a Europa em funcionamento
- Evitar que países europeus adotem barreiras similares às dos EUA
- Reforçar a posição da China como potência engajada no multilateralismo