Líderes do setor de tecnologia projetam cenários alternativos para o futuro digital, onde smartphones podem ser substituídos por novas formas de interação, enquanto a Apple mantém sua aposta na inovação contínua de seus dispositivos.
Líderes da tecnologia como Elon Musk, Bill Gates, Mark Zuckerberg e Sam Altman estão certos de que os smartphones estão com os dias contados, mas Tim Cook, da Apple, segue na contramão dessa tendência.
A indústria da tecnologia vive um momento de transição.
Enquanto gigantes do setor projetam um futuro onde os smartphones serão substituídos por tecnologias mais avançadas, a Apple resiste e investe na evolução desses dispositivos.
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Essa disputa de visões evidencia o embate entre inovação radical e aperfeiçoamento contínuo.
Elon Musk e os implantes cerebrais: um futuro sem telas
Elon Musk, à frente da Neuralink, aposta em implantes cerebrais que eliminariam a necessidade de telas ou interfaces físicas.
Em janeiro de 2024, a empresa implantou com sucesso seu chip em dois voluntários humanos, marcando um passo importante para a conexão direta entre o cérebro e os dispositivos eletrônicos.
A proposta é ousada: transformar pensamentos em comandos digitais.
Bill Gates e as tatuagens eletrônicas
Bill Gates, por sua vez, acredita nas tatuagens eletrônicas como o futuro da interação tecnológica.
Desenvolvida pela startup Chaotic Moon, a ideia envolve adesivos com nanossensores capazes de monitorar sinais vitais, transmitir dados e até substituir smartphones em funções como GPS, pagamento e comunicação em tempo real.
Gates já declarou que essas soluções serão parte do cotidiano nas próximas décadas, especialmente no setor de saúde.
Mark Zuckerberg e os óculos de realidade aumentada
Mark Zuckerberg, fundador da Meta, também projeta o fim dos celulares, mas com foco em realidade aumentada (RA).
Segundo ele, os óculos inteligentes devem substituir os smartphones até 2030, oferecendo uma experiência mais imersiva e prática.
A Meta já investe bilhões de dólares no desenvolvimento dessa tecnologia, com o objetivo de integrar RA, inteligência artificial e conectividade em um único acessório vestível.
Sam Altman e a convergência entre IA e interação humana
Sam Altman, CEO da OpenAI, acompanha a tendência futurista, defendendo a convergência entre inteligência artificial e novas formas de interação humana com máquinas.
Em parceria com outras empresas, ele também vislumbra um cenário onde os smartphones se tornam obsoletos diante da ascensão de dispositivos autônomos e integrados ao corpo humano.
Apple segue firme com o iPhone
Em meio a essa onda de previsões futuristas, a Apple segue nadando contra a corrente.
Tim Cook, CEO da gigante de Cupertino, mantém firme sua posição de que os smartphones ainda têm um papel essencial no mundo moderno.
Em entrevistas recentes, Cook reforçou que os smartphones continuarão sendo o principal meio de comunicação, organização e entretenimento das pessoas — ao menos por mais uma década.
O lançamento do iPhone 16, em setembro de 2024, deixou isso ainda mais evidente.
O modelo trouxe uma série de atualizações baseadas em inteligência artificial, com recursos personalizados para fotos, produtividade e acessibilidade.
A Apple integrou ainda melhor os iPhones ao seu ecossistema digital, tornando-os peças centrais para usuários de iPads, Macs, Apple Watches e Vision Pro.
Para a Apple, os smartphones não serão substituídos, mas sim complementados por tecnologias emergentes como a realidade aumentada e os wearables.
Em vez de apostar em rupturas, a empresa aposta em integrações suaves que respeitam os hábitos dos consumidores e oferecem evolução sem choque.
Tim Cook já afirmou que acredita na coexistência entre smartphones e novas tecnologias, uma estratégia que pode garantir a Apple como líder de mercado mesmo em um cenário de transformação.
Tecnologias disruptivas ganham tração
Apesar da resistência da Apple, as tecnologias alternativas aos smartphones avançam rapidamente.
A Neuralink, por exemplo, já planeja novos testes com seu chip cerebral em mais voluntários.
A FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou os ensaios clínicos em humanos, abrindo caminho para aplicações que vão desde o controle de próteses até o acesso à internet diretamente com o pensamento.
As tatuagens eletrônicas, além de coletores de dados, também podem funcionar como dispositivos de pagamento, rastreadores de saúde e até mesmo métodos de autenticação digital.
Embora ainda em fase experimental, a Chaotic Moon e outros laboratórios de biotecnologia têm acelerado os testes, inclusive em ambientes militares e médicos.
No campo da realidade aumentada, os investimentos também são pesados.
Além da Meta, empresas como Google, Microsoft e Samsung estão desenvolvendo seus próprios óculos inteligentes.
A previsão de Zuckerberg de que a RA tomará o lugar dos smartphones ganha credibilidade à medida que os dispositivos se tornam mais leves, acessíveis e multifuncionais.
O que vem a seguir?
A grande pergunta que paira sobre o mercado é: os consumidores estão prontos para abandonar os celulares que conhecem há mais de uma década?
Embora as promessas de futuristas encantem o setor, o fator humano — o costume, a adaptação e a acessibilidade — ainda pesa muito.
Especialistas apontam que, mesmo com a chegada de dispositivos disruptivos, os smartphones ainda terão espaço como plataformas de transição entre o presente e o futuro.
Afinal, a mudança tecnológica raramente acontece de forma abrupta — ela exige tempo, regulamentação, confiança do público e adaptação cultural.
Enquanto isso, empresas como Apple continuam a apostar em melhorias graduais, mantendo sua base de usuários fiel e preparada para os próximos passos.
Já nomes como Musk, Gates e Zuckerberg seguem acelerando as transformações, ainda que enfrentem desafios éticos, técnicos e legais em seus projetos visionários.
O que está em jogo não é apenas o fim do smartphone, mas o próprio modo como nos conectamos ao mundo digital. A batalha entre o presente consolidado e o futuro incerto está só começando.