De um investimento inicial de R$ 1,8 milhão a uma receita projetada de R$ 100 milhões em 2025, a MOMA redefine a gastronomia italiana moderna
Fundada em 2016 pelos chefs Salvatore Loi e Paulo Barros, a Modern Mamma Osteria — ou simplesmente MOMA — transformou-se em um dos maiores casos de sucesso da culinária italiana moderna no Brasil.
Combinando simplicidade, técnica e uma gestão precisa, a rede consolidou sua presença no competitivo mercado paulista e prepara o terreno para um novo salto de expansão.
Crescimento constante e receita milionária com culinária italiana
A trajetória da MOMA impressiona porque nasceu de um investimento de R$ 1,8 milhão e caminha para ultrapassar a marca dos R$ 100 milhões em faturamento em 2025.
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O avanço vem na esteira de resultados sólidos: em 2024, a empresa registrou receita líquida de R$ 70 milhões, um crescimento de 23% em apenas 12 meses.
Esse desempenho garantiu à marca um lugar de destaque no ranking EXAME Negócios em Expansão 2025, na 84ª posição entre as empresas com faturamento entre R$ 30 e R$ 150 milhões.
O reconhecimento reforça o ritmo de expansão de um negócio que cresceu sem recorrer a investidores externos, financiando cada etapa com recursos próprios.
Quatro unidades e mais de 50 mil clientes mensais
A MOMA mantém quatro restaurantes em São Paulo — Itaim Bibi, Jardins, Baixo Pinheiros e Pinheiros — que somam um público médio de 51 mil clientes por mês.
O ambiente moderno e acolhedor se tornou marca registrada, aliado à proposta de oferecer pratos tradicionais italianos com toque autoral.
Entre as criações de maior sucesso está a Lasanheta de Vitelo, que se transformou em ícone da casa. O prato, servido em pequenas porções individuais, alcançou a impressionante marca de 13 mil unidades vendidas por mês, simbolizando o equilíbrio entre tradição e inovação que sustenta o conceito da marca.
Expansão para o Rio de Janeiro
Após consolidar-se em São Paulo, a MOMA prepara sua primeira incursão fora do estado. Em 2026, deve inaugurar uma unidade no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.
A escolha do local, segundo o sócio Paulo Barros, é estratégica, porque o Leblon é considerado um dos endereços mais nobres e movimentados da capital fluminense.
A operação carioca, no entanto, trará desafios. Barros admite que a distância física entre as unidades torna a logística mais complexa, já que a administração em São Paulo depende da proximidade entre os restaurantes. Além disso, a busca por mão de obra qualificada no Rio é outro obstáculo.
Apesar disso, a decisão se apoia na alta demanda de clientes cariocas que pedem a chegada da marca.
Um negócio de massas — no sentido literal
Para os fundadores, o segredo do sucesso está em manter o controle sobre cada etapa da operação. Todas as unidades da MOMA possuem massarias próprias, onde as massas são produzidas artesanalmente, garantindo frescor e padrão de sabor.
Muitas redes optam por cozinhas centrais para reduzir custos, mas a MOMA segue o caminho oposto. A produção interna aumenta o gasto com mão de obra, mas assegura a qualidade e o caráter artesanal que conquistaram o público.
O controle também é rígido sobre o custo de mercadoria vendida (CMV), considerado o “cofre” da operação.
A empresa utiliza sistemas avançados de gestão e monitoramento de estoque para evitar desperdícios e manter a eficiência financeira.
Crescimento orgânico e sem pressa
O modelo de expansão da MOMA é pautado pela cautela. A cada nova unidade aberta, a equipe se dedica a consolidar o funcionamento antes de planejar o passo seguinte.
Com 250 funcionários, a marca adota um padrão de treinamento rigoroso. Uma equipe de chefs especializados circula entre as unidades, observando o preparo e padronizando receitas.
Cada cozinha tem um “head” responsável por supervisionar resultados e corrigir falhas em tempo real.
Esse acompanhamento garante que a experiência seja a mesma em qualquer filial.
Estratégia e gestão à frente da cozinha
A dupla de fundadores reúne talento culinário e visão administrativa. Salvatore Loi, chef de origem italiana com carreira consolidada no Brasil e na Europa, comanda o lado gastronômico. Já Paulo Barros traz a experiência em gestão e operação de negócios.
Juntos, criaram um modelo que combina a arte de cozinhar com a precisão de uma empresa bem administrada. “Não se trata apenas da comida, mas da gestão. Acreditamos que o bom funcionamento de um restaurante é tão importante quanto a qualidade do prato“, afirma Barros.
Por isso, a MOMA não adota o modelo de franquias. Todas as unidades são próprias, o que permite controle total da operação e da experiência do cliente.
Essa estratégia de crescimento orgânico mantém o padrão e reforça a identidade da marca.
Adaptação e resiliência
Mesmo diante de momentos desafiadores, a empresa mostrou flexibilidade. Durante a pandemia, quando o consumo presencial foi drasticamente reduzido, a MOMA criou um formato inédito de entrega de pratos prontos para consumo em casa — algo que antes era impensável dentro do modelo original.
A experiência mostrou que o público valoriza a conveniência sem abrir mão da qualidade. Essa lição ajudou a marca a fortalecer sua relação com os clientes e a diversificar suas formas de atendimento.
O destaque no ranking EXAME Negócios em Expansão
O reconhecimento conquistado pela MOMA no ranking EXAME Negócios em Expansão, uma iniciativa da EXAME em parceria com o BTG Pactual, reforça o impacto do modelo adotado pela rede.
A seleção analisa as empresas com maior crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses, considerando negócios com faturamento anual entre R$ 2 milhões e R$ 600 milhões.
A edição de 2025 reuniu 470 companhias de diferentes setores que se destacaram pela inovação e pela capacidade de gerar empregos e movimentar a economia brasileira.
Uma receita de sucesso
Mais do que uma osteria moderna, a MOMA é um exemplo de que é possível unir tradição, qualidade e gestão eficiente em um único conceito.
O cuidado com os detalhes, a valorização da produção artesanal e o foco em crescimento sustentável explicam por que a marca se tornou uma das mais admiradas da gastronomia paulista — e agora mira novos horizontes no Rio de Janeiro.
Com informações de Exame.