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Eldorado Brasil, líder em fabricação de celulose, inicia operação da primeira usina termelétrica do Brasil movida a tocos e raízes

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 21/04/2021 às 12:36
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Usina Onça Pintada Eldorado Brasil em Três Lagoas / Fonte: perfilnews

A primeira usina termelétrica do Brasil movida a tocos e raízes funciona dentro do complexo da fábrica de celulose da Eldorado Brasil

A líder produtora de celulose Eldorado Brasil iniciou, no dia 09 de abril, a operação da primeira usina termelétrica movida a tocos e raízes dos eucalipto no Brasil. A unidade fica no Mato Grosso do Sul e foi Batizada de Onça Pintada. A planta contou com investimentos de aproximadamente R$ 400 milhões e terá capacidade para gerar 432 mil MegaWatts de energia por ano.

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A nova usina funciona dentro do complexo da fábrica de celulose da Eldorado Brasil, em Três Lagoas, cidade que fica a 338 quilômetros da Capital.

A matéria-prima, utilizada na produção de energia, advém da biomassa das árvores colhidas para a fabricação de celulose na fábrica da Eldorado.

“Este é um projeto absolutamente inovador e com a capacidade de promover renovação no setor florestal brasileiro, implicando a realização de investimentos e a criação de milhares de empregos por todo o país”, avalia Carlos Monteiro, diretor industrial da Eldorado Brasil. “Com a ativação da usina, a Eldorado Brasil passa a ter um ciclo de 100% de aproveitamento do eucalipto, que ela mesma planta, e reitera seu papel de excelência na economia verde”, conclui.

A líder em produção de celulose Eldorado Brasil já é autossuficiente, do ponto de vista energético

Eldorado Brasil usa resíduos do processo de fabricação da celulose como fonte de energia para abastecer seu parque fabril, tornando a empresa autossuficiente, do ponto de vista energético.

A nova termelétrica do Brasil, movida a tocos e raízes, passa a ofertar 100% limpa e sustentável ao sistema elétrico nacional, via ACR (Ambiente de Contratação Regulado), em contrato gerenciado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Eldorado Brasil vem realizando desde março, sob acompanhamento das autoridades ambientais e do setor elétrico, os testes para homologação do projeto e obtenção do licenciamento para início da operação.

Os testes foram concluídos nesta semana, atestando o funcionamento adequado da turbina, caldeira e demais equipamentos envolvidos na operação. O empreendimento recebeu a Licença de Operação, expedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), com validade de quatro anos.

Venda direta do etanol das usinas vai estimular concorrência e frear o aumento no preço da gasolina nos postos de combustíveis

A fim de tentar frear o aumento no preço da gasolina e do diesel nos postos de combustíveis, o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 916/2018), que trata sobre a venda direta de etanol pelas usinas – sem passar pelas distribuidoras, ganhou fôlego nas últimas semanas com apoio do Governo.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, afirmou que a criação do chamado distribuidor vinculado – uma alternativa regulatória para viabilizar a venda de etanol por usineiros diretamente aos postos de combustíveis – atrasou devido à demora por parte do Ministério da Economia em apresentar uma solução tributária.

Há estimativas de que a concentração das margens de produção e distribuição no produtor e aumento da concorrência entre usineiros e distribuidoras na oferta do combustível no mercado possa reduzir, em até 20 centavos por litro, os preços do etanol hidratado para o consumidor final.

Raízen, do Grupo Shell, quer construir três usinas produtoras de etanol feito com bagaço e palha de cana

Raízen, a gigante global produtora de etanol em conjunto com a Shell, pretende construir mais três usinas de etanol celulósico — ou de segunda geração. A boa notícia foi anunciada pelo empresário Rubens Ometto, da Cosan, na última segunda (15/03). 

A tecnologia para a produção de etanol celulósico surgiu a partir de uma parceria entre a Shell e a canadense logen, especializada em biotecnologia. Na safra passada (2019/20), a unidade de Piracicaba produziu 226 litros de etanol para cada tonelada de biomassa seca.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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