Ações da MMX Mineração e Metálico – empresa em recuperação judical do ex-bilionário Eike Batista – despencam na bolsa de valores
O ex-bilionário Eike Batista vê as ações da MMX, atualmente em recuperação judicial, derreterem na bolsa de valores após a mineradora ser intimada pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 3,4 bilhões em dívidas fiscais. Os valores foram atualizados até novembro de 2020.
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O mandado foi recebido pela companhia na última sexta-feira (16) e foi expedido pela 5ª Vara de Execução Fiscal. A ação judicial é movida pela Receita Federal e se refere ao não pagamento de Imposto de Renda e de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre a venda de 30% dos projetos Minas-Rio e Amapá em 2007.
“A Execução Fiscal tem origem em supostas obrigações de pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (“IRPJ”) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (“CSLL”) decorrentes ou relacionadas às alienações das participações societárias da Centennial Asset Mining Fund LLC (“CAMF”, uma das acionistas controladoras da MMX) no capital (i) da Centennial Asset Participações Amapá S/A à Cleveland-Cliffs, Inc e (ii) da Centennial Asset Participações Minas-Rio S/A à Anglo American Participações e Minerações S/A (“Anglo”), ambas ocorridas em 2007, que resultaram na alienação de 30% dos Projetos Minas-Rio e Amapá”, informou.
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MMX “estuda a melhor estratégia para preservar os interesses de seus acionistas e de seus credores”
Segundo o fato relevante divulgado na segunda-feira (19), a MMX “estuda a melhor estratégia e as medidas mais adequadas para preservar os interesses de seus acionistas e de seus credores, dado o impacto da execução fiscal sobre seus negócios e sobre o seu novo plano de recuperação judicial” disse sobre os acontecidos do ex-bilionário Eike Batista.
Em outubro de 2020 (dados mais recentes), Eike detinha 18,95% da mineradora, e a Centennial Asset Mining Fund, veículo que reúne diversos investidores, 21,04%.
Eike fecha parceria com a China e ganha capital ‘infinito’ para colocar em prática projetos de óleo e gás, mineração, energia renovável e infraestrutura no Brasil
Após ver seu império indo por água abaixo, o ex-bilionário Eike Batista tem ocupado o seu tempo nutrindo uma lista de pelo menos 11 projetos que ele chama de ‘unicórnios’, no qual estão inclusos um gasoduto que liga o Brasil ao Paraguai, novas minas de ouro, energia renovável e nanotecnologia.
Os novos negócios entre os chineses e o ex-bilionário será da seguinte forma: Eike aporta seu pipeline de projetos (incluindo ativos e ativos opcionados) e o CDIL fornece o capital aparentemente infinito, além de carregar consigo diversos bancos e estatais chinesas que serão responsáveis em fornecer máquinas, equipamentos e serviços e, quando se tratar de commodities agrícolas ou metálicas, garantirão a compra da produção na forma de offtake agreements.
Eike “é um dos maiores desenvolvedores de recursos naturais da história,” o chairman do CDIL, Andy Lai, disse ao Brazil Journal numa videochamada por Zoom de Hong Kong. “Ele desenvolveu uma das maiores minas do mundo [o projeto Minas-Rio, que hoje pertence à Anglo American], conhece os dados sobre as grandes reservas ainda inexploradas e botou de pé os maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Para nós, aproveitar seu conhecimento e experiência é algo sábio”.
Para a chinesa CDIL, seus investimentos conjuntos com Eike vão atingir dezenas de bilhões de reais, da mineração à infraestrutura. A mineradora MMX é o primeiro teste da nova parceria, e anunciou, semana passada, que o CDIL está negociando com os credores as dívidas da empresa e pretende tirá-la da recuperação judicial.