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Egito Antigo: Arqueólogos descobrem novas pinturas no antigo templo egípcio de Esna, revelando detalhes inéditos sobre a cultura do Egito antigo.

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/10/2024 às 18:16
Atualizado em 01/11/2024 às 02:04
Egito Antigo, templo egípcio
Foto; Reprodução

No templo egípcio de Esna, arqueólogos desvendam pinturas antigas que iluminam aspectos da cultura e religião do Egito Antigo. Veja os detalhes dessa descoberta fascinante e o que ela revela sobre a história!

Dedicado ao deus egípcio Khnum, o templo egípcio de Esna é um exemplo impressionante da arquitetura de templos do Egito Antigo. Localizado ao sul do país, este templo sobreviveu ao tempo, mas não em sua totalidade: apenas o vestíbulo, ou pronaos, permanece de pé.

Curiosamente, ele foi preservado ao ser usado como depósito de algodão no século XIX, evitando assim a destruição que acometeu outros templos antigos.

Estrutura e dimensões da descoberta no Egito Antigo

O pronaos de Esna mede 37 metros de comprimento, 20 metros de largura e 15 metros de altura. Essa estrutura foi erguida durante o período romano, entre o século I e III d.C., e destaca-se pela qualidade e sofisticação de sua construção em arenito.

A arquitetura deste vestíbulo foi provavelmente ainda mais grandiosa que o templo original, indicando a importância que Esna tinha como local sagrado na época.

O pronaos é um exemplo raro de templo egípcio preservado em meio ao desenvolvimento urbano”, explica o professor Christian Leitz, do Instituto de Estudos do Antigo Oriente Próximo da Universidade de Tübingen.

A posição central de Esna, no coração da cidade, contribuiu para sua sobrevivência, enquanto outros templos foram desmantelados durante a industrialização do Egito, usados como fonte de pedras para novas construções.

Decorações reveladas após séculos de Escuridão

Ao longo dos últimos 1.800 anos, o templo sofreu com o acúmulo de fuligem, fruto de fogueiras acesas pelos moradores locais no vestíbulo, o que escureceu completamente as cores das paredes e colunas.

Entretanto, um esforço de restauração iniciado nos últimos seis anos trouxe de volta a beleza original do templo, com suas cores vibrantes e detalhadas decorações.

A equipe de restauração, composta por até 30 egípcios, desvendou as cores das imagens astronômicas que cobrem todo o teto do templo e das 18 colunas internas, revelando uma diversidade de tons de amarelo e vermelho que diferem marcadamente das cores observadas em outros templos, como o de Dendara, onde o branco e o azul predominam.

O avental do rei com decoração vegetal: o papiro (em cima) é o emblema do Baixo Egito e o lírio (embaixo) o emblema do Alto Egito. Crédito da imagem: Ahmed Amin / Ministério do Turismo e Antiguidades.

Descobertas recentes e seus significados

Entre as descobertas mais importantes está a riqueza de detalhes nas vestimentas e nos adornos das figuras divinas e do rei. Professor Leitz destaca: “Antes, não conseguíamos ver esses detalhes devido à espessa camada de fuligem sobre os relevos. Esses detalhes não são apenas decorativos, mas também têm um valor simbólico nas cenas de oferendas, adicionando um nível de profundidade às representações do poder real e divino”.

Por exemplo, em uma cena de oferenda para a deusa Neith, a equipe encontrou quatro arcos pintados no trono, possivelmente parte dos nove arcos tradicionais que simbolizam o Alto e Baixo Egito e os territórios dominados pelo faraó.

Em outra representação, o avental do rei traz duas plantas: o papiro, que simboliza o Baixo Egito, e o lírio, que representa o Alto Egito, simbolizando a unificação do país sob o governo do rei.

A barca sagrada e a procissão do Deus Khnum

A barca sagrada com o santuário de Khnoum, a principal divindade de Esna, carregada por vários sacerdotes. Crédito da imagem: Ahmed Amin / Ministério do Turismo e Antiguidades.

Uma das cenas mais marcantes do templo de Esna é a da barca sagrada de Khnum. Este barco, carregado por sacerdotes em procissão, traz o santuário do deus para fora do templo, permitindo que a população local possa, em ocasiões especiais, vislumbrar o santuário, ainda que fechado.

Durante a maior parte do ano, porém, o santuário de Khnum ficava escondido, acessível apenas aos sacerdotes.

Esta descoberta destaca não só a relevância religiosa de Esna, mas também a importância dos rituais de proximidade com o divino para os egípcios antigos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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