Edson Queiroz: o visionário que transformou o Nordeste. A trajetória de Edson Queiroz revela como inovação, ousadia e trabalho constante mudaram o cenário econômico e social da região
A história de Edson Queiroz é uma das mais marcantes do empreendedorismo brasileiro. De um garoto que desmontava bicicletas e vendia confetes no carnaval, ele se tornou um dos maiores empresários do país, deixando um legado que ultrapassa fronteiras e se mantém vivo até hoje. Mais do que fundar empresas, Edson construiu um império que mudou a economia do Ceará e projetou o Nordeste em setores como energia, indústria, comunicação, agronegócio e educação.
Segundo a biografia oficial escrita por Lira Neto, baseada em documentos familiares e empresariais, Edson Queiroz deixou um impacto profundo não apenas nos negócios, mas também na vida cultural e social da região. Sua visão estratégica, unida a uma coragem rara de arriscar onde todos recuavam, fez dele uma das figuras mais influentes da história recente do Brasil.
Das pequenas vendas à ousadia nos negócios
O jovem Edson Queiroz começou cedo a trabalhar em Fortaleza, ajudando na mercearia da família e vendendo miudezas nas ruas. Sua criatividade o levou a fabricar tintas caseiras e adaptar produtos conforme as datas festivas. Ainda na juventude, demonstrava a fórmula que guiaria sua vida: criatividade, experimentação e faro para oportunidades.
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Na década de 1940, em plena Segunda Guerra, Edson percebeu que o comércio de açúcar poderia ser explorado em Fortaleza. Com ousadia, utilizou pequenos veleiros para escapar de ataques de submarinos, garantindo fornecimento exclusivo e lucros elevados. Essa experiência mostrou sua capacidade de transformar crises em oportunidades.
O salto para o setor de energia
Em 1951, Edson fundou a Ceará Gás Butano, quando o uso do gás de cozinha ainda era visto com desconfiança. Mesmo enfrentando resistência cultural e altos custos, ele persistiu. Apostou em campanhas agressivas, vendas a prazo e parcerias estratégicas, até conquistar espaço no mercado. Poucos anos depois, seu grupo se consolidava como líder regional e abria caminho para a expansão nacional.
Sua estratégia não se limitava à distribuição: Edson investiu em metalúrgicas, fábricas de fogões e botijões, garantindo controle da cadeia produtiva. Essa visão integrada permitiu que o grupo se tornasse uma potência industrial no Nordeste.
Comunicação, educação e a marca na cultura
Além da energia, Edson Queiroz revolucionou o setor de comunicação ao adquirir a Rádio Verdes Mares e fundar a TV Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará. Sua ousadia ficou registrada quando escalou pessoalmente uma torre de transmissão de 80 metros para inspecionar os trabalhos. O gesto simbolizou seu estilo: liderar pelo exemplo e não temer riscos.
Outro marco de sua vida foi a criação da Universidade de Fortaleza (Unifor), em 1971. Hoje com mais de 100 mil formados, a instituição se tornou referência no ensino superior privado do Norte e Nordeste. Edson entendia que educação era pilar do desenvolvimento regional, e investiu parte significativa dos lucros do grupo para manter a universidade competitiva e de qualidade.
O legado após a tragédia
Em 8 de junho de 1982, o voo 168 da Vasp colidiu com a Serra da Aratanha, no Ceará, vitimando 137 pessoas. Entre elas, estava Edson Queiroz, aos 57 anos. Sua morte repentina chocou o país e deixou um vácuo no mundo empresarial.
A viúva, Yolanda Queiroz, assumiu o comando do grupo, garantindo a continuidade dos negócios e preservando o legado do marido. Hoje, o Grupo Edson Queiroz é referência em setores como gás, água mineral, comunicação, agronegócio e educação, com faturamento bilionário e presença em todo o país.
A vida de Edson Queiroz prova que a coragem de inovar e a determinação de enfrentar obstáculos podem transformar realidades inteiras. Do comércio de rua à construção de um conglomerado de alcance nacional, ele mostrou que o Nordeste podia competir em igualdade com os maiores polos do Brasil.
E você, acredita que histórias como a de Edson Queiroz ainda podem se repetir no Brasil atual? Quais características desse legado deveriam inspirar os novos empreendedores? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade na prática.