Instalada no Ceará, a usina termelétrica do Pecém pode ter ações vendidas pela EDP Brasil em um futuro próximo.
A EDP Brasil, holding brasileira que trabalha com o setor elétrico, poderá vender uma participação na usina termelétrica a carvão do Pecém, Ceará. Contudo, a companhia não deverá permanecer como acionista e operadora técnica da usina até 2027, que é o período onde expiram os contratos atuais do ativo, comentou, na última quarta-feira (01/02), o CEO da elétrica João Marques da Cruz.
Embora haja a intenção de venda de ações da usina termelétrica do Pecém, mas que “não é um ativo em venda nesse momento”
“Estamos, como sempre, atentos ao mercado… Se houver oportunidades de vendermos algumas ações dessa usina, podemos encarar essa possibilidade, mas não há nenhuma decisão tomada, não é um ativo em venda nesse momento”, afirmou os jornalistas após participação em evento do Credit Suisse.
A EDP expôs recentemente que fará uma baixa contável de R$ 1,2 bilhão de reais relacionada à usina do Pecém, após uma reavaliação do ativo perante ao cancelamento do leilão de reserva de capacidade que estava previsto para 2022, no qual a companhia tinha planos de renovação dos contratos do empreendimento.
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A usina termelétrica, que está instalada no complexo industrial e portuário de Pecém, tem 720 megawatts (MW) de capacidade instalada e é movida a carvão mineral.
Segundo a EDP, o projeto da usina foi planejado voltado para a redução dos impactos ambientais, com uso de alta tecnologia focada em tornar a operação mais limpa e eficiente.
A EDP Brasil também assumiu o compromisso de preservação do meio ambiente, por meio da redução de emissão de poluentes e na instalação de uma planta piloto produtora de hidrogênio verde
A termelétrica também é palanque do projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de hidrogênio verde.
A EDP investiu um valor de R$ 42 milhões de reais para instalar no local uma planta piloto produtora de hidrogênio verde, que gerou sua primeira molécula do combustível renovável no fim do ano passado.
A EDP Brasil, assim como outras companhias, tomou para si o compromisso de reduzir suas emissões de carbono, visando reduzir os impactos negativos ao meio ambiente.
No presente momento, a companhia tem como meta desconsolidar ativos a carvão de seu portfólio até 2025
Cruz pontuou, ainda nessa quarta-feira, que a companhia estudará a oportunidade de aquisição da distribuidora de energia do Ceará, a qual deverá ser colocada à venda pela empresa italiana, Enel.
“É nossa obrigação olhar todos os ativos de distribuição, como olhamos a Enel Goiás… Mais do que olhar, depende da análise que fizermos no momento próprio, esse processo ainda não começou”, afirmou.
A Enel noticiou no ano passado a sua intenção de alienar o controle da distribuidora cearense, assim como alienou a concessionária de Goiás, arquitetando um movimento para concentrar esforços em distribuição de energia nas áreas metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.