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E se os arranha-céus fossem cobertos por painéis solares? O Burj Khalifa por exemplo, poderia gerar mais 22 milhões de watts de energia

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/01/2024 às 15:04
E se os arranha-céus fossem cobertos por painéis solares? O Burj Khalifa por exemplo, poderia gerar mais 22 milhões de watts de energia
Foto: Divulgação/Burj Khalifa

A ideia de transformar arranha-céus em centrais de energia renovável, cobrindo-os com painéis solares, pode ser uma solução inovadora e sustentável para as cidades. Essa proposta, que alia arquitetura e tecnologia, tem o potencial de mudar a forma como geramos e consumimos energia em ambientes urbanos.

Apesar de serem símbolos de desenvolvimento e inovação, os arranha-céus têm um grande impacto ambiental. Um estudo de 2021 publicado na revista Nature revelou que uma cadeia de arranha-céus gera 140% mais emissões totais ao longo de sua vida útil em comparação com edifícios mais baixos, para o mesmo número de habitantes.

A energia solar é uma das fontes de energia renovável mais promissoras. O sol fornece mais energia à Terra em uma hora do que o mundo consome em um ano. Com a queda no custo da tecnologia solar, tornou-se uma opção viável para a produção de energia em larga escala. No entanto, a instalação de plantas solares enfrenta o desafio da competição por espaço.

Integrando painéis solares em arranha-céus

A proposta é utilizar os arranha-céus, que têm amplas superfícies, para instalar painéis solares. Isso não só ajudaria a compensar as emissões de carbono desses edifícios, mas também contribuiria para a produção de energia limpa. A tecnologia de Fotovoltaicos Integrados à Edificação (BIPV) permite integrar painéis solares de maneira estética e eficiente às fachadas dos edifícios. A empresa Mitrex, por exemplo, oferece painéis solares que podem ser personalizados para se mesclar à estética do edifício, como demonstrado em projetos em Toronto e Ottawa.

Potencial energético

Tomando como exemplo o Burj Khalifa, estima-se que, se coberto por painéis solares, poderia gerar mais de 22 milhões de watts de energia. Embora essa seja uma estimativa aproximada, ilustra o potencial de geração de energia dos arranha-céus. Já existem projetos em andamento que utilizam essa tecnologia, como o edifício-sede da LAD em Xangai e uma fábrica de porcelana em Jiangxi, considerado o maior projeto BIPV do mundo.

Retrofitting e uso residencial

Além de novas construções, os painéis solares BIPV podem ser usados para retrofitting, ou readequação, de edifícios existentes. Esta abordagem é vista como uma alternativa mais verde e econômica à construção constante. Nos EUA, os proprietários de casas podem até receber créditos fiscais pela instalação de sistemas de energia solar.

A integração de painéis solares em arranha-céus representa uma oportunidade de repensar a energia em áreas urbanas, transformando edifícios em centrais de energia limpa e sustentável. Esta inovação não só reduzirá a dependência de combustíveis fósseis, mas também marcará um avanço significativo na construção de cidades mais verdes e eficientes em termos energéticos.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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