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Drone inteligente da USP capta 4 tipos de dados atmosféricos e pode reduzir área queimada em até 70%

Publicado em 01/08/2025 às 11:09
Drone inteligente da USP fareja gás metano no ar e alerta sobre incêndios antes de surgirem
Drone inteligente da USP fareja gás metano no ar e alerta sobre incêndios antes de surgirem
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Tecnologia funciona como “nariz eletrônico” e capta gases do efeito estufa antes que incêndios se alastrem

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um drone inteligente capaz de detectar concentrações de gás carbônico e metano no ar com alta precisão, atuando como um nariz eletrônico. O equipamento promete antecipar focos de queimadas e facilitar ações rápidas das autoridades ambientais.

A inovação foi apresentada pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) e tem aplicação imediata em regiões vulneráveis, como o interior paulista. Utilizando sensores de baixo custo e inteligência artificial embarcada, os drones captam dados atmosféricos em tempo real e geram mapas volumétricos de emissão de gases, algo que satélites e aviões ainda não conseguem fazer com a mesma agilidade.

Como funciona o “nariz eletrônico”?

Drone inteligente da USP capta 4 tipos de dados atmosféricos e pode reduzir área queimada em até 70%

O diferencial da tecnologia está na coleta contínua e seletiva de gases. Os drones detectam CO₂, metano, temperatura e umidade com precisão e conseguem voar a diferentes altitudes, o que permite a medição em camadas da atmosfera. Segundo o coordenador do projeto, professor Glauco Augusto de Paula Caurin, o sistema é mais barato e eficiente que os métodos convencionais.

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“Conseguimos construir uma solução que substitui aviões e satélites para determinadas aplicações, com maior flexibilidade e custo menor”, explicou Caurin à Agência Fapesp.

Os dados são processados por algoritmos de inteligência artificial que interpretam padrões, identificam fontes de emissão de gases e alertam sobre potenciais riscos de incêndios florestais. O sistema também pode ser útil para monitorar impactos ambientais em áreas de preservação e zonas industriais.

Vantagens sobre satélites e aviões

Satélites capturam imagens e dados apenas a cada dois dias e a uma altitude fixa. Já aviões de monitoramento têm altos custos e operação limitada. Os drones inteligentes da USP preenchem essa lacuna com sobrevoos repetidos, coleta em altitudes variáveis e mobilidade em terrenos de difícil acesso.

Além disso, a capacidade de capturar informações volumétricas representa um avanço na análise da distribuição de gases. Isso permite ações preventivas mais eficazes, ao invés de respostas tardias a desastres já em curso.

Parcerias e futuro da tecnologia

O projeto faz parte do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa, apoiado pela Fapesp em parceria com a Shell. A equipe também trabalha na melhoria da autonomia dos drones, já que modelos comerciais voam por apenas 15 a 30 minutos, tempo considerado insuficiente para cobrir grandes áreas florestais.

A proposta foi apresentada durante a Fapesp Week França, realizada em Toulouse, e chamou atenção por seu potencial de aplicação não só no Brasil, mas em outras regiões do mundo afetadas por queimadas, como Austrália, Califórnia e África.

Um passo importante no combate às mudanças climáticas

Drone inteligente da USP capta 4 tipos de dados atmosféricos e pode reduzir área queimada em até 70%

Com a intensificação dos incêndios florestais em todo o planeta e a urgência de conter emissões de gases estufa, soluções tecnológicas como essa são fundamentais. A possibilidade de antecipar focos de incêndio com dados confiáveis e em tempo real pode representar uma virada na prevenção de desastres ambientais.

E você, acredita que o uso de drones pode realmente transformar o combate às queimadas? Essa tecnologia deveria ser adotada em larga escala no Brasil? Compartilhe sua opinião, queremos ouvir quem vive essa realidade de perto.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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