O Brasil testa o radar “antimigué”, que calcula a velocidade média entre dois pontos e promete acabar com práticas como frear antes de radares. Inspirado na Itália, onde reduziu acidentes em 50%, o sistema ainda enfrenta desafios legais no país. Enquanto motoristas tentam burlar o dispositivo, especialistas defendem sua eficácia para segurança e redução de emissões de CO2.
Uma nova tecnologia está dando o que falar nas estradas brasileiras. É o radar de velocidade média, apelidado de “antimigué” por quem já conhece seu funcionamento.
Embora o sistema tenha o potencial de revolucionar a fiscalização nas rodovias, motoristas “espertinhos” estão se esforçando para encontrar maneiras de burlar o equipamento.
Mas será que é possível driblar esse avanço? Antes de responder, é preciso entender como ele funciona e o impacto que já causou em outros países.
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O que é o radar de velocidade média?
O Brasil começou a testar o radar de velocidade média em outubro de 2024.
Este sistema vai além dos radares convencionais, que calculam a velocidade instantânea de um veículo ao passar por um ponto específico.
O “antimigué” é composto por dois ou mais aparelhos que medem o tempo que o veículo leva para percorrer a distância entre eles.
Se o tempo registrado for menor do que o permitido para a velocidade máxima da via, significa que o motorista excedeu o limite e estará sujeito à multa.
De acordo com o portal UOL, o radar de velocidade média está sendo testado em Uberaba (MG), no trecho urbano da BR-050.
Nesse local, a concessionária Eco050 instalou duas câmeras separadas por 11 quilômetros.
Como o limite de velocidade é de 80 km/h, o tempo mínimo necessário para completar o trecho sem infração é de 7 minutos e 16 segundos.
Caso o motorista percorra essa distância em menos tempo, o sistema detecta automaticamente o excesso de velocidade.
Inspiração italiana e os “truques” dos motoristas
A ideia de implementar o radar de velocidade média no Brasil veio da Itália, onde o sistema já opera há mais de 20 anos.
Por lá, o dispositivo é conhecido como “tutor” e é creditado por reduzir em até 50% os acidentes em alguns trechos rodoviários.
Contudo, mesmo diante dos benefícios, motoristas italianos também desenvolveram estratégias para tentar enganar o sistema.
Uma das práticas mais comuns é fazer pausas entre os dois pontos de cronometragem, como parar para abastecer ou descansar.
Dessa forma, eles “compensam” o tempo gasto fora da estrada e podem acelerar em excesso ao retornar.
Aplicativos como o Waze também contribuem, indicando a velocidade média em tempo real para ajudar a ajustar o comportamento do motorista.
Para combater essas artimanhas, as autoridades italianas começaram a reduzir a distância entre os radares.
Em 2024, o país já possuía 176 tutores cobrindo 1.760 quilômetros de rodovias, com distâncias médias de 10 quilômetros entre os pontos.
Além disso, a Suprema Corte da Itália decidiu que não é necessário diferenciar os tutores de radares convencionais por meio de placas de sinalização.
Desafios no Brasil
No Brasil, o maior obstáculo para a aplicação do sistema de velocidade média ainda é a legislação.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não prevê a regulamentação necessária para emitir multas baseadas nesse tipo de fiscalização.
Ainda há dúvidas sobre como serão calculadas as tolerâncias de tempo e se motoristas poderão ser multados várias vezes ao longo de uma mesma via.
Por isso, os testes em Uberaba estão sendo feitos de maneira educativa, sem gerar penalidades.
Bruno Araújo Silva, gerente de Operações da Eco050, destacou os benefícios do radar de velocidade média em entrevista ao portal UOL:
“Com o sistema de velocidade média, não há como o motorista diminuir a velocidade apenas antes do radar e acelerar logo depois. Isso obriga o respeito ao limite durante todo o percurso.”
Outro ponto positivo destacado pela Eco050 é a redução do desgaste dos freios e da emissão de CO2, já que o sistema estimula uma condução mais uniforme.
A iniciativa já recebeu até um prêmio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que continua acompanhando os resultados para embasar mudanças futuras no CTB.
Motoristas tentam burlar a tecnologia
Apesar dos benefícios, vídeos circulando na internet mostram que motoristas brasileiros já começaram a pensar em maneiras de driblar o radar de velocidade média.
Estratégias inspiradas nos italianos, como fazer pausas no trajeto, têm sido mencionadas.
Porém, especialistas afirmam que a proximidade entre os pontos de medição no Brasil deve dificultar essas práticas.
Outro detalhe é que a fiscalização ainda depende de ajustes tecnológicos e legais.
Até o momento, os testes realizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela ANTT são voltados para educação e coleta de dados.
Não há previsão oficial para o início da aplicação de multas por velocidade média.
O futuro do radar “antimigué”
Caso a regulamentação avance, a implementação do radar de velocidade média pode transformar as rodovias brasileiras.
Além de melhorar a segurança, o sistema tem o potencial de reduzir custos com manutenção de veículos e diminuir os impactos ambientais do transporte rodoviário.
A expectativa é que os resultados obtidos em países como a Itália sirvam de inspiração para tornar as estradas brasileiras mais seguras.
Enquanto isso, fica a dúvida: será que os motoristas “espertinhos” conseguirão mesmo burlar essa tecnologia?
Ou estaremos caminhando para um trânsito mais seguro e justo? Deixe sua opinião nos comentários!
De nada adiantará isso a não ser para deixar o trânsito mais caótico. Enquanto carros velhos demais circulam, caminhões em todas as faixas de rolamento nas rodovias, motoristas sem noção trafegam tranquilamente, sem fiscalização, o governo se preocupa apenas com a velocidade, ou seja, quer apenas arrecadar. Deve haver mais postos policiais e quantitativo nas estradas para, dessa forma, coibir veículos trafegando em faixa errada, carroa sem condições de rodar, cargas irregulares (tipo uma Pampa velha carregando uma pilha de ferro velho mais alta que a cabine), e por aí vai. Radares só servem para arrecadar, atualmente. Conversa fiada isso de “diminuir acidentes”, pois na Italia a educação do povo é bem diferente do brasileiro.
Engraçado que tudo pra multar os brasileiros eles trabalham freneticamente , mas não trabalham pra arrumar as rodovias , avenidas e ruas das cidades , eles não estão preocupados com acidentes e sim em arrumar um jeito de lucrar e meter a mão no bolso dos brasileiros , radares deveriam ser proibidos .
É preciso mesmo , revê as condições do trânsito 🚦 está muito perigoso e atuar os infratores.