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Donos de carros da Volkswagen processam a montadora por falhas nos botões touch do volante e riscos à segurança nos EUA

Publicado em 04/09/2025 às 19:05
Donos de veículos Volkswagen abriram processo nos Estados Unidos por falhas nos botões touch do volante, alegando acionamento involuntário de funções e problemas de segurança
Donos de veículos Volkswagen abriram processo nos Estados Unidos por falhas nos botões touch do volante, alegando acionamento involuntário de funções e problemas de segurança. Imagem retirada do site Vrum
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Alguns donos de carros da Volkswagen abriram processo nos Estados Unidos por falhas nos botões touch do volante, alegando acionamento involuntário de funções e problemas de segurança.

Donos de carros da Volkswagen nos Estados Unidos iniciaram um processo coletivo contra a montadora devido a problemas com os botões touch instalados nos volantes de modelos como o ID.4. A ação, registrada em um tribunal federal de Nova Jersey, acusa a fabricante de comprometer a segurança dos motoristas ao permitir que funções do carro sejam ativadas sem intenção. 

Além disso, o processo aponta possíveis violações de leis de defesa do consumidor em estados como Connecticut e Massachusetts, incluindo alegações de fraude por omissão e enriquecimento sem causa.

Problemas relatados pelos donos de veículos da Volkswagen

Segundo relatos compilados pelo site Carscoops, os comandos sensíveis ao toque do volante chegam a ser acionados com o mínimo contato das mãos.

Funções como o controle de cruzeiro adaptativo podem ser ativadas involuntariamente, deixando alguns motoristas “aterrorizados e hesitantes” ao dirigir. Os advogados envolvidos no processo afirmam que a Volkswagen tinha conhecimento prévio das falhas.

Documentos internos, relatos de clientes e alertas de concessionárias indicariam que o sistema não funcionava como prometido.

Para os autores da ação, a fabricante falhou ao não oferecer recall, reembolso ou substituição gratuita aos usuários afetados.

Histórico de críticas ao volante touch

O volante sem botões tradicionais gerou polêmica desde sua estreia.

A promessa da Volkswagen era oferecer um design moderno e futurista, mas a prática mostrou que os comandos eram sensíveis demais e sujeitos a acionamentos involuntários.

Volkswagen ID.4
Fonte: Divulgação

Em 2023, Thomas Schäfer, então CEO da empresa, admitiu que a decisão de substituir os botões físicos por touch foi um erro estratégico. Segundo ele, a mudança “causou muitos danos” à marca, reforçando a percepção negativa de alguns consumidores.

Além disso, a crítica não se restringiu aos Estados Unidos. Na Europa e em outros mercados, os comandos táteis também foram alvo de queixas, gerando discussões sobre a ergonomia e a segurança do sistema.

Mudanças planejadas pela Volkswagen

A montadora já anunciou que pretende reintroduzir botões físicos nos volantes a partir de 2027.

O hatch elétrico ID.2, previsto para chegar ao mercado europeu em 2026, deve marcar a transição para controles mais tradicionais. A intenção é devolver simplicidade e ergonomia, reduzindo distrações e aumentando a segurança.

Donos de carros processam a Volkswagen
Imagem do site Motor1

Apesar da promessa, a mudança ainda não chegou ao ID.4, modelo central do processo nos Estados Unidos.

Para muitos donos, a demora reforça a sensação de descaso com a segurança e a experiência do usuário.

Situação no Brasil

No mercado brasileiro, os botões touch também foram implementados em modelos como Taos, Tiguan e Jetta GLI. O Golf GTI, em sua versão pré-facelift, também chegou a ser comercializado com comandos sensíveis ao toque.

No entanto, a Volkswagen já corrigiu o volante desses veículos, retornando aos botões convencionais, o que indica que a empresa reconheceu os problemas e buscou soluções em alguns mercados.

Essa diferença entre regiões mostra que, embora o design futurista tenha sido uma aposta global da montadora, a aplicação prática ainda precisa de ajustes para garantir conforto e segurança aos motoristas.

Acusações legais e impactos para a Volkswagen

O processo coletivo destaca que a falha nos botões touch não é apenas um problema de ergonomia, mas uma questão de segurança viária.

Donos alegam que o acionamento involuntário de funções críticas pode causar acidentes, aumentando o risco de danos a motoristas, passageiros e pedestres.

Os advogados afirmam que a Volkswagen não só conhecia os problemas, como também deixou de agir de forma preventiva. A ausência de recall ou de outras medidas corretivas antes da ação judicial é central para a argumentação da acusação.

Se a ação for bem-sucedida, a montadora poderá ser obrigada a indenizar os consumidores, oferecer compensações financeiras ou realizar mudanças mais rápidas nos modelos afetados.

Reflexos da decisão estratégica da montadora

O lançamento do volante touch foi visto como uma tentativa de inovação e diferenciação de mercado.

No entanto, a execução técnica não atendeu às expectativas, provocando insatisfação entre consumidores e impacto na imagem da marca.

A admissão pública de erro por parte do CEO Thomas Schäfer evidencia que a empresa reconheceu a falha estratégica. Segundo ele, a substituição dos botões físicos por touch causou danos significativos à percepção da marca.

Além disso, a polêmica reforça a importância de testes de usabilidade e de avaliação de segurança antes da implementação de tecnologias que substituem comandos tradicionais em veículos.

A partir de 2027, com a reintrodução de botões físicos, a Volkswagen pretende corrigir os problemas de ergonomia e segurança.

Com informações do site Auto+

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Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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