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Domínio da China no Brasil? Construtora chinesa quer controlar maiores obras brasileiras, incluindo primeiro túnel submerso da história do país

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 06/03/2025 às 14:34
Construtora chinesa CCCC se prepara para controlar grandes obras no Brasil, como o túnel Santos-Guarujá e a ponte Salvador-Itaparica.
Construtora chinesa CCCC se prepara para controlar grandes obras no Brasil, como o túnel Santos-Guarujá e a ponte Salvador-Itaparica.
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China Communications Construction Company (CCCC) está prestes a conquistar o Brasil! Após revisar o contrato da imensa ponte Salvador-Itaparica, agora a gigante chinesa mira a liderança da construção do túnel Santos-Guarujá, um projeto bilionário com potencial de mudar o fluxo de transporte no país.

O Brasil tem se tornado um campo estratégico para empresas estrangeiras que buscam expandir sua influência na América Latina.

Entre elas, a China Communications Construction Company (CCCC) vem consolidando sua presença no setor de infraestrutura nacional.

A gigante chinesa, que já tem participação em grandes projetos, agora mira duas das mais importantes obras em andamento no país.

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O interesse crescente da CCCC levanta debates sobre o impacto dessa presença no cenário econômico e político brasileiro.

Construtora chinesa quer dominar megaprojetos de infraestrutura

Após renegociar o contrato da ponte Salvador-Itaparica, na Bahia, a CCCC se prepara para disputar a construção do tão aguardado túnel Santos-Guarujá.

A obra, que faz parte do Novo PAC, está orçada em R$ 6 bilhões e será financiada pelo governo federal, Estado de São Paulo e BNDES.

O túnel tem um papel estratégico fundamental, pois promete melhorar o fluxo de veículos, especialmente o transporte de caminhões para o Porto de Santos, o maior da América Latina.

Atualmente, o acesso ao porto depende de balsas e de um trajeto rodoviário mais longo, o que causa gargalos logísticos.

A CCCC, que já detém um terço do consórcio responsável pela ponte Salvador-Itaparica, hoje liderado pela portuguesa Mota Engil, agora busca assumir o protagonismo no contrato do túnel.

Caso tenha sucesso, a empresa consolidará ainda mais sua atuação no Brasil.

O avanço da CCCC no Brasil

As regras do projeto do túnel preveem que a empresa vencedora só começará a receber as contraprestações de R$ 870 milhões após a conclusão da obra.

A previsão é que as construções comecem ainda este ano.

De acordo com informações divulgadas pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, fontes ligadas às negociações garantem que a CCCC está determinada a liderar esse empreendimento.

A empresa chinesa tem um histórico de grandes obras ao redor do mundo e vê o Brasil como uma peça-chave para sua expansão internacional.

Além do túnel Santos-Guarujá e da ponte Salvador-Itaparica, a CCCC também investe fortemente em outras infraestruturas no país.

A empresa está envolvida na construção do Porto São Luís, no Maranhão, que promete impulsionar a logística portuária e facilitar o escoamento de cargas na região.

Outro movimento estratégico da CCCC foi a aquisição da Concremat, uma das principais empresas de engenharia do Brasil.

Com essa compra, a construtora chinesa aumentou sua presença no mercado nacional e expandiu suas operações em diversos setores.

Além disso, a CCCC está presente no projeto de uma usina de laminação de aço em Marabá (PA), em parceria com a Vale, fortalecendo sua atuação na indústria siderúrgica brasileira.

A influência chinesa no setor de infraestrutura brasileiro

A crescente participação de empresas chinesas no Brasil tem gerado debates sobre os impactos dessa presença na economia e na soberania nacional.

Por um lado, os investimentos chineses trazem avanços tecnológicos, criação de empregos e desenvolvimento de infraestrutura.

Por outro, especialistas apontam para os riscos de dependência excessiva de empresas estrangeiras em setores estratégicos.

No caso da CCCC, sua atuação no Brasil segue um padrão global de investimentos chineses em infraestrutura.

A empresa tem participação em grandes projetos em diversos continentes, especialmente na África, América Latina e Ásia, dentro da iniciativa global chinesa conhecida como Nova Rota da Seda.

Para o Brasil, essa parceria pode representar um avanço significativo, mas exige uma análise cuidadosa para garantir que os interesses nacionais sejam preservados.

O futuro da infraestrutura brasileira está cada vez mais interligado ao capital estrangeiro, e a disputa pelo túnel Santos-Guarujá será um dos próximos capítulos dessa história.

Com isso, resta saber: a China Communications Construction Company conseguirá consolidar ainda mais sua presença no Brasil?

O avanço das empresas chinesas no setor de infraestrutura ainda promete muitas reviravoltas nos próximos anos.

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Edimar Mota da silva
Edimar Mota da silva
07/03/2025 21:24

Se puni os gestores e ficam as empresas.punir as empresa quem vai pagar são os funcionários com desempregos.

Edimar Mota da silva
Edimar Mota da silva
07/03/2025 21:23

Foi moro que matou as construtora do brasil.

Josemi
Josemi
07/03/2025 20:44

Ainda bem que não são os americanos, primeiro eles destroem para depois reconstruir, como faz mundo afora.
Nisso ninguém fala.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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