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Dólar em Alta: Tensões Entre EUA e Brasil Elevam Incertezas na Economia

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 23/09/2025 às 06:00
Atualizado em 22/09/2025 às 21:22
Dólar em Alta: Tensões Entre EUA e Brasil Elevam Incertezas na Economia
Fonte: IA
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Dólar fecha em alta após sanções dos EUA contra esposa de Moraes e pressiona a economia no Brasil em meio à crise diplomática.

Dólar reage a sanções e eleva pressão sobre a economia brasileira

Nesta segunda-feira (22), o dólar subiu frente ao real, contrariando a tendência observada no cenário internacional. A valorização ocorreu após os EUA anunciarem sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, gerando impacto imediato no câmbio brasileiro e aumentando a incerteza sobre a economia nacional.

O episódio se desenrolou às vésperas do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, intensificando a percepção de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

Sanções dos EUA colocam relações bilaterais sob pressão

O governo norte-americano informou que Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, teve seus bens em território americano bloqueados com base na Lei Magnitsky.

Além disso, as autoridades dos EUA anunciaram a revogação dos vistos do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outras autoridades brasileiras ligadas ao Judiciário.

Essas medidas foram interpretadas como uma resposta direta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, episódio que já havia sido apontado pelos EUA como motivo para possíveis retaliações.

Reação imediata no mercado financeiro e impacto no câmbio

No momento de maior estresse, o dólar superou a marca de R$ 5,35, alcançando a máxima de R$ 5,3660. Posteriormente, a perda de força da moeda americana no exterior e a percepção de que as sanções estavam restritas a indivíduos específicos suavizaram a cotação.

No fechamento, o dólar registrou valorização de 0,32%, encerrando a sessão em R$ 5,3381.

Além disso, o movimento marcou o quarto pregão consecutivo de alta, consolidando a recuperação da moeda após ter ficado abaixo de R$ 5,30 em 16 de setembro.

Economia brasileira em alerta diante da escalada de tensões

O Itamaraty afirmou que recebeu as sanções “com profunda indignação”. A chancelaria brasileira destacou ainda que o uso da Lei Magnitsky configurou uma tentativa de ingerência indevida nos assuntos internos do país.

Em nota oficial, o governo reforçou que o Brasil não aceitará medidas externas que interfiram nas decisões do Judiciário.

Com isso, o posicionamento foi interpretado como um esforço para conter os efeitos políticos e econômicos das ações impostas pelos EUA.

EUA justificam sanções com discurso de segurança nacional

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, publicou em sua conta oficial no X (antigo Twitter) que as sanções contra Viviane Barci representaram um alerta direto. Ele declarou que a medida teve como objetivo sinalizar que indivíduos que protegem ou habilitam atores considerados prejudiciais aos interesses norte-americanos serão responsabilizados.

Dessa forma, Washington reforçou sua intenção de adotar uma postura mais rígida diante de autoridades brasileiras vistas como alinhadas a posições contrárias à sua política externa.

Contexto global e reflexos para o Brasil

Especialistas lembram que a valorização do dólar no Brasil ocorreu apesar da tendência de enfraquecimento da moeda americana em nível internacional. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, havia decidido cortar os juros recentemente, o que pressionou o dólar para baixo em outros mercados.

No entanto, no Brasil, a combinação de sanções diplomáticas e instabilidade política provocou o movimento contrário. Esse cenário reacendeu as preocupações sobre os efeitos prolongados que essas tensões podem gerar na economia nacional.

Perspectivas para os próximos dias

Analistas consideram que a escalada das tensões entre EUA e Brasil pode manter o dólar em patamares elevados, especialmente se novos desdobramentos políticos surgirem. Além disso, eles apontam o discurso do presidente Lula na ONU como fator decisivo para orientar os próximos movimentos do mercado.

Enquanto isso, investidores mantêm o alerta sobre a vulnerabilidade da economia brasileira diante de choques externos e crises diplomáticas. Dessa forma, reforçam que essas situações tendem a aumentar a volatilidade no câmbio.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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