Banco Central avalia propostas de dois países para conectar seus sistemas ao Pix, projeto que pode começar em 2025 e avançar até 2026
Segundo apuração do Estadão, dois países já entregaram propostas formais ao Banco Central (BC) para integrar seus sistemas de pagamentos ao Pix, segundo apuração do Estadão/Broadcast. A cúpula da instituição ainda avalia se o projeto será priorizado, mas há expectativa de que ele entre no cronograma de desenvolvimento em 2026. Os nomes dos países não foram citados pelo apuração do Estadão.
Caso o aval seja concedido, a ideia inicial seria dar início ao processo de integração no próximo ano, sem previsão de conclusão imediata.
O BC reconhece que o desenvolvimento é complexo e exigiria realocação de recursos, o que pode afetar outras frentes consideradas prioritárias.
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Demanda internacional e prazos em análise
O número de países interessados na tecnologia brasileira vem crescendo. Entretanto, até o momento, apenas duas jurisdições apresentaram propostas concretas, com prazos definidos para análise e execução.
Essas solicitações serão submetidas à diretoria colegiada do BC, que decidirá sobre a viabilidade técnica e o alinhamento com os objetivos estratégicos da autarquia.
Além disso, o Banco Central destaca que o interesse externo demonstra a consolidação do Pix como modelo de eficiência em pagamentos instantâneos, reforçando o papel do Brasil como referência no tema.
Internacionalização do Pix: Desafios e limitações de recursos
Em maio, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, Renato Gomes, afirmou durante um evento que a internacionalização do Pix ainda enfrenta obstáculos relevantes.
Segundo ele, seria necessário aguardar definições de grandes mercados, como Estados Unidos e União Europeia, antes de direcionar os “escassos recursos” para esse tipo de projeto.
Essa cautela se explica porque o sistema precisaria se adaptar a diferentes legislações e infraestruturas financeiras, o que exige altos investimentos e coordenação internacional.
Discussões no cenário global
O tema dos pagamentos transfronteiriços tem ganhado destaque em fóruns econômicos.
Em julho, o BC brasileiro, junto com os demais membros do Brics, apresentou um relatório sobre o assunto na Trilha Financeira do bloco, avaliando a viabilidade de uso de moedas digitais e instrumentos como o Pix em operações integradas entre países.