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Do fundo do mar à sua casa: como a fibra óptica e os cabos submarinos mantêm o mundo conectado

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 08/03/2024 às 17:02
Do fundo do mar à sua casa: como a fibra óptica e os cabos submarinos mantêm o mundo conectado
Foto: Divulgação/cabos submarinos

Estes cabos submarinos da internet, estendendo-se por milhares de quilômetros sob as águas, não só definem a velocidade e eficiência com que navegamos online, mas também representam um triunfo da engenharia moderna. Da superfície terrestre até as profundezas abissais, os cabos de fibra óptica iluminam o caminho da informação, garantindo que mais de 90% da comunicação global flua sem interrupções.

No vasto azul dos oceanos, esconde-se uma rede vital que serve como a espinha dorsal da nossa conectividade global. Os cabos submarinos, estruturas incrivelmente complexas e robustas, carregam mais de 90% da transmissão de dados entre países e continentes. Com a ajuda da fibra óptica, esses cabos garantem que a internet chegue às nossas casas e dispositivos, possibilitando desde simples buscas online até transações financeiras internacionais complexas.

Os cabos submarinos, verdadeiras artérias da internet global, são obras de engenharia monumental escondidas sob as ondas do mar. Com o projeto do Google, conhecido como Firmina, destacando-se pela sua extensão recorde e capacidade de operar com uma única fonte de energia, a infraestrutura de internet global está prestes a receber um impulso significativo. Com 12 pares de fibras ópticas, Firmina promete reduzir a latência e aumentar a banda disponível, potencialmente tornando a internet mais rápida e acessível.

Além de sua importância técnica, os cabos submarinos são também um reflexo do dinamismo econômico, com empresas como Google, Facebook (agora Meta), Microsoft e Amazon investindo pesadamente nessas estruturas para assegurar a eficiência de seus serviços.

Como funcionam os cabos submarinos

Os cabos submarinos são compostos por fibras ópticas, capazes de transmitir dados na forma de pulsos de luz. Essa tecnologia permite uma transmissão de dados extremamente rápida e confiável. Protegidos por várias camadas de material isolante e resistente, esses cabos são projetados para suportar as condições extremas encontradas no fundo do oceano, incluindo alta pressão, temperaturas variadas e riscos de danos físicos.

Desafios e manutenção

Apesar de sua durabilidade, os cabos submarinos não são imunes a danos, seja por âncoras de navios, atividades sísmicas ou até mesmo a curiosidade de tubarões. Para garantir a continuidade do serviço, equipes especializadas utilizam navios de cabos para reparos, que podem incluir “pescar” segmentos danificados para a superfície ou realizar reparos in situ por mergulhadores.

A tecnologia de cabos submarinos continua a evoluir, com projetos como Firmina estabelecendo novos padrões de eficiência e capacidade. Essa constante inovação é crucial para atender à crescente demanda por dados e conectividade em um mundo cada vez mais digital. Enquanto alternativas como satélites oferecem complementaridade, os cabos submarinos permanecem insubstituíveis devido à sua alta capacidade, baixa latência e confiabilidade superior.

No coração da nossa era digital, os cabos submarinos de fibra óptica são fundamentais para manter o mundo conectado. Através de avanços como o cabo Firmina, esperamos não apenas uma internet mais rápida e acessível, mas também um impulso na economia digital global. À medida que continuamos a depender dessas conexões subaquáticas para quase todas as facetas da comunicação moderna, a importância dos cabos submarinos só tende a crescer, solidificando seu papel como pilares invisíveis da nossa sociedade conectada.

Quantos cabos submarinos tem o Brasil?

Quantos cabos submarinos tem o Brasil?

À medida que navegamos na era digital, os cabos submarinos emergem como pilares essenciais da nossa interconexão global. Incrivelmente, cerca de 400 dessas estruturas tecem uma rede invisível sob os mares, conectando continentes e alimentando a troca incessante de dados. No Brasil, um país dotado de uma extensão costeira significativa, esses cabos assumem um papel ainda mais crucial, servindo como portais para o fluxo de informações.

Mas quantos cabos submarinos tem o Brasil? O país se destaca no mapa global de conectividade com três grandes centros de cabos submarinos, sendo a Praia do Futuro um dos mais relevantes. Este polo estratégico abriga 17 cabos submarinos, uma concentração que reflete sua posição geográfica vantajosa, próxima à Europa, África e ao resto do continente americano. Esses cabos servem como as veias vitais para a transmissão de dados, ligando o Brasil ao mundo digital mais amplo.

Essas estruturas robustas, com diâmetro comparável à palma de uma mão, residem em profundidades que podem alcançar até 1000 metros sob a superfície do oceano. Protegidos por dutos metálicos, os cabos são desenhados para resistir a ameaças como âncoras de navios, redes de pesca e, acredite ou não, até ataques de tubarões. Esta blindagem assegura sua integridade contra os perigos que espreitam nas profundezas marinhas.

Por que o fundo do mar?

A escolha do leito oceânico como lar para essas estruturas não é arbitrária. Os cabos submarinos, ao contrário de alternativas como o Wi-Fi ou satélites, incluindo a Starlink, oferecem uma capacidade incomparável para a transmissão de dados. Responsáveis por mais de 90% do tráfego global de dados, eles são preferidos por sua eficiência, confiabilidade e, crucialmente, pela sua capacidade de suportar o volume massivo de comunicação que define nossa era.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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