Tecnologia pioneira será testada no segundo semestre de 2025 no navio-sonda Norbe VIII em parceria com a Petrobras
Uma inovação de impacto global começou a ser estruturada pela Foresea em 2025, marcando um divisor de águas para a indústria offshore. A empresa, referência em perfuração, anunciou o desenvolvimento de um pacote tecnológico inédito voltado para a intervenção em poços de petróleo em águas rasas, com sondas de grande porte e posicionamento dinâmico.
Portanto, o objetivo central é permitir que navios-sondas projetados para águas profundas também possam operar com precisão em poços de até 400 metros de profundidade. Além disso, a iniciativa busca garantir segurança operacional e redução de impactos ambientais. Dessa forma, essa solução, fruto de uma parceria estratégica com a Petrobras, integra tecnologias de fabricantes internacionais reconhecidos.
Estudo técnico define a aplicação da tecnologia
O pontapé inicial do projeto ocorreu no primeiro semestre de 2025, quando uma equipe multidisciplinar da Foresea se reuniu com os parceiros para alinhar as etapas de implementação. Assim, a expectativa é que os primeiros testes de fábrica comecem no segundo semestre de 2025, aplicados diretamente no navio-sonda Norbe VIII.
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De acordo com o COO da Foresea, Heitor Gioppo, existem atualmente centenas de poços em águas rasas no Brasil que necessitam de finalização ou intervenção. Por isso, a solução foi criada para atender essa demanda com o mínimo impacto no leito marinho e o máximo de precisão em segurança.
Integração de tecnologias internacionais
Consequentemente, o grande desafio é a integração de diferentes sistemas em um mesmo pacote inovador. Nesse sentido, entre as tecnologias envolvidas estão:
- Reactive Flex Joint (TechnipFMC): componente que reduz a sobrecarga nas cabeças de poços, garantindo maior estabilidade e segurança.
- K-BOS (Kinetic): gaveta cisalhante instalada no BOP que pode cortar elementos em caso de emergência, reduzindo drasticamente o tempo de desconexão.
- Neosight (Stress Engineering): sistema avançado de análise em tempo real que calcula zonas de desconexão segura com base em condições ambientais monitoradas continuamente.
Portanto, esse conjunto, ao ser aplicado, representa um salto para operações mais rápidas, confiáveis e seguras, sempre em linha com os padrões internacionais de excelência.
Evolução do BOP ancorado
Essa nova solução é, acima de tudo, uma continuidade do legado de inovações da Foresea. Em 2023, durante a OTC Brasil, a empresa recebeu reconhecimento internacional pela tecnologia do BOP ancorado, utilizada na Norbe VI. Assim, essa inovação permitiu que sondas de posicionamento dinâmico atuassem em águas rasas sem a necessidade de ancoragem no fundo marinho, o que resultou em mais agilidade e menor impacto ambiental.
Agora, em 2025, o projeto aplicado ao Norbe VIII vai além, já que integra sensores de monitoramento climático e de correnteza em tempo real. Com isso, o nível de precisão e controle operacional será elevado a patamares ainda não alcançados no setor.
Perspectivas para o setor offshore
Segundo o gerente de inovação da Foresea, Alessandro Pasini, a solução tem potencial para criar um novo padrão mundial em operações offshore de águas rasas. Além disso, pela primeira vez, um navio-sonda de posicionamento dinâmico poderá permanecer conectado a um poço em águas rasas com um nível de segurança e precisão considerado inédito.
Dessa maneira, com esse avanço, a Foresea reafirma sua posição de referência global em perfuração offshore e fortalece o papel do Brasil como centro de inovações aplicáveis internacionalmente.
Linha do tempo do projeto
- Primeiro semestre de 2025: início oficial do projeto e reuniões de alinhamento técnico.
- Segundo semestre de 2025: previsão de início dos primeiros testes de fábrica no navio-sonda Norbe VIII.
- 2023: reconhecimento internacional da Foresea na OTC Brasil com o BOP ancorado aplicado na Norbe VI.
O futuro da inovação em águas rasas
A aposta da Foresea em soluções tecnológicas reforça a busca por operações mais sustentáveis, eficientes e seguras. Além disso, o projeto une precisão técnica, uso intensivo de sensores inteligentes e cooperação internacional, elementos essenciais para manter o setor offshore competitivo.
Assim, a tecnologia em desenvolvimento tem potencial para transformar a forma como o Brasil e o mundo enxergam as operações de perfuração em águas rasas.
E você, acredita que essa inovação brasileira pode definir um novo padrão global para operações offshore em águas rasas?