1. Início
  2. / Economia
  3. / Do deboche à mudança em massa: por que mais de 263 mil brasileiros trocam o Brasil pelo Paraguai em busca de impostos baixos e futuro melhor
Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 27 comentários

Do deboche à mudança em massa: por que mais de 263 mil brasileiros trocam o Brasil pelo Paraguai em busca de impostos baixos e futuro melhor

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 01/10/2025 às 00:03
Brasileiros migrando para o Paraguai em busca de impostos baixos e vida mais barata.
Brasileiros atravessam a fronteira em busca de menos impostos e custo de vida mais baixo no Paraguai. Imagem: IA
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
1266 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

Paraguai se consolida como principal destino de imigrantes brasileiros na América do Sul, oferecendo impostos reduzidos, energia barata e oportunidades que o Brasil não consegue garantir

Por muito tempo, chamar algo de “paraguaio” no Brasil era quase sinônimo de insulto. Piadas, estereótipos e comentários depreciativos marcaram a forma como os brasileiros enxergavam o país vizinho. No entanto, enquanto o Brasil ria, o Paraguai mudava silenciosamente seu rumo. Cortou impostos, simplificou leis e abriu espaço para atrair empresas e investidores.

Enquanto a imagem popular associava o Paraguai ao contrabando, o país estruturava um dos sistemas tributários mais vantajosos da América do Sul. O resultado não demorou a aparecer: hoje, mais de 263 mil brasileiros vivem em território paraguaio, transformando-o no principal destino de imigrantes do Brasil em toda a região.

De brasiguaios a empresários e estudantes

Esse movimento migratório não começou ontem. Suas raízes remontam ao período do ditador Alfredo Stroessner (1954–1989), quando o país, sob forte controle estatal e apoio militar, buscava ampliar sua presença econômica e geopolítica.

Foi justamente nessa época que a construção da Ponte da Amizade e o Tratado de Itaipu – ambos financiados pelo Brasil – facilitaram a integração dos dois países. A partir do fim da década de 1960, milhares de brasileiros atravessaram a fronteira, primeiro em busca de terras baratas e depois em função das oportunidades comerciais.

Nos anos 70 e 80, famílias inteiras venderam seus bens no Brasil para comprar propriedades agrícolas muito maiores no Paraguai. Esses imigrantes ficaram conhecidos como “brasiguaios” e transformaram cidades como Santa Rita e Naranjal, introduzindo o cultivo intensivo de soja e milho que, décadas depois, faria do Paraguai um dos maiores exportadores de grãos do mundo.

O salto da economia e a Lei Maquila

Com o fim da ditadura nos anos 1990, o Paraguai começou a redesenhar sua economia. Mas foi nos anos 2000 que veio a guinada decisiva: um sistema tributário simplificado, incentivos industriais e políticas de integração transformaram o país em polo de investimentos.

A Lei Maquila (Lei 1064/97), consolidada no início dos anos 2000, foi um divisor de águas. Ela reduziu drasticamente a carga tributária de empresas exportadoras. Indústrias brasileiras, sufocadas pelos altos impostos e custos trabalhistas em seu país de origem, migraram para o Paraguai em busca de alívio fiscal.

Segundo Francisco Ruiz Díaz, vice-ministro de Indústria, “70% das exportações do Paraguai para o Brasil são resultado da maquila”. O setor têxtil é um exemplo marcante: empresas brasileiras enviam insumos para o Paraguai, produzem localmente e reexportam para o Brasil, pagando impostos muito menores.

YouTube Video

O Paraguai como novo Eldorado brasileiro

Além dos incentivos fiscais, outros fatores tornaram o Paraguai ainda mais atraente. O país oferece energia elétrica a preços muito abaixo da média sul-americana, graças à hidrelétrica de Itaipu. Para se ter uma ideia, enquanto no Brasil o custo médio da eletricidade industrial gira em torno de 123 USD/MWh, no Paraguai esse valor cai para apenas 39 USD/MWh. É como abastecer três fábricas paraguaias pelo preço de apenas uma no Brasil.

Cidades como Ciudad del Este exemplificam essa transformação. Antes conhecidas pelo comércio de eletrônicos e contrabando, hoje concentram mais de 98 mil brasileiros, tornando-se polos empresariais, industriais e estudantis.

O fenômeno dos estudantes brasileiros

Se no passado a migração era dominada por agricultores, hoje o Paraguai atrai um novo perfil de imigrantes. Quase 30 mil brasileiros estudam medicina em universidades paraguaias. Na turma de Felipe Monteiro, estudante do Amapá em Ciudad del Este, apenas 2 dos 80 alunos são paraguaios – o restante veio do Brasil.

A diferença de custos explica parte desse movimento. Enquanto em Belém uma mensalidade de Medicina chega a R$ 8 mil, no Paraguai Felipe começou pagando R$ 1,2 mil e hoje paga R$ 1,9 mil. Essa economia massiva tem levado famílias inteiras a repensar o futuro acadêmico de seus filhos.

O custo de vida imbatível

Outro grande atrativo é o custo de vida, até 2119% mais baixo em comparação ao Brasil, segundo índices internacionais. Embora um almoço em áreas nobres possa ser 35% mais caro, o Índice Big Mac mostra que no Brasil o sanduíche custa 286% a mais do que no Paraguai.

O mercado imobiliário também chama atenção: um apartamento de um quarto em região nobre custa em média R$ 1.931,75 no Paraguai, contra R$ 3.019,48 no Brasil, uma economia próxima de 356%. Já os custos com utilidades, como eletricidade e gás em um apartamento de 85 m², podem ser até 743% mais baratos em solo paraguaio.

Sistema tributário: o trunfo fiscal

O sistema tributário paraguaio é a cereja do bolo. Conhecido como “10-10-10”, aplica 10% de imposto de renda para pessoas físicas, 10% para empresas e 10% de IVA (equivalente ao ICMS). Além disso, não existem impostos sobre heranças ou doações, e rendimentos obtidos no exterior têm tributação zero.

Inspirada no modelo mexicano, a Lei Maquila ainda permite que empresas exportadoras paguem apenas 1% sobre a receita bruta. Isso significa que, enquanto empresários brasileiros enfrentam até 27,5% de IRPF e 34% para empresas, seus pares no Paraguai reduzem drasticamente seus custos apenas mudando a sede da produção.

Comparação global e facilidades de residência

Muitos brasileiros sonham em migrar para Estados Unidos, Canadá ou Europa. Porém, nesses destinos, a burocracia de vistos, os custos imobiliários elevados e as barreiras de entrada tornam o sonho distante. O Paraguai, por outro lado, oferece processo de residência simplificado.

Em apenas 1,5 a 4 meses o imigrante pode obter a Residência Temporária. Após 1 ano e 9 meses, já pode solicitar a Residência Permanente. A cidadania paraguaia leva mais tempo – só pode ser pedida após 3 anos como residente permanente, mas ainda assim o processo é mais ágil do que em países desenvolvidos.

O lado oculto do crescimento

Nem tudo, porém, é positivo. O Paraguai enfrenta desafios sérios: 27% da população vive em situação de pobreza e o país ocupa a 136ª posição no índice mundial de percepção de corrupção, atrás até do Brasil, que está em 104º lugar. Esses obstáculos revelam que, embora atraente, o Paraguai ainda carrega fragilidades estruturais.

Mesmo assim, segundo a Elementar, que publicou reportagem detalhada sobre esse fenômeno, a ascensão paraguaia e a migração em massa de brasileiros são reflexos de mudanças históricas e estruturais na América do Sul.

De “piada” a oportunidade real

Por décadas, o Paraguai foi alvo de chacota. Hoje, no entanto, o movimento se inverteu: são os brasileiros que atravessam a fronteira em busca de liberdade econômica, menos impostos e mais qualidade de vida. Enquanto o Brasil endurece regras e aumenta a carga tributária, o Paraguai cresce, atrai investimentos e redesenha a geopolítica migratória da região.

A questão que fica é: vamos continuar rindo do Paraguai ou já é hora de admitir que a piada somos nós?

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
27 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Henrique
Henrique
06/10/2025 07:39

estou vivendo no paraguai a 1 ano e meio e posso dizer que sim, é melhor que o brasil em varios pontos, realmente aqui ainda tem algumas questoes, mas em um macro esta muito melhor que o brasil

Dj3f Ribeiro
Dj3f Ribeiro(@jeffersonmeiraribeiro)
Member
03/10/2025 18:34

Ainda não é idéia descartada a migração pro Paraguai… só falta decidir o local.

Betina lew
Betina lew(@levabetinagmail-com)
03/10/2025 07:58

Liberalismo é ótimo na teoria. Imposto zero. Sensacional. Mas como são os serviços públicos? Povão tem água e esgoto? Ruas e estradas asfaltadas? Tem SUS? Escolas públicas? Qual é a escolaridade das pessoas? Energia elétrica chega em todas as casas? Sem imposto o governo não consegue fazer nada. Quem vai fazer? Iniciativa privada?

Sabino
Sabino
Em resposta a  Betina lew
03/10/2025 12:09

Há vá,falou o brasileiro que mora na Suiça da América do Sul, só que não,maior taxa de impostos do mundo,saúde um açougue, criminalidade, favela pra todo lado, querendo apontar precariedade em um país que não tem extorquido o povo

Claudio
Claudio
Em resposta a  Betina lew
03/10/2025 12:35

Nossos serviços públicos são maravilhosos! Gerimos todos eles com a máxima eficiência! Temos saneamento e energia para todos! Seria esse o Brasil?
Poderia ser…mas não é bem assim. Pode até ser que, para a classe menos favorecida, o parco sustento de migalhas que nosso estado dá seja suficiente. Mas para um grupo considerável, que paga impostos e sustenta essa máquina pública ineficiente e assistencialista ao extremo, olhar o Paraguai e seu liberalismo é realmente inspirador e, arrisco dizer, tentador.
Tem muito a melhorar? Deve ter. Mas já é bem melhor que nós em alguns aspectos.

Marcio
Marcio
Em resposta a  Betina lew
03/10/2025 12:42

O Brasil tem esses mesmos problemas e ainda pagamos mais!

Paulo
Paulo
Em resposta a  Betina lew
03/10/2025 20:03

Antes de criticar vc tem q conhecer. Enquanto o Brasil está quebrando o peq e o médio, o Paraguai está acolhendo….captando mais recursos e fazendo o país crescer ….agora o brasileiro está falando o que …tipo o sujo falando do mal lavado.

Cristina Tibone
Cristina Tibone
Em resposta a  Betina lew
04/10/2025 12:54

Meu amigo, aqui não é imposto zero, pagamos bastante, principalmente no campo, mais que o Brasil, infraestrutura baixa, sem creches, escolas ruins, sem transporte escolar, estradas precárias, saúde zero… corrupção a mais alta do mundo e violência!!

Fabio
Fabio
Em resposta a  Betina lew
04/10/2025 20:05

Se eu fosse vc faria um ****, compararia vivenciando antes de postar este tipo de comentário. Para ter uma noção, minha mãe é diabética, passou mais de 10 anos pagando mais de R$ 1.000,00 por mês pelas insulinas, até que não aguentou mais pagar e teve que tomar atitude, optou por migrar no Paraguai, hoje reside lá a mais de 2 anos, nunca mais precisou pagar convênio e muito menos ter o custo dessa injeção de insulina, ela pega gratuitamente no posto de saúde de lá a cada 15 dias com acompanhamento de diabetologa mensalmente. Te pergunto, aqui no Brasil, vc já viu algum médico especializado em diabetes gratuitamente para o público??? Creio que nem exista um Dr denominado Diabetologo aqui. Amo meu Brasil, mas o Paraguai é surreal quanto aos serviços públicos, água, luz, e ensinos. Infelizmente temos que admitir, somos arcaicos nesses processos e muito pra frentes nas cobranças de impostos, em resumo, se houvesse 10% menos corrupção aqui no Brasil, seríamos bem melhores.

Dalton Miranda Costa
Dalton Miranda Costa
Em resposta a  Fabio
07/10/2025 11:32

O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil oferece um conjunto de ações e serviços para o tratamento de diabetes, incluindo atenção integral na Atenção Primária, medicamentos (como insulina) e insumos (tiras reagentes, seringas, glicosímetros) gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de incluir a dapagliflozina e outros medicamentos no Programa Farmácia Popular. O programa abrange prevenção, detecção, controle e acompanhamento multiprofissional. Quando o paciente não se consegue o atendimento pertinente na Atenção Básica basta socorrer-se da justiça para garantir uma tutela de urgência posto que o MS/SUS repassa frequentemente recursos para os municípios assegurarem o atendimento integral aos pacientes.

Dalton Miranda Costa
Dalton Miranda Costa
Em resposta a  Betina lew
06/10/2025 12:01

Betina, tudo bem? Sou auditor de controle externo de Tribunal de Contas e concordo plenamente contigo. Você fez questionamentos certeiros e pontuais. O Paraguai é um experimento econômico (liberal) norteamericano e o país é utilizado geopoliticamente contra os interesses do Brasil e da Argentina. A maioria das políticas públicas e das instituições estatais foram desenhadas por consultores patrocinados pelos USA/Usaid. A concentração fundiária no Paraguai é uma das piores do mundo, com um Índice de Gini de 0,93, e se caracteriza pela posse de 80% das terras por apenas 2% da população, majoritariamente grandes latifúndios impulsionados pelo agronegócio empresarial – exportador. Praticamente não existe agricultura familiar, os movimentos camponeses são massacrados e sua revindicações renegadas por uma elite mais **** que a brasileira. Consequentemente a produção agrícola/alimentícia do país é toda voltada para exportação (dolarizada). O rersultado disso você verifica nas cidades de fronteira com o Brasil. Os brasileiro contrabandeiam muamba/eletrônicos do Paraguai e os paraguaios contrabandeiam comida do Brasil (basta um olhar mais atento na fiscalização de Ciudad del Este para constatar isso). Outro bom exemplo da desiguldade no país são os direitos trabalhistas. A jornada semanal de trabalho é de 48 horas. E o direito às ferias é outro bom exemplo: as férias anuais remuneradas variam conforme o tempo de serviço: são 12 dias para quem tem entre 1 e 5 anos de serviço, 18 dias para quem tem entre 6 e 10 anos, e 30 dias para quem tem mais de 10 anos. A saúde pública no Paraguai, embora tenha cobertura universal em teoria, é precária e enfrenta problemas de subfinanciamento, infraestrutura inadequada e escassez de insumos e profissionais. Problemas também presentes no Brasil, mas lá a situação é mais grave. O sistema de saúde paraguaio é fragmentado, desarticulado e centrado no modelo hospitalarcentrico o que dificulta a coordenação dos diferentes setores, a prestação de um atendimento eficaz aos cidadãos e aumenta os custos. É parecido com o modelo que existia no Brasil antes do SUS e privilegia apenas trabalhadores com carteira assinada, militares e servidores públicos (Inamps/INPS/Santa Casas). Quem não tem dinheiro para bancar a assistência médica privada ou não se encaixa nas categorias anteriores depende de instituições de caridade (que são poucas). No que tangem à infraestrutura do País, é importante dizer que as obras mais relevantes construídas no país recentemente ou foram executadas com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM) – é um mecanismo de financiamento do Mercosul para reduzir as assimetrias regionais nos países membros – ou foram suportadas com os recursos resultantes da repactuação do valor da energia celebrado entre o Presidente Lula e o Presidente Fernando Lugo (na época das negociações a imprensa e a elite tradicional fez um grande estardalhaço no Brasil) ou foram construídas no âmbito do Projeto de Irsa (Bid/CAF/Gov. Brasil – Integração Sul Americana). No que tange à educação superior, o Paraguai enfrenta uma dura realidade em relação aos cursos de ensino superior. No país, apenas 1 em cada 10 estudantes universitários consegue concluir os estudos, enquanto os 9 restantes abandonam o percurso acadêmico por razões económicas e laborais. Os dados constam dos resultados finais da Pesquisa Nacional dos Estudantes do Ensino Superior (Enees) 2004, promovida pelo Ministério da Educação e Ciências (MEC). Por fim, apesar do Paraguai ter experimentado relativo crescimento econômico e atraído investimentos recentemente, o país mantém desafios significativos no ãmbito da desigualdade social, com alta concentração de renda no setor agroexportador e um grande número de trabalhadores na informalidade. A baixa tributação acarreta uma falta crônica de investimento em infraestrutura e serviços básicos, como saneamento, estradas, educação e saúde, especialmente nas áreas rurais, o que dificulta a melhoria das condições de vida da população. Em resumo, é isso.

Joaquim
Joaquim
Em resposta a  Dalton Miranda Costa
08/10/2025 00:35

Kkkkk…estava demorando para um funça dar carteirada….. exatamente os maiores responsáveis pela situação atual do Brasil…lixo…

Mariana
Mariana
Em resposta a  Betina lew
10/10/2025 12:28

Hahahahahaha pela sua “lógica”, imposto = serviços públicos. Brasil arrecadou 3 TRILHÕES em 1 ano e te pergunto: onde estão os serviços públicos?!?!??
sE nÃo HoUvEr iMpOsToS, qUeM vAi CoNsTrUiR aS eStRaDaS?!??
Sai da matrix, minha filha. Estado é o deus que falhou.

Marlon
Marlon
Em resposta a  Betina lew
20/10/2025 18:36

Faça o seguinte, pesquise todas essas informações entre esses dois países e surpreenda-se. Brasil mesmo cobrando um dos maiores impostos do mundo está em último lugar entre as 30 maiores economias do mundo e o que menos retorna em bem estar social. Se informe….

Felipe Alves da Silva

Sou Felipe Alves, com experiência na produção de conteúdo sobre segurança nacional, geopolítica, tecnologia e temas estratégicos que impactam diretamente o cenário contemporâneo. Ao longo da minha trajetória, busco oferecer análises claras, confiáveis e atualizadas, voltadas a especialistas, entusiastas e profissionais da área de segurança e geopolítica. Meu compromisso é contribuir para uma compreensão acessível e qualificada dos desafios e transformações no campo estratégico global. Sugestões de pauta, dúvidas ou contato institucional: fa06279@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x