1. Início
  2. / Economia
  3. / Do Brasil para o mundo: Embraer lidera nova era da aviação regional na Ásia com jatos E2, previsão de 3.390 aeronaves até 2044 e 200 unidades já em operação no continente
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Do Brasil para o mundo: Embraer lidera nova era da aviação regional na Ásia com jatos E2, previsão de 3.390 aeronaves até 2044 e 200 unidades já em operação no continente

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/08/2025 às 14:15
Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional.
Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A Embraer projeta expansão significativa na Ásia-Pacífico com seus jatos E2, destacando demanda futura, presença já consolidada em companhias aéreas e novos pedidos estratégicos que reforçam a competitividade da fabricante brasileira no mercado global.

A Embraer reuniu, em Singapura, representantes de companhias aéreas e executivos do setor para discutir a expansão da aviação regional na Ásia-Pacífico e apresentar soluções da família E-Jets e E-Jets E2.

No encontro, realizado nos dias 6 e 7 de agosto de 2025, a fabricante brasileira destacou a previsão de demanda de 10.500 aeronaves com até 150 assentos no mundo até 2044, das quais 3.390 devem atender a mercados asiáticos, incluindo a China.

O cenário, segundo matéria publicada pelo jornal Diário do Nordeste, reforça a estratégia comercial da empresa no continente, onde cerca de 200 jatos da marca já operam.

Mercado em aceleração na Ásia-Pacífico

O seminário em Singapura apresentou tendências de tráfego e de perfil do passageiro na região, com ênfase em rotas de conexão entre cidades médias e destinos ainda pouco atendidos.

A Embraer defendeu que aeronaves de até 150 assentos podem ampliar frequências e abrir mercados sem a necessidade de grandes hubs, ao mesmo tempo em que reduzem custos e emissões por assento.

O encontro reuniu empresas aéreas, arrendadores e autoridades de aviação civil da Ásia-Pacífico.

Projeções globais até 2044

Segundo o Market Outlook 2025, divulgado em 12 de junho de 2025, a demanda de 10.500 aeronaves na categoria sub-150 assentos engloba jatos e turboélices e reflete a busca por eficiência operacional e flexibilidade de malha.

A análise regional indica que a Ásia-Pacífico responderá por cerca de 33% do total, o equivalente a 3.390 unidades, participação ancorada pelo crescimento do tráfego doméstico e intrarregional.

Operadores e presença no continente

Na Ásia-Pacífico, os E-Jets somam aproximadamente 200 aeronaves em serviço.

De acordo com materiais apresentados na edição asiática do seminário, 14 companhias aéreas em sete países já selecionaram modelos da família E-Jets e E2, consolidando a presença da fabricante brasileira.

Entre os clientes citados estão a Scoot (Singapura), a All Nippon Airways (ANA) e a Japan Airlines (Japão), a Tianjin Airlines (China), a Alliance Airlines e a Virgin Australia (Austrália).

Pedidos recentes reforçam a expansão

A estratégia comercial na região ganhou impulso com novas encomendas.

Em 25 de fevereiro de 2025, a ANA confirmou a compra de 15 E190-E2 com opção para mais cinco unidades, tornando-se a primeira operadora da família E2 no Japão.

O contrato foi formalizado em junho de 2025, durante o Paris Air Show, com início de entregas previsto para 2028.

A companhia afirmou que os jatos serão usados para fortalecer a conectividade doméstica.

No mercado australiano, a Virgin Australia anunciou, em 12 de agosto de 2024, a aquisição de oito E190-E2 para operações na Austrália Ocidental, com foco no segmento de fretamento e rotas regionais.

A empresa informou que as entregas começarão a partir do segundo semestre de 2025 e que os E2 substituirão parte da frota mais antiga, oferecendo ganhos de eficiência e menor ruído.

A VARA deverá ser a primeira operadora do E2 na Austrália.

Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional. (Imagem: Embraer / Divulgação)
Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional. (Imagem: Embraer / Divulgação)

Por que os E-Jets E2 ganham terreno

As companhias aéreas da região têm buscado aeronaves que garantam alta eficiência em rotas de menor densidade e que viabilizem aumento de frequências com custos controlados.

A família E2, foco da Embraer na categoria de até 150 assentos, foi apresentada no evento como alternativa para redes que exigem desempenho em pistas curtas, alcance compatível com a malha intrarregional e consumo reduzido de combustível.

A fabricante ressalta que essa combinação permite ajustar a oferta à demanda e ampliar a conectividade entre centros secundários.

Impacto esperado na conectividade

Com a demanda prevista de 3.390 aeronaves na Ásia-Pacífico até 2044, a expectativa é que cresça o número de ligações ponto a ponto em mercados domésticos e transfronteiriços de curta distância.

O papel de jatos de menor porte no aumento de frequências pode contribuir para o desenvolvimento econômico de regiões menos atendidas, além de aliviar gargalos de infraestrutura em aeroportos congestionados.

A leitura apresentada pela Embraer alinha-se à estratégia de redes mistas, combinando narrowbodies maiores e jatos regionais para absorver picos e sazonalidade.

Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional. (Foto: Divulgação)
Embraer projeta 3.390 novos jatos E2 na Ásia até 2044. Empresa já soma 200 aeronaves em operação e cresce no mercado regional. (Foto: Divulgação)

Brasil projeta influência industrial

O avanço comercial na Ásia-Pacífico também reforça a imagem da Embraer como fornecedora global de aeronaves na faixa de até 150 assentos.

O movimento combina pedidos de clientes estabelecidos e novos operadores, além de certificações regionais que ampliam o potencial de vendas dos E190-E2 e E195-E2 em mercados com diferentes requisitos regulatórios.

A empresa sustenta que a maturidade do produto e a base de operadores na região ajudam a acelerar campanhas de vendas e a consolidar o pós-venda local.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x