Na dívida de cartão, estratégia apresentada pelo advogado Nathan Luiz Franz mostra como negociar à vista com descontos agressivos sem depender da agência bancária.
A dívida de cartão é hoje uma das maiores preocupações financeiras das famílias brasileiras, especialmente quando atinge patamares de R$ 40 mil a R$ 50 mil. Segundo o advogado Nathan Luiz Franz, especialista em direito bancário e fraudes, milhares de consumidores deixam de buscar alternativas legais e acabam aceitando renegociações que multiplicam o valor devido.
O advogado afirma que, ao assinar uma renegociação dentro da agência, o consumidor cria um “segundo contrato”, que pode ser executado judicialmente em caso de inadimplência, com prazos curtíssimos e encargos adicionais.
Por isso, ele recomenda outro caminho: não renegociar, não parcelar, não pagar o mínimo da fatura e sim acumular cerca de 20% do valor gasto para propor uma quitação à vista em canais oficiais como Consumidor.gov.br, Banco Central, Serasa e até junto ao próprio banco.
-
A reviravolta da Marcopolo: como a empresa transforma a frota velha de ônibus do Brasil em um trunfo para mirar o mercado global de elétricos
-
Em uma virada na disputa, a Justiça dos EUA mandou o governo reverter os cortes de mais de US$ 2,6 bilhões em bolsas de pesquisa de Harvard
-
Petróleo da Venezuela reaparece em refinarias dos EUA mas Maduro ‘não ganha nada’: Exportações disparam 27% em agosto a 966 mil bpd enquanto a China ainda leva 85% dos barris
-
Fim do Imposto de Renda proposto por deputada pode causar efeito dominó em FPE e FPM e secar o caixa de Estados e, sobretudo, dos municípios
Por que evitar a renegociação da dívida de cartão?
Segundo Nathan Luiz Franz, a dívida de cartão renegociada transforma-se em título executivo, ou seja, um documento com valor definido que pode ser cobrado judicialmente em até três dias.
Isso coloca o consumidor em posição de maior vulnerabilidade.
Já no contrato original do cartão, como não há valor específico a ser executado, o processo é mais demorado e menos vantajoso para o banco.
Por isso, a recomendação do advogado é evitar assinar qualquer novo contrato e resistir à pressão dos atendentes para parcelar ou pagar apenas o mínimo da fatura práticas que podem levar a juros de até 400% a 500% ao ano.
Quanto guardar para negociar a dívida de cartão?
O método apresentado por Nathan Luiz Franz orienta o devedor a parar de pagar temporariamente e economizar cerca de 20% do valor total gasto.
Assim, quem tem R$ 50 mil em dívida de cartão deveria juntar aproximadamente R$ 10 mil antes de iniciar as negociações.
Esse valor guardado deve ser apresentado como proposta de quitação à vista. O advogado destaca que não se deve aceitar propostas parceladas, mas apenas um acordo “quitativo”, que encerre a dívida de uma vez.
Onde e como negociar a dívida de cartão?
De acordo com Nathan Luiz Franz, o caminho passa por múltiplos canais oficiais:
- Consumidor.gov.br: registrar reclamação solicitando a evolução dos juros e uma proposta de quitação.
- Banco Central: abrir reclamação paralela para pressionar a instituição e solicitar documentos.
- Serasa e agência do banco: insistir em ofertas de acordo, mas sem aceitar renegociação.
O advogado recomenda sempre fazer contraproposta. Se o banco oferece quitar R$ 50 mil por R$ 10 mil, por exemplo, o consumidor pode propor R$ 6 mil.
Caso o banco aceite próximo disso, a dívida é encerrada.
O que acontece após a quitação?
Mesmo após quitar a dívida de cartão com desconto, o banco pode lançar um registro interno no Banco Central, apontando o “prejuízo” (por exemplo: devia R$ 50 mil, pagou R$ 10 mil ⇒ prejuízo de R$ 40 mil). Esse registro pode dificultar futuras operações de crédito.
Para resolver, Nathan Luiz Franz orienta abrir novas reclamações nos mesmos canais (Consumidor.gov.br e Bacen) exigindo a retirada da restrição.
Se não houver solução, o advogado afirma que é possível buscar a Justiça, pedindo inclusive indenização por dano moral.
Vale a pena seguir essa estratégia?
Para o advogado, a resposta é sim. A dívida de cartão pode ser reduzida em até 80% usando canais oficiais, sem precisar enfrentar juros abusivos de parcelamento ou renegociação em agência.
O risco de negativação no Serasa existe, mas é reversível, e a restrição interna pode ser contestada.
Nathan Luiz Franz reforça que a chave é informação e paciência: guardar o valor, acionar todos os canais de negociação e não aceitar propostas que não sejam quitativas.
A dívida de cartão é uma das armadilhas mais comuns no Brasil, mas pode ser vencida com estratégia.
O método de Nathan Luiz Franz mostra que, ao invés de ampliar o problema com renegociações, o consumidor pode quitar sua dívida de até R$ 50 mil pagando cerca de 20% do valor original, usando apenas ferramentas oficiais.
E você, já tentou negociar sua dívida de cartão dessa forma? Acha que os bancos deveriam oferecer mais transparência nas propostas?
Deixe seu comentário — sua opinião pode ajudar outras pessoas que enfrentam a mesma situação.