A dívida que parecia impagável da Petrobras: em 2014 as despesas alcançaram valores da ordem de US$ 1,7 bilhão por trimestre; redução expressiva é uma demonstração do processo de reequilíbrio financeiro atingido pela gigante do petróleo brasileiro
A Petrobras informou ao mercado, em fato relevante, na última terça-feira (16/11), que está reduzindo expressivamente o valor com juros e encargos de sua dívida financeira. As despesas com estes financiamentos caíram para US$ 669 milhões no 3º trimestre de 2021, número cerca de 31,1% inferior aos US$ 971 milhões gastos no 3º trimestre de 2020. Ao se comparar os nove primeiros meses de 2021 com o mesmo período do ano passado, a redução obtida também foi significativa: queda de aproximadamente US$ 2,8 bilhões para cerca US$ 2,3 bilhões, uma redução de 17,9%.
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Para muitos, a dívida parecia impagável. Redução do gasto com serviço da dívida é mais uma demonstração do processo de reequilíbrio financeiro atingido pela gigante do petróleo brasileiro
“A redução do gasto com serviço da dívida é mais uma demonstração do processo de reequilíbrio financeiro atingido pela Petrobras. Tratam-se de juros e encargos referentes aos empréstimos que a companhia contraiu, valores que eram revertidos para credores. Agora, parte desses recursos estão disponíveis para alocação em projetos rentáveis e que geram valor para a companhia ou para serem distribuídos aos acionistas, sendo a sociedade brasileira a maior beneficiada, com cerca de 37% dos valores retornados, que se somam aos quase R$ 180 bilhões em tributos que esperamos pagar em 2021”, destaca Rodrigo Araujo, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
Em 2014, Petrobras chegou a ter uma dívida de mais de 160 bilhões de dólares
A diminuição das despesas com juros e encargos é mais um reflexo da queda expressiva do montante total da dívida da Petrobras. Em 2014, essas despesas alcançaram valores da ordem de US$ 1,7 bilhão por trimestre somente em custos de financiamento e o montante total de sua dívida chegou a mais de US$ 130 bilhões, ou mais de US$ 160 bilhões ao se levar em conta também os afretamentos de plataformas de petróleo e outros ativos que passaram a ser considerados como dívida a partir de 2019 com a adoção do IFRS 16 (Arrendamentos).
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Para muitos, essa dívida parecia impagável. A Petrobras, no entanto, estipulou como meta a redução de sua dívida bruta total (financiamentos e arrendamentos) para US$ 60 bilhões, montante considerado saudável para uma empresa como a Petrobras, para final de 2022. Recentemente, nos resultados do 3º trimestre de 2021, a Petrobras informou que diminuiu sua dívida bruta para o valor de US$ 59,6 bilhões, atingindo, portanto, a meta estipulada com mais de um ano de antecedência.