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Disputa judicial: MPF recorre contra exploração de petróleo e cobra Ibama e Petrobras por transparência ambiental

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 27/10/2025 às 16:00
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso contra a decisão que manteve a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O órgão alega ausência de estudos climáticos e consulta a povos indígenas, enquanto a Petrobras já se prepara para iniciar a perfuração exploratória.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso contra a decisão que manteve a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O órgão alega ausência de estudos climáticos e consulta a povos indígenas, enquanto a Petrobras já se prepara para iniciar a perfuração exploratória.
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O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso contra a decisão que manteve a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O órgão alega ausência de estudos climáticos e consulta a povos indígenas, enquanto a Petrobras já se prepara para iniciar a perfuração exploratória.

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra a decisão que manteve o resultado do leilão dos blocos exploratórios de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. O recurso também contesta a licença de pesquisa concedida à Petrobras, autorizando o início das atividades exploratórias na região.

Vale lembrar que na última segunda-feira (20), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou a licença para que a estatal inicie a operação de pesquisa na chamada Margem Equatorial, uma das novas fronteiras energéticas do país.

MPF cobra estudos climáticos e consulta a povos indígenas

Segundo o MPF, a autorização para exploração de petróleo na região deveria estar condicionada à realização prévia de um Estudo de Impacto Climático (EIC) e de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). Além disso, o órgão reforça que é obrigatória a consulta prévia a comunidades indígenas e tradicionais que possam ser afetadas.

“O MPF argumenta que a ausência dos estudos e da consulta na fase pré-licitatória é uma grave ofensa ao ordenamento jurídico e aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”, destacou o órgão em nota oficial.

Essa ausência de análises ambientais e sociais, segundo o Ministério Público, compromete o processo de licenciamento e fere princípios legais de precaução ambiental e transparência.

Petrobras inicia preparativos para perfuração exploratória na Foz do Amazonas

Enquanto o recurso tramita, a Petrobras já se prepara para iniciar a perfuração exploratória no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá — cerca de 175 quilômetros da costa e 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A estatal informou que a operação deve começar “imediatamente” e terá duração aproximada de cinco meses. Durante esse período, o objetivo será obter dados geológicos detalhados para avaliar o potencial da região em termos de petróleo e gás natural.

Em comunicado, a Petrobras fez questão de ressaltar que “não há produção de petróleo nessa fase”, tratando-se apenas de uma etapa de pesquisa exploratória.

A Foz do Amazonas é uma das áreas mais sensíveis do ponto de vista ambiental do litoral brasileiro. O bioma marinho da região abriga espécies ameaçadas e formações de corais ainda pouco estudadas, o que tem despertado preocupações entre ambientalistas e cientistas.

Por isso, o debate sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial se tornou um dos temas mais polêmicos do setor energético brasileiro, envolvendo divergências entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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