Revolução no tratamento da dor: Dispositivo de ultrassom inovador reduz significativamente a dor crônica em 60% dos participantes em ensaios clínicos após apenas uma sessão
Pesquisadores da Universidade de Utah desenvolveram um dispositivo de ultrassom inovador chamado Diadem, capaz de atuar em regiões profundas do cérebro de forma não invasiva. Esse dispositivo promete ser uma solução promissora no tratamento de dores crônicas, oferecendo uma alternativa eficaz e revolucionária para quem sofre com essa condição debilitante. A dor crônica afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e, em muitos casos, é causada por falhas nos sinais enviados pelo cérebro, como em situações de lesões antigas ou membros amputados.
O Diadem visa interromper esses sinais defeituosos e, assim, proporcionar alívio para os pacientes.A dor desempenha um papel essencial no corpo humano, funcionando como um alerta para lesões e perigos.
No entanto, em alguns casos, esses sinais podem continuar sendo enviados pelo cérebro mesmo após a cura, resultando em dores crônicas. É nesse ponto que o Diadem se destaca, oferecendo uma abordagem totalmente nova e não invasiva, focada em áreas específicas do cérebro responsáveis pela transmissão desses sinais incorretos.
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Avanços promissores
Pesquisadores das faculdades John and Marcia Price College of Engineering e Spencer Fox Eccles School of Medicine da Universidade de Utah realizaram estudos promissores com o dispositivo Diadem, que demonstraram resultados impressionantes. Em ensaios clínicos recentes, 60% dos participantes que receberam o tratamento com o Diadem relataram uma redução significativa na dor após uma única sessão. Esse efeito surpreendente trouxe esperança para pacientes que, muitas vezes, esgotaram todas as outras opções de tratamento sem sucesso.
O estudo foi publicado no renomado periódico Pain e faz parte de uma sequência de pesquisas anteriores que exploraram os aspectos únicos e as capacidades do Diadem.
A equipe de pesquisa foi liderada por Jan Kubanek, professor do Departamento de Engenharia Biomédica, com a colaboração de Thomas Riis, pesquisador de pós-doutorado, e Akiko Okifuji, professora de Anestesiologia, além de outros pesquisadores.
Como funciona o Diadem?
O Diadem utiliza a tecnologia de ultrassom para alcançar regiões profundas do cérebro e estimular áreas específicas responsáveis pela dor crônica. O grande diferencial desse dispositivo é sua capacidade de atuar de forma precisa, sem a necessidade de procedimentos invasivos. Em pessoas que sofrem de dor crônica, o cérebro continua a enviar sinais de dor, mesmo quando não há uma lesão ativa, e o Diadem tem o potencial de corrigir esses sinais.
Nos ensaios clínicos, os participantes foram submetidos a duas sessões de 40 minutos, nas quais receberam estimulação ultrassônica real ou simulada. Aqueles que receberam o tratamento real relataram uma diminuição significativa na dor, tanto um dia quanto uma semana após o procedimento. Os resultados mostraram que o Diadem é capaz de proporcionar alívio rápido e duradouro para pacientes com dor crônica.
“O rápido início das melhorias dos sintomas de dor foi inesperado e abre novas possibilidades para o tratamento da dor crônica”, afirmou Thomas Riis. Jan Kubanek acrescentou que a eficácia do dispositivo é um grande avanço no campo da neuromodulação.
Uma nova abordagem
O Diadem faz parte de uma abordagem terapêutica conhecida como neuromodulação, que tem como objetivo regular a atividade de circuitos cerebrais específicos. Diferentemente de outras técnicas de neuromodulação que utilizam correntes elétricas ou campos magnéticos, o Diadem usa ondas ultrassônicas direcionadas. Isso permite que ele atinja áreas cerebrais de difícil acesso, como o córtex cingulado anterior, que é fundamental na percepção da dor.
Antes de cada tratamento, uma varredura de ressonância magnética funcional é realizada para mapear a região-alvo no cérebro. A partir disso, os emissores de ultrassom do Diadem são ajustados para garantir que as ondas atinjam a área correta, mesmo com as barreiras naturais, como o crânio. Essa técnica inovadora foi descrita em detalhes em um estudo publicado na Nature Communications Engineering.
Próximos passos
Os pesquisadores da Universidade de Utah estão agora preparando um ensaio clínico de Fase 3, que é a etapa final antes da aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para o uso do Diadem como tratamento para o público. Esse avanço pode representar uma mudança significativa no tratamento da dor crônica e também ajudar na luta contra a crise dos opioides, oferecendo uma alternativa não medicamentosa para pacientes.
“Se você ou alguém que conhece sofre de dor crônica que não responde aos tratamentos convencionais, entre em contato conosco. Estamos recrutando participantes para nossos ensaios clínicos e com sua ajuda, podemos transformar o tratamento da dor crônica”, explicou Kubanek.
Com os avanços da tecnologia e a ajuda de dispositivos como o Diadem, o futuro do tratamento da dor crônica parece promissor. Com soluções não invasivas e eficazes, há esperança para milhões de pacientes que, até então, viveram com dor constante. O estudo completo está disponível nesse link.