Com jornadas reduzidas, foco no bem-estar e alta produtividade, o país nórdico vira referência global em qualidade de vida no ambiente profissional
Na era das longas jornadas e do esgotamento profissional, a Dinamarca tem muito a ensinar sobre equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Reconhecida por sua cultura de bem-estar, o país aparece entre os primeiros colocados no ranking da OCDE, atrás apenas da Itália, quando o assunto é conciliar carreira e rotina pessoal. A chave está na forma como o país valoriza o tempo livre, estabelece jornadas de trabalho enxutas e, ainda assim, mantém níveis altíssimos de produtividade. De acordo com a Forbes Brasil, o modelo dinamarquês inspira empresas do mundo todo a repensarem suas práticas de gestão de pessoas.
Na Dinamarca, as pessoas trabalham em média 32,4 horas por semana, uma das menores cargas horárias do mundo, segundo dados da Infomoney. Mesmo com jornadas mais curtas, o país figura entre os mais produtivos do planeta, ocupando a terceira posição em PIB por hora trabalhada, de acordo com a World Population Review. O segredo? Foco no que importa. O expediente costuma começar cedo e terminar no meio da tarde, sem horas extras ou interrupções no tempo livre. Essa abordagem prática, direta e eficiente transformou o ambiente corporativo em algo saudável e funcional, sem comprometer os resultados.
Uma cultura que valoriza o equilíbrio entre o tempo pessoal e o lazer, colocando o bem-estar das pessoas como prioridade
O equilíbrio vai além do relógio de ponto. Na cultura dinamarquesa, a identidade profissional não define a pessoa, o trabalho é apenas uma parte da vida, não o centro dela. Apenas 1,1% dos profissionais dinamarqueses trabalham mais de 50 horas por semana, enquanto a média global é de 10,2%, segundo a OCDE. Os dinamarqueses dedicam em média quase 16 horas por dia a atividades pessoais e de lazer. Isso significa mais tempo com a família, para hobbies, saúde e descanso, uma equação simples que se traduz em felicidade e engajamento.
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Lições que o mundo pode aprender com o equilíbrio da Dinamarca
A experiência da Dinamarca prova que é possível ser produtivo sem abrir mão do bem-estar. Em vez de sobrecarregar os funcionários, as empresas locais promovem jornadas equilibradas, flexibilidade de horários e políticas de confiança. Segundo a Forbes Brasil, esse modelo não só melhora o clima organizacional, como reduz afastamentos por estresse, aumenta a retenção de talentos e estimula a criatividade. Para especialistas em gestão, o equilíbrio dinamarquês é um dos principais responsáveis pelo alto índice de satisfação e pelos baixos níveis de burnout registrados no país.
E o Brasil nessa história?
O Brasil aparece na 25ª colocação no ranking da OCDE sobre equilíbrio entre vida e trabalho. Embora tenha leis que limitem a jornada semanal, muitos brasileiros enfrentam longos deslocamentos, horas extras constantes e dificuldade em separar a vida profissional da pessoal. A boa notícia é que algumas empresas já estão olhando para o modelo escandinavo como inspiração. Com o avanço do trabalho híbrido e novas políticas de bem-estar, cresce no país a percepção de que qualidade de vida e produtividade podem, sim, andar juntas, como acontece na Dinamarca.