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Enquanto a Polícia Federal aceita candidatos de qualquer idade até os 75 anos, a Polícia Militar em estados como São Paulo restringe a inscrição já aos 30, gerando forte contraste nos editais de concurso, segundo o portal FDR.
Ingressar em uma carreira policial é o objetivo de milhares de brasileiros que buscam estabilidade, bons salários e oportunidades de crescimento. Mas um detalhe essencial pode inviabilizar esse sonho: a idade máxima para participar de um concurso. O critério varia conforme a instituição Polícia Federal, Polícia Civil ou Polícia Militar e até mesmo de estado para estado, o que provoca disparidades significativas.
Na Polícia Federal (PF), considerada a carreira mais almejada, não há limite de idade para ingresso.
A única restrição é a aposentadoria compulsória aos 75 anos, prevista na Constituição e válida para todos os servidores públicos.
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Isso significa que qualquer pessoa que cumpra os demais requisitos de escolaridade, saúde e aptidão física pode se inscrever até essa idade, tornando a PF a corporação mais flexível em relação ao tema.
Como funciona nas Polícias Civis
Nas Polícias Civis estaduais, cada estado define suas próprias regras, o que amplia a desigualdade entre editais.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, não há limite de idade, permitindo maior participação de candidatos de diferentes faixas etárias. Já no Acre, a restrição é de 50 anos, enquanto em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí o teto está em 45 anos.
Essas diferenças decorrem da autonomia dos estados para organizar suas forças de segurança.
Na prática, o que é permitido em um concurso pode ser barrado em outro, mesmo dentro da mesma carreira policial.
Isso obriga os concurseiros a acompanhar de perto os editais e não assumir que a regra é igual em todo o país.
O caso mais restritivo: Polícia Militar
O contraste mais evidente está na Polícia Militar (PM) e nos Corpos de Bombeiros, que aplicam regras bem mais rígidas.
Em São Paulo, por exemplo, os concursos da PM-SP estabelecem 30 anos como idade máxima para candidatos a praças e oficiais combatentes.
Em funções específicas, como oficiais de saúde e músicos, a idade sobe para 35 anos.
No Rio Grande do Norte, há certa flexibilização: soldados e oficiais combatentes podem ter até 35 anos, oficiais de saúde até 36 anos e capelães até 40 anos.
Segundo especialistas, essa diferença se deve à exigência de alto condicionamento físico em funções de combate, mas o tema ainda gera debates e ações judiciais sobre possíveis mudanças.
Projeto de lei pode unificar idade máxima
Hoje, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que pretende padronizar a idade máxima em 35 anos para praças e oficiais e até 40 anos para oficiais de saúde em todo o Brasil.
No entanto, a proposta ainda não foi aprovada, o que mantém em vigor os critérios locais de cada edital publicado.
Enquanto a PF segue sem limite etário além da aposentadoria, e algumas Polícias Civis adotam tetos de 45 ou 50 anos, a PM continua sendo a corporação mais restritiva, barrando muitos candidatos ainda jovens.
O que isso significa para os concurseiros
As diferenças expõem a falta de uniformidade no acesso às carreiras policiais. Um candidato que pode disputar uma vaga na PF ou em uma Polícia Civil pode ser automaticamente eliminado em uma PM, apenas pela idade.
Para quem deseja seguir esse caminho, é fundamental acompanhar o calendário de concursos e analisar os requisitos com antecedência.
Em 2025, com vários editais abertos e outros previstos, o planejamento estratégico é decisivo para não perder oportunidades por detalhes burocráticos.
A divergência entre as regras deixa claro como o ingresso em carreiras policiais depende não apenas de preparo físico e intelectual, mas também de critérios legais que variam de forma radical entre instituições.
E você, acha justo que a Polícia Federal permita concurso até 75 anos enquanto a PM de São Paulo barra candidatos acima dos 30? Essa diferença fortalece ou prejudica o acesso às carreiras policiais?
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