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Diante do acirramento do conflito no Leste Europeu, surge a especulação sobre o envio de caças AMX, desenvolvidos em parceria entre Itália e Brasil, para apoiar a Ucrânia

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 02/05/2024 às 15:43
Diante do acirramento do conflito no Leste Europeu, surge a especulação sobre o envio de caças AMX, desenvolvidos em parceria entre Itália e Brasil, para apoiar a Ucrânia
Caça AMX Foto: FAB/Divulgação

A possibilidade de enviar caças ítalo-brasileiros AMX para auxiliar a Ucrânia no conflito contra a Rússia levanta questões sobre a eficácia e viabilidade da medida. Enquanto a Itália possui unidades desativadas que precisariam de modernização, o Brasil, detentor de direitos sobre a aeronave e adotando uma política de neutralidade, teria que aprovar tal movimento, o que complica as negociações diante de seu posicionamento contra o envio de armamentos para zonas de conflito.

No cenário conturbado da guerra na Ucrânia, muitas são as estratégias consideradas para conter o avanço russo, e uma das propostas recentes envolve o caça ítalo-brasileiro AMX. Essa aeronave, embora projetada inicialmente para funções de ataque ao solo e reconhecimento, é agora considerada como um possível reforço para as forças ucranianas.

O AMX, um projeto conjunto entre Brasil e Itália, operou significativamente nos arsenais de ambos os países até recentemente. Conhecido por sua agilidade como avião de ataque, o AMX pode desempenhar um papel crucial em missões específicas, apesar de sua velocidade subsônica. A Itália já retirou este modelo de seu uso ativo, substituindo-o por aeronaves mais modernas como o Eurofighter Typhoon e o F-35, enquanto o Brasil planeja sua substituição gradual pelo Gripen NG.

Há várias considerações complexas sobre o envio de caças AMX para o país

Embora a Ucrânia beneficie potencialmente de qualquer adição à sua frota aérea, há várias considerações complexas sobre o envio de caças AMX para o país. A Itália, que ainda possui algumas unidades do modelo, teria que considerar extensas modernizações para torná-los operacionais em um teatro de guerra tão exigente. Como membro do consórcio que desenvolveu o AMX, o Brasil teria uma palavra a dizer sobre tal transferência, dada a sua política de não envio de armamento para zonas de conflito.

Conhecido por sua postura tradicionalmente neutra, o Brasil não apoia o envio de material bélico

Conhecido por sua postura tradicionalmente neutra, o Brasil não apoia o envio de material bélico para conflitos ativos, primando pela diplomacia e estabilidade regional. Isso coloca uma barreira significativa a qualquer possível acordo entre Itália e Ucrânia sobre os caças AMX, independentemente das necessidades militares ucranianas.

Discussão em torno do AMX destaca as intrincadas relações internacionais e as limitações de recursos em tempos de conflito

Embora os caças AMX possam oferecer certas vantagens táticas para a Ucrânia, a complexidade da operação e os impedimentos políticos e logísticos tornam esse cenário pouco provável. A discussão em torno do AMX destaca as intrincadas relações internacionais e as limitações de recursos em tempos de conflito, reafirmando a necessidade de soluções diplomáticas conjuntas para crises militares.

Com os debates sobre a eficácia e o possível envio de caças AMX para a Ucrânia em alta, a comunidade internacional continua a buscar caminhos que levem à resolução do conflito com o mínimo de escalada militar possível.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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